sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Realizada na última terça-feira, 26, dentro da programação da V Conferência ILGA-LAC, em Curitiba, a eleição da Associação Brasileira de Gays,Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) foi realizada de portas fechadas, sem a imprensa, e confirmou o nome do militante Toni Reis para mais um mandato à frente da entidade. Reeleito, ele vai guiar a ABGLT no triênio 2010-2013.Em uma eleição que contou com a participação das cerca de 240 ONGs afiliadas à Associação e classificada por Toni como “tranquila", foi reeleita também a vice-presidente lésbica, Yone Lindgreen; já a vice-presidente trans deixa de ser Lili Anderson e agora é Keila Simpson, ex-presidente da Articulação Nacional das Travestis (Antra); a lésbica Irina Bacci é a secretária-geral, Léo Mendes o tesoureiro e Tatiane Araújo a representante na Secretaria de Direitos Humanos (SEDH). Veja outros eleitos:Suplentes: Victor de Wolf ; Rafaelly Wiest e Carlos Gomes. Conselho de Ética: Luana Marley; Weluma Cunha e Marcelly Malta Conselho Fiscal: Fernanda Bevenutty, Leda e Denise Limeira Diretores regionais: Norte: Sebastião Diniz (Roraima) e suplência de Karen Oliveira (Rondônia)Nordeste: Fernando Rodrigues (Pernambuco) e suplência de Celise Azevedo (Maranhão) Sudeste: Beto de Jesus (São Paulo) e suplência de Soraya Meneses (Minas Gerais) Centro-Oeste: Bruno Camilo (Goiás) e suplência de Lucélia Macedo (Mato Grosso) Sul: Marcio Marins (Paraná) e suplência de Maria Guilhermina (Santa Catarina)


A tarde desta quinta-feira, 28, da programação da V Conferência ILGA-LAC, em Curitiba, foi de apresentação de resultados dos planos do Governo Federal desenvolvidos para a população de gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e mulheres. O principal foco continua sendo a área da Saúde com a luta contra a epidemia de HIV/Aids entre os LGBT, principalmente os homens que fazem sexo com homens (HSH), mas as mulheres também ganham atenção.Durante o grupo de trabalho “Políticas Públicas LGBT no Brasil”, os responsáveis pelos programas apresentaram os resultados de seus projetos e reforçaram a ideia de cada vez mais fazer o movimento dialogar com o Governo Federal também em outras áreas, tirando o estigma da AIDS. Além disso, observaram também os avanços conseguidos com essas ações e divulgaram o trabalho governamental para os participantes do congresso, que reúne cerca de 400 militantes de toda a América Latina e Caribe.“Temos que reconhecer que somos diferentes e estas diferenças constantemente nos trazem desigualdades no atendimento do serviço de saúde. É preciso que o ministério assuma que isso existe”, ressaltou Simioni Silva, representante da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa que apresentou o Plano nacional de Saúde Integrada de LGBT no Brasil. Ela observou ainda que um dos principais objetivos em 2010 vai ser continuar a evolução no serviço prestado buscando uma cooperação intersetorial dentro do Ministério da Saúde – o objetivo é produzir conhecimento sobre o tema para otimizar o serviço.A preocupação é diminuir urgentemente as estatísticas de contágio apresentadas por Oswaldo Braga, presidente da Associação Brasileira de Gays (Abragay), nos resultados do Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e DST entre Gays, HSH e Travestis do Ministério da Saúde. “A epidemia de Aids no Brasil está com um crescimento médio de 35 mil novos casos ao ano”, enumera Oswaldo, completando ainda que uma das principais preocupações do Ministério e com relação aos jovens. Isso porque segundo os dados do Plano, 630 mil pessoas entre 15 e 49 anos vivem com HIV AIDS no Brasil.Outra preocupação do órgão federal é o crescimento de casos de HIV em mulheres. Elas são o foco do Programa Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DST, apresentado pela militante transexual feminista Barbara Graner. Segundo ela, o Brasil tinha até junho de 2008 pelo menos 164.293 casos de mulheres infectadas pelo HIV. “A epidemia de Aids é concentrada nos HSH, mas o governo hoje tem cada vez mais a sensibilidade de perceber esta realidade junto às mulheres e trazer ações de enfrentamento dela.”Para se ter uma noção do crescimento, ela apresentou um gráfico onde mostrava que em 1983 a incidência da Aids entre mulheres era de apenas um caso para cada 40 entre os homens, contra 1.8 para cada um masculino em 2009, ou seja, mais mulheres soropositivas. Barbara destacou ainda que esse salto no grupo das mulheres tem como combustível “a desigualdade de gênero em interação com pobreza, racismo e violência”. Para o futuro, o objetivo é seguir uma diretriz de “promoção da igualdade e equidade de gênero com garantia da participação e envolvimento dos homens e enfrentamento de todas as formas de violência.”

