sexta-feira, 8 de janeiro de 2010



Lisboa, 8 jan (EFE).- O Parlamento português aprovou hoje uma proposição de lei do Governo socialista para permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, mas descartou a possibilidade de adoção por estes casais.
Após a votação, que contou com o apoio de toda a esquerda parlamentar, o primeiro-ministro português, José Sócrates, qualificou este dia como "um momento histórico" para Portugal no "combate contra a discriminação e a injustiça que existia na sociedade portuguesa".
"Fizemos o que qualquer humanista deve fazer, combater as injustiças dos outros como se fossem injustiças contra nós, combater as normas legais que impedem a igualdade como se afetasse a nós mesmos", disse Sócrates.
A proposta do Governo foi aprovada com os votos favoráveis do Partido Socialista (PS), que governa em minoria com 97 das 230 cadeiras da Assembleia; o Partido Comunista de Portugal (PCP), com 13 assentos; o Bloco de Esquerda, com 16, e os Verdes, com dois.
As duas deputadas do Movimento Humanismo e Democracia, independentes, mas escolhidas nas listas do PS, foram as únicas representantes da esquerda parlamentar que votaram contra.
Os deputados da principal força da oposição, o Partido Social Democrata (PSD), foram contra a proposição, exceto sete que se abstiveram, e também houve a rejeição dos parlamentares do conservador Centro Democrático Social-Partido Popular (CDS-PP).
O Parlamento não aprovou as proposições realizadas pelo Bloco de Esquerda e os Verdes, nas quais pediam a legalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e nas quais estava incluída a adoção.
A Assembleia da República também votou contra o projeto do PSD para a criação de uma união civil registrada que conferia, com alguns limites patrimoniais e parentais, os mesmos direitos que o casamento homossexual.
As propostas do Bloco de Esquerda e dos Verdes tiveram os votos contrários o CDS-PP, do PSD e da maioria dos socialistas.
Para que a lei entre em vigor, é necessário que esta seja promulgada nos próximos 40 dias pelo presidente português, Aníbal Cavaco Silva, com direito a veto.
Cavaco Silva, líder histórico do opositor Partido Social Democrata, não quis se pronunciar sobre a lei de casamento homossexual, mas destacou diversas vezes que sua atenção está em "outros problemas do país", e que não fará nada "que provoque fraturas" na sociedade.


O caso do casal gay preso no Malauí dias depois de seu casamento é uma agressão tão óbvia aos direitos humanos que a Anistia Internacional resolveu intervir. Nesta quarta, 06, a organização pediu que o governo do país liberte os dois homens. Em seu comunicado, a Anistia afirma que a prisão do casal viola os direitos de "liberdade de consciência, expressão e privacidade". Para a organização, indivíduos detidos apenas por conta de seua orientação sexual pode ser considerado um "prisioneiro de consciência". "A prisão coloca na clandestinidade homens que têm sexo com homens, tornando mais difícil o acesso à informação sobre prevenção ao HIV e serviços de saúde", divulgou a entidade. No começo desta semana, o pedido para libertar Steve Mojeza e Tiwonge Chimbalanga foi negado por um tribunal superior. Caso sejam condenados, os dois podem pegar 14 anos de prisão, que é a pena prevista para o "crime" de homossexualidade no Malauí.


O jogador argentino de futebol Jesús Dátolo pode ser punido pela diretoria do Napoli, time onde joga desde janeiro de 2009. Tudo porque Dátolo, ex-jogador do Boca Juniors, fez um ensaio sensual para a revista gay italiana Romeo Mag.
O presidente do clube, Aurélio De Laurentis, não gostou do fato do jogador ter posado em algumas fotos com a camisa do Napoli.
“Violaram os direitos de imagem que são propriedade exclusiva do Napoli”, teria dito o dirigente. Sites argentinos afirmam, no entanto, que De Larentis teria ficado revoltado por ser uma revista para o público gay.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


Um tribunal de Malauí se recusou nesta segunda-feira a libertar sob fiança dois homens presos na semana passada, acusados de indecência pública, depois de se tornarem o primeiro casal gay a se casar em um país onde a homossexualidade é ilegal.
Acusados de indecência pública, Steven Monjeza (e) e Tiwonge Chimbalanga são vistos após audiência pública em Blantyre, no Maláui: eles se tornaram o primeiro casal gay a se casar em um país onde a homossexualidade é ilegal (04/01/2010)
Chimbalanga e Steven Monjeza se casaram no mês passado no sul do Malauí em uma cerimônia tradicional, mas simbólica, que atraiu centenas de espectadores curiosos. O homossexualismo é proibido no país africano conservador e pode ser punido com a pena máxima de 14 anos de prisão.Nesta segunda-feira, o magistrado Nyakwara Usiwausiwa disse, diante de um tribunal lotado, que não podia libertar o casal sob fiança e disse que a decisão judicial foi tomada para a proteção dos dois homens."O público aí fora está revoltado com eles", disse o magistrado. Promotores do governo pediram ao tribunal que os dois homens sejam detidos por mais tempo para uma maior investigação. A polícia informou que os dois homens foram submetidos a exames médicos para comprovar se tiveram relações sexuais. (por Mabvuto Banda
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O que era para ser apenas uma pesquisa virtual de opinião acabou se transformando em motivo para a emissora britânica BBC ser acusada de homofobia. Em uma enquete que promoveu em seu site na última quinta-feira, 17, perguntava se “Os gays deveriam ser executados?”.O objetivo da pergunta era debater a Lei Anti-Homossexualidade de Uganda, que prevê a execução de homossexuais no país africano, mas foi vista por associações LGBT como uma incitação à violência contra a diversidade sexual. A emissora considerou a repercussão nada favorável de sua pesquisa de opinião e mudou a pergunta para “Uganda deveria debater a execução de gays?”. Ainda no mesmo dia, o diretor da BBC World Service, Peter Horrocks, pediu desculpas publicamente reconhecendo que “a chamada original em nosso site foi muito forte. Pedimos desculpas por qualquer ofensa. Mas isso não pode diminuir a importância de um debate crucial para os africanos e o mundo”. O diretor alegou ainda que “a pesquisa tinha as melhores intenções e total responsabilidade para apoiar o debate livre sobre uma proposta de lei que pode matar alguns homossexuais em Uganda – uma importante questão onde a BBC encontrou a oportunidade para oferecer um espaço de discussão que não seria possível existir mundialmente se não fosse dessa forma”.
Um casal gay foi foco de parte da revista Martha Stewart Weeding, publicação anual dedicada só a casamentos. Em sua 15ª edição, a revista dirigida por uma gigante da comunicação norte-americana mostrou casais da vida real e todos os detalhes de seus casamentos. Uma das cerimônias de matrimônio apresentadas foi a de Jeremy Hooper e Andrew Shulman. Eles moram em Connecticut, um dos seis Estados americanos que permitem o casamento gay. O casamento entre os rapazes foi descrito pela revista como extrem