sábado, 13 de novembro de 2010

Por conta de um beijo dado em público, um jovem gay de 18 anos foi detido e indiciado por estupro de vulnerável. Isso porque a pessoa que o rapaz beijava era outro garoto, de 13 anos. O caso aconteceu nesta semana em um shopping de São Paulo.

Como a lei determina que menores de 14 anos são incapazes de responderem por seus atos, a Polícia Militar prendeu o maior e o levou ao 13º Distrito Policial, na Casa Verde. Ele foi denunciado por funcionários do shopping, que o viram sair de uma sala de cinema e trocar carícias com o menor na praça de alimentação. A gerente do cinema chamou a segurança, que acionou a PM e os pais do menor.
Segundo o desembargador Antonio Carlos Malheiros, a prisão foi correta porque "com menos de 14 anos, tudo agora é estupro. Agora é estupro de vulnerável para menor de 14 anos. Não é considerado pedofilia porque pedofilia é no âmbito infantil. A vítima teria de ter 12 anos de idade".
O rapaz de 18 anos continuava preso até a tarde desta sexta-feira, 12.
O episódio acende o debate: e se fosse um casal hétero, o resultado seria o mesmo? Comente aqui.
O debate sobre a união civil gay na Austrália ganha apoiadores e será discutido nos parlamentos da Tasmânia, Vitória e Austrália do Sul. Os congressistas destes três estados, em sua maioria, são favoráveis à união civil entre pessoas do mesmo sexo.

A discussão em torno da união civil gay acontece à revelia da primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, que já se declarou contra a lei em questão. Porém, o Partido Trabalhista australiano tem conquistado mais e mais apoio e hoje a maioria dos partidos está a favor.
Na Tasmânia, a iniciativa partiu do Partido Verde, porém, o estado já conta com uma lei de parceira civil. O premiê da Tasmânia, David Bartlett, que é do Partido Trabalhista, é favoravel à aprovação de uma lei que equipare os direitos dos casais gays aos dos heterossexuais.
Em Vitória, o projeto de lei também é uma iniciativa do Partido Verde, na verdade, uma promessa do deputado Brian Walters. Nesse estado, a lei conta com o apoio do primeiro-ministro, John Brumby, que, curiosamente, é do Partido Trabalhista. Já na Austrália do Sul, os deputados Ian Hunter (dos Trabalhistas e assumidamente gay) e Tammy Frank (Verde) apresentaram na última quinta-feira (11) um projeto de lei elaborado conjuntamente.
Porém, a discussão esbarra no seguinte problema: quem deve definir sobre as uniões civis, Estados ou a Federação? A primeira-ministra defende que, independente dos Estados aprovarem as leis, elas não terão validade, pois o que vale é a lei federal da união civil, e Julia Gillard tem sido clara: "A lei federal só reconhece casais constituídos entre um homem e uma mulher". Mas, alguns advogados especialistas no assunto, alegam que a Constituição australiana tem brechas para que se aprovem leis locais e garantam os direitos aos casais homossexuais.
Um fator pode mudar o jogo: em 2011 a Austrália terá eleições e tanto os partidos da direita quanto da esquerda querem a cadeira de Julia Gillard. Por conta disso, até os conservadores começam a apoiar a aprovação de tais leis.
O Rio de Janeiro já está respirando ares de Parada Gay. Além do desfile em si, marcado para este domingo, 14, diversos eventos paralelos estão sendo realizados na capital fluminense. A ideia é reunir a turma colorida que está a fim de sair às ruas para pedir direitos, respeito e visibilidade.