A construção da cidadania de todas as letras da sigla do movimento militante ganhou na noite desta quarta-feira, 27, mais atenção com a abertura oficial da V Conferência Regional da Associação Internacional de Gays e Lésbicas da América Latina e do Caribe (ILGA-LAC), realizada até o próximo sábado, 30, em Curitiba. Em noite de gala, a ILGA recebeu políticos, ministros e toda sua diversidade para comemorar a abertura do encontro, que foi nesta quarta, mas as discussões começaram já na última terça-feira, 26, com as pré-conferências.O Estação Embratel Convention Center recebeu figuras aliadas conhecidas como a senadora Fátima Cleide (PT-RO), o deputado federal José Genoíno (PT-SP), a coordenadora nacional LGBT Mitchelle Meira e o empolgado ministro Paulo Vanucchi, da Secretaria de Direitos Humanos. Todos lembraram a grande importância de se conseguir reunir militantes de tantos países diferentes em um só lugar e reforçaram seu apoio à luta pela cidadania plena.Com o recém-lançado Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3) na mão, o ministro afirmou que “o movimento LGBT é o mais organizado do Brasil”, lembrando ainda que “foi o único a conseguir realizar as 27 conferências estaduais”. Sempre aplaudido, Vanucchi reforçou a importância do Plano “no vigésimo primeiro ano de redemocratização do Brasil”, um documento federal que prevê o incentivo de ações como a união civil e a adoção de crianças por casais homoafetivos.Sobre pontos polêmicos como estes – que o próprio presidente Lula já garantiu que continuam no Plano, mesmo frente a críticas conservadoras -, o ministro lembrou que existem para sua execução obstáculos a serem transpostos e provocou que “é difícil solucionar os problemas quando eles não vêm à luz, ficam cobertos pelo manto da hipocrisia”. Aplaudido de pé, Vanucchi encerrou a solenidade, que contou ainda com jantar e desfile de trajes de gala da diversidade sexual e todas as suas letras.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010





A deputada Lésbica Christine Johnson, 41, de Utah (Estados Unidos), foi eleita defendendo os direitos GLBTs e decidiu ir além disso: ela está grávida de quase cinco meses de um filho de um casal de amigos Gays.Ela engravidou por meio de uma inseminação artificial e deve ter o bebê em 21 de junho deste ano.Christine é Lésbica assumida e foi eleita em 2006 pelo Partido Democrático. Ela acredita que seus amigos serão “pais maravilhosos” e que “essa criança terá uma vida incrível”.“Sexo ou orientação sexual é menos importante do que uma criança que é esperada e aguardada em um lar que lhe dará apoio e carinho”, declarou ao jornal norte-americano Deseret News.Christine tomou a decisão depois de ouvir os amigos reclamarem muito por não poderem adotar uma criança legalmente em Utah.Lá, a barriga de aluguel chega a custar 100 mil dólares, mas a deputada, que já é mãe de uma moça de 17 anos, está fazendo o grande favor de graça, pela amizade.
O cantor norte-americano Jason Mraz disse em seu blog que acha um desrespeito o questionamento que fazem sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.“Todo mundo tem o direito de fazer planos e proteger as pessoas com as quais se importam.”Mraz acredita que, assim como o governo não questiona a validade dos casamentos entre heterossexuais, os Homossexuais deveriam ter o mesmo tratamento.O cantor, em entrevistas passadas, revelou já ter ficado com homens, mas nunca houve um envolvimento sério.Até que se prove o contrário, ele é um hétero simpatizante e um aliado à causa GLBT.

O diretor brasileiro Marcelo Laffitte está se preparando para levar seu ótimo longa “Elvis e Madona” para o outro lado do mundo, para a Austrália.O filme é o convidado de honra que vai encerrar o Melbourne Queer Film Festival (MQFF), que acontece entre os dias 17 e 28 de março em Melbourne.A história sobre o amor entre a Travesti cabeleireira Madona (Igor Cotrin) e a Lésbica entregadora de pizza Elvis (Simone Spoladore) será o último filme a ser exibido no festival em Melbourne.“É o espaço mais nobre da programação, todo mundo só fala sempre do último filme”, explica bem feliz o diretor Laffitte.“Elvis e Madona” é uma história de amor - quase cotidiana - do bairro de Copacabana permeada de personagens curiosos e típicos do microcosmo desse pedaço da Zona Sul carioca.Com diálogos naturais e sem enfeites, Laffitte constrói um universo perfeito onde o amor não conhece gênero, apenas o coração. O longa foi exibido aqui no Brasil na programação do último Festival Mixbrasil de Cinema, em 2009.Em 2008, o Brasil já participou com sucesso do Melbourne Queer Film Festival com o curta-metragem brasileiro “Páginas de Menina”, da diretora Mônica Pallazzo, que ganhou o prêmio de melhor curta.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010




A homossexualidade de Angélica, do "Big Brother Brasil 10", pegou os familiares da mineira de surpresa. "Nós não sabíamos disso. Só soubemos quando ela disse no programa. Angélica não tocava neste assunto com a gente", contou a tia da participante, Silvana Martins. A preocupação agora é que Angélica não seja alvo de preconceitos. "Ela continua sendo a minha sobrinha e vai poder sempre contar com o apoio da nossa família. A gente só não quer que ela sofra", explicou.
Para Silvana, Angélica não deixa a casa no paredão da próxima terça-feira (26/01). "Acho que o Alex deve sair", opinou Silvana, que assegura que a sobrinha não está jogando: "A Angélica que está na casa é a mesma que conhecemos. Muitas vezes, parece que ela está em cima do muro porque não toma partido das brigas. Mas ela age do mesmo jeito aqui fora", revelou.
Em uma decisão elogiada pela militância do país, a Justiça da Alemanha permitiu no último dia 14 que casais homossexuais unidos civilmente recebam pensão por viuvez. A decisão foi tomada de acordo com a lei contra a discriminação por razões de sexo ou outra índole vigente na Alemanha.A permissão para receber a pensão foi dada pela Magistratura do Trabalho de Erfurt, no leste do país, depois de um pedido judicial de um homossexual que reivindicava o direito depois que seu companheiro morreu. A mudança abre jurisprudência em todo o país para outros casais homossexuais. A Alemanha aprovou a união civil em 2007, durante o governo do social-democrata Gerhard Schröder, mas ainda não permite a adoção de crianças por casais formados por pessoas do mesmo sexo.