Um desses acontecimentos é o 2º Lesbifest – Festival da cultura e diversidade de lésbicas e mulheres bissexuais. Marcado para ser realizado na noite deste sábado, 13, no Bar Sinônimo (Rua Mem de Sá, 118 – Lapa), o evento cheio de surpresas vai animar meninas que gostam de meninas com muita música ao vivo. As cantoras Maiara, Juliana Farina, Nana Kozak se apresentam, assim como o grupo de percussão Fina Batucada, formado só por mulheres. Quem aparecer por lá vai poder conferir e participar do concurso de drag kings, em que as fofas encarnarão figuras masculinas em suas performances. Rola premiação para as três primeiras colocadas. Vai ter ainda Cupido dando uma forcinha na paquera e performance teatral com Ítala Isis.
Também na noite de sábado rola festa Pré-Parada na 1140 (R. Capitão Menezes, 1140 - Jacarepaguá). O lineup tem os DJs Marcão Rezende, Guilherme Santos e Marcio Rezende, além de seus convidados. Tem também shows de drags com Suzy Brasil, Leona e Vick Diamond.
O ponto alto desta programação é a Parada do Orgulho LGBT do Rio, que este ano faz sua décima-quinta edição. A concentração está marcada para as 13 horas, ali na Avenida Atlântica, Posto 6. Apareça, sua participação é mais que importante!
A marca de movéis de luxo Montenapoleone costuma chamar arquitetos famosos para suas campanhas anuais.

Desta vez eles fizeram o mesmo, mas fotografaram um casal de arquitetos Gays e mostram os dois se beijando.
O casal é formado pelos arquitetos Zezinho Santos e Turíbio Santos. A foto é de Jairo Goldflus.
A militância do Chile acaba de lançar a segunda edição de seu material educativo sobre homofobia e bullying. Ele vai ser entregue nas escolas de todo o país.

A iniciativa é do Movimiento de Integración y Liberación Homosexual (Movilh), com apoio do senador Fulvio Rossi, do deputado Hugo Gutiérrez e do coletivo LGBT local Falange de la Diversidad Sexual (Fadisex).
A segunda edição do “Educando en la Diversidad, Orientación Sexual e Identidad de Género en las Aulas” tem 42 páginas, 10 a mais do que a primeira, 10 mil exemplares e vem ainda com um CD interativo com o mesmo nome que fala sobre direitos LGBTs de uma maneira dinâmica e menos teórica.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

No Espírito Santo, a cidade de Colatina realiza no próximo domingo, 14, seu VI Manifesto LGBT, que neste ano tem como tema “Uma Luta Pela Igualdade”. A concentração para a caminhada está marcada para o meio-dia, na Praça Municipal de Colatina, com abertura prevista para as 13h.

Às 15h será cantado o Hino Nacional e, em seguida, às 15h20, começa a caminhada realizada pelo Gold (Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade). Às 20h começa o show com Cris Monteiro. A programação termina às 22h.

Brasil tem mercado promissor para o turismo LGBT


O Brasil é visto como uma grande oportunidade para o mercado turístico voltado para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Esse dado é baseado no relatório da empresa de consultoria "Out Now Global".
A pesquisa relacionou o consumidor LGBT e o mercado turístico latino-americano e destacou que mais de 25 milhões de gays vivem na região, o que supõe um mercado multimilionário para a indústria do turismo, com destaque para o Brasil.
O Brasil é o destino número um tanto para turistas LGBTs de diversos países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Holanda.
Para se ter uma idéia, na Argentina, os consumidores LGBT gastaram US$ 4 bilhões em viagens turísticas em 2010. No México, 5 milhões de pessoas gastaram US$ 8 bilhões em turismo gay, enquanto no Brasil o público LGBT local investe US$ 20 bilhões ao ano.
O Rio de Janeiro foi eleito o destino mais sexy do mundo em votação realizada por um site e uma rede de televisão americana, com 58% dos votos.

A cidade carioca ganhou de concorrentes como Barcelona, na Espanha, Key West, na Flórida, Las Vegas, em Nevada, Tel Aviv, em Israel, e Palm Spring, na Califórnia.
Ano passado, o título pertenceu a Paris, na França. Em 2009, o Rio foi escolhido o melhor destino gay do planeta.
A cidade é cenário de alguns eventos importante do movimento gay, como no próximo domingo (14), que acontece a 15ª Parada do Orgulho LGTB, em Copacabana.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Os homossexuais serão homenageados na Candelária, Centro do Rio, na tarde desta quarta-feira (10). O ato será em memória aos dois mil gays mortos desde o ano 2000.

Segundo o Secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, o plano de desenvolver um plano nacional de proteção à parte da população composta por lésbicas, gays e simpatizantes, está próximo

Adolescente gay se mata após sofrer bullying nos Estados Unidos

Adolescente gay se mata após sofrer bullying nos Estados Unidos

O jovem Brandon Bitner, 14 anos, se suicidou em Middleburg, na Pensilvânia.
De acordo com os colegas, o garoto era vítima de bullying.
Para acabar com a própria vida, Brandon saiu durante a madrugada, deixando um bilhete de despedida, e se jogou na frente de um caminhão.
Ainda segundo os colegas, Brandon foi vítima de humilhação pública e foi intimidado por um grupo de rapazes que estudam no mesmo colégio.
Uma amiga dele, Takara Folk, escreveu uma carta onde afirma que Brandon era vítima constante de bullying.
“Ele era perseguido e intimidado por conta de sua orientação sexual e também por causa do seu estilo de se vestir”.
Brandon era estudante da High School MiddWest, em Middleburg, e se vestia no estilo “emo” e por conta disso era motivo de piadas.
“Qualquer um em nossa escola que é diferente é torturado”. Dias antes do suicídio de Brandon, a escola havia promovido atividades e assembléia a respeito do bullying, mas, segundo os alunos, ninguém levou a sério.

Solte o verbo: HOMOFOBIA É CRIME!

Os britânicos Tom Freeman e Katherine Doyle querem se casar, mas decidiram registrar apenas uma parceria civil por acreditarem que o direito ao casamento formal deveria ser estendido também aos gays.

O casal londrino --ambos de 26 anos-- entregou o pedido para firmar a parceria civil, mas teve o pedido negado por autoridades de Islington, ao norte de Londres. Agora, eles pretendem ir à Justiça para ganhar tal direito. Ativistas em defesa dos direitos gays apoiam a iniciativa do casal.
Os britânicos Tom Freeman e Katherine Doyle, que querem registrar parceria civil em vez de casamento
Pela lei britânica, casamento e parceria civil são idênticos e, por isso, ativistas argumentam que os dois tipos de união deveriam ser permitidos tantos a gays quanto a heterossexuais.
"Nós acreditamos que já é tempo de haver uma só lei para todos", diz o ativista Peter Tatchell, organizador da campanha "Equal Love [Amor Igualitário]", que une oito casais --quatro gays e quatro heteros-- que desejam conquistar seus direitos na Justiça. "Negar o direto à parceria civil aos casais heterossexuais é um ato heterofóbico", diz ele.
Para alguns especialistas em Direito, o argumento é válido, porque a discriminação devido à orientação sexual infringe as leis britânicas de direitos humanos.
"Como o governo pode justificar isso, se os direitos legais previstos em cada instituição [parceria civil e casamento legal] são idênticos?", questiona o professor de Direito Robert Wintemute, que aconselha os participantes da campanha. "As duas instituições são idênticas, com exceção do nome".

O Reino Unido introduziu a parceria civil em 2005, garantindo aos casais gays a mesma proteção legal dos casais heterossexuais, assim como direito à adoção e à herança dos parceiros, mas sem dar o nome de casamento.
Holanda, Canadá, Bélgica, Portugal e Espanha validaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Já Alemanha, França, Áustria e Suíça têm leis similares às do Reino Unido.

Por que geralmente as matérias sobre a homossexualidade insistem em generalizar gay como sinômino de efeminado?

Oi, David Dourado Obrigado por seus comentários.
É verdade o que você disse que geralmente as matérias sobre a homossexualidade insistem em generalizar gay como sinômino de efeminado. Neste texto, eu quis demonstrar também o que a sociedade e o senso comum pensam e vêem o homoerotismo. Eu já escrevi na postagem anterior: "Gênero e masculinidade na adolescência" as várias formas de ser homem (homoerótico ou não), veja:
"A sociedade exige de homens e mulheres que se comportem segundo os padrões sobre quem são. Essas regras ou convenções são chamadas de masculinidade hegemônica (Connell, 1995, p. 36). A masculinidade hegemônica para Moita Lopes (2002, p. 157 e 158) torna-se mais explícita no âmbito dos esportes, por ser hierárquico e competitivo, além de envolver o enfrentamento físico. Ainda nesse aspecto, destaca-se o papel atribuído à racionalidade que considera meninos mais inteligentes que meninas, tomando por parâmetro estruturas emocionais predominantes nestas. E no âmbito da globalização, atualmente, pesquisas e meios de comunicação dão conta de que o homem hegemônico entra em conflito quando percebe que as mulheres compartilham o papel também de provedora do lar, tornando-se vulnerável diante da sociedade e da mulher.
As diferenças entre os gêneros estão condicionadas pelas culturas que têm uma forma diferente de encarar a educação de homens e mulheres e aos que priorizam a educação rígida e diferenciada para meninos e meninas.
POR OUTRO LADO, O HOMEM NÃO PODE SER ANALISADO SOMENTE EM RELAÇÃO À MULHER, mas em relação às várias maneiras de ser homem, ou seja, há diversas formas de ser homem."
Já tenho um texto que trata da MASCULINIDADE HOMOERÓTICA ou seja os gays másculos. No capítulo 6 da minha dissertação de mestrado, trato das categorias e sub-categorias homoeróticas.




Dissertação de Mestrado:
SANTOS, Izaac Azevedo dos. Narrativas de um adolescente homoerótico: conflitos do ‘eu’ na rede de relações sociais da infância à adolescência. Rio de Janeiro, 2008. Dissertação de Mestrado – Departamento de Letras, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Na próxima semana, a Colômbia poder se tornar o 12º país a oficializar o casamento civil entre homossexuais. A decisão será do Tribunal de Justiça da Colômbia, já que o Congresso preferiu não se pronunciar a respeito.

Dos nove juízes que vão decidir sobre o assunto, a magistrada Maria Victoria Street disse que os homossexuais colombianos necessitam de garantias.
Outros três juízes se posicionaram contra a legalização. Entre eles, Nilson Pinilla, que soltou a “pérola”: “Os gays sofrem de uma anomalia e necessitam de cuidados psicológicos. Não pode se naturalizar o que é biologicamente anormal”.
Os outros cinco magistrados não se pronunciaram, mas apresentam-se como progressistas.

PENSE NISSO!

Não se preocupe em evitar as tentações - à medida que você envelhecer, elas o evitarão. 
Laurence J. Peter



Com o tema: "Amar é um direito de todos. O mesmo amor que nasce em você, nasce também em um LGBT." Catalão-GO vai realizar no dia 14/11 a sua 1ª Parada do Orgulho e Diversidade LGBT às 14 horas, concentração na Praça Gertúlio Vargas. E quem particia é Priscilla Drag de São Paulo, Dj Adriano Ferreto de Goiânia e Gogo Boys e muita drags na luta pela visibilidade e o direito de amar.

Vamos lutar juntos por um Catalão sem Homofobia. Por um País sem Homofobia. Pelo direito de amar.

ATÉ QUANDO? PL122/2006 JÁ!

Após o segundo ataque no período de um mês, a Escola Jovem LGBT (Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais) de Campinas planeja instalar câmeras de segurança no local. Na noite de segunda-feira (8), uma garrafa de vidro foi atirada contra a escola, atingindo uma porta de vidro. Ninguém ficou ferido.

Segundo o presidente da ONG (Organização Não-Governamental) E-Jovem, idealizadora do projeto da escola LGBT, Cheslier Moreira, em outubro o local foi alvo de violência após jogarem pedras no pátio da instituição, atingindo outra porta.
A escola oferece cursos para o público homossexual, como aulas de criação de zines, revistas, criação literária, dança, música, TV, cinema, teatro, performance drag e defesa pessoal.
Mesmo após os dois ataques, o presidente da E-Jovem disse que não vão registrar boletim de ocorrência.

VIVA BARCELONA>

O papa Bento 16 enfrentou ontem um "beijaço gay" durante a passagem do papamóvel pela praça da Catedral de Barcelona, na Espanha, quando seguia para o templo da Sagrada Família. Gays e lésbicas se misturaram aos fiéis, que cantavam e davam vivas ao papa.

O grupo protestou pelos diretos dos homossexuais e contra a insistência da hierarquia eclesiástica em proibir o uso de preservativos. Em coro, os ativistas chamaram o papa de "pederasta".
Durante missa realizada para transformar a igreja da Sagrada Família em uma basílica, Bento 16 mostrou que não se impressionou com o protesto e atacou as leis espanholas que permitem o aborto e a união de homossexuais. Ele defendeu a instituição familiar e o direito à vida. "O amor indissolúvel de um homem e uma mulher é o marco eficaz e o fundamento da vida humana", disse.