sábado, 24 de abril de 2010



Está acontecendo em Teresina, desde o dia 21/04, o 23º Encontro Regional de Estudantes de Direito, que reune cerca de 600 estudantes na Universidade Federal do Piauí.O Prof. Drº Luiz Mott, precursor do Movimento Homossexual Brasileiro, promoveu um rico debate no dia 23/04 o tema “Homofobia – abordagem sociológica e identitária”, no Auditório do CCHL (Centro de Ciências Humanas e Letras).Luiz Mott tem oferecido grandes contribuições para os estudos sobre a Homossexualidade no Brasil, além de ser um fervoroso ativista na defesa dos Direitos Humanos LGBT.Fundou o Grupo Gay da Bahia, uma das primeiras entidades na luta pela cidadania dos Homossexuais no país.O 23º Encontro dos Estudantes de Direito, cujo tema é “O Direito entre a razão e a sensibilidade” também promoverá no dia 24/04 o painel “Os Lírios não nascem das leis” que destacará dois enfoques: ‘Compreensão do Direito para além das leis’ e ‘Perfil e Habilidade do jurista: razão e sensibilidade’.A atividade ocorrerá no CCHL às 14:00h.

O jogador galês de rugby Gareth Thomas saiu do armário em dezembro de 2009 e vem fazendo escola.Inspirado pelo atleta, outro famoso do mundo dos esportes decidiu que era hora de falar abertamente sobre sua sexualidade.O ex-nadador australiano Daniel Kowalski, 34 anos, deu entrevista ao jornal "Sunday Age" afirmando que cansou de "viver uma mentira".Ganhador de quatro medalhas olímpicas, Kowalski admitiu que, ao ler as notícias sobre o outing de Thomas, sentiu uma pontinha de inveja."Fiquei com raiva por sentir inveja. Ele estava assumido, sentido-se livre. E aí realmente comecei a pensar que eu também poderia me assumir se quisesse. Me senti obrigado a sair do armário, porque é muito difícil ter uma existência escondida".O campeão das piscinas disse ainda que o fato de não anunciar publicamente sua Homossexualidade pode até ter atrapalhado em seu desempenho esportivo. "A falta de auto confiança e senso de identidade de várias formas me impediram de atingir meu potencial", afirmou.Kowalski soma-se a um grupo de atletas australianos assumidos, como o mergulhador Matthew Mitcham e os jogadores de rugby Ian Roberts e Gareth Thomas.Atualmente, Daniel Kowalski trabalha como professor e treinador.
Não é só Brasília que fez aniversário nesta quarta-feira 21/04. A Igreja Renovada Inclusiva para a Salvação (Iris) completou um ano de vida em Goiânia.A igreja acolhe, indiscriminadamente, fiéis de qualquer orientação sexual, que são rechaçados em outros cultos.Como Igreja Metropolitana dos Estados Unidos, ela nasceu há 40 anos, e só recentemente chegou ao Brasil. As reuniões acontecem aos domingos, às 19h, na sede do Fórum de Transexuais de Goiás.A comemoração pelo aniversário ocorreu nesta quarta-feira, às 15h, na sede da igreja, que fica na Av. Araguaia, 1025, Centro, Goiânia.



As declarações feitas pelo cardeal Tarcisio Bertone, que associou a pedofilia ao homossexualismo durante visita recente ao Chile, levaram, este sábado, centenas de pessoas às ruas de cidades como Paris, Lima e Buenos Aires para declarar seu repúdio à posição do clérigo, ainda que o Vaticano tenha mantido distância destas afirmações.
Em Paris, cerca de cem pessoas se reuniram para denunciar as declarações do cardeal Bertone, número dois do Vaticano. Convocados pela Inter-LGTB (Interassociação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), que reúne sessenta entidades, os manifestantes quiseram "denunciar as declarações escandalosas procedentes do Vaticano, visto que foi o número dois do Papa quem as fez", declarou Daniel Meyer, tesoureiro da organização, à agência de notícias France Presse.
Durante pouco mais de uma hora, os manifestantes gritaram palavras de ordem como "Vaticano, Estado homofóbico".
Em Lima, cerca de cinquenta católicos enfrentaram um grupo de homossexuais que protestava ante o Núncio Apostólico por causa das declarações do cardeal Bertone.
A manifestação, convocada pelo movimento TLGB-Peru (Transsexuais, Lésbicas, Gays e Bissexuais do Peru), que reuniu dezenas de pessoas, recebeu a imediata resposta do grupo de católicos, que formou um cordão humano em frente à sede diplomática para defendê-la de "ataques blasfêmicos" de seus "irmãos equivocados".
Os grupos ficaram duas horas em suas posições, enfrentando-se verbalmente com rezas e cânticos religiosos por um lado, e lemas anticlericais e palavras de ordem como "a pedofilia é um crime, a homossexualidade, não", pelo outro.
A tensão chegou ao clímax quando um padre que saía do núncio cruzou uma barreira policial que separava os dois grupos e encarou os homossexuais, afirmando que sua presença no local era "obra do demônio".
Os homossexuais responderam, declarando, em coro, "Encobrir um crime também é crime!", em alusão às versões segundo as quais o papa Bento 16 teria protegido, anos atrás, sacerdotes católicos acusados de abuso sexual para evitar o escândalo.
Em Buenos Aires, um cartaz com os dizeres "O abuso é um crime, a homossexualidade, não" foi instalado por um grupo de ativistas gays na porta da catedral da capital argentina.
Uma dezena de integrantes da CHA (Comunidade Homossexual Argentina) protestou em frente ao templo católico, situado diante da Praça de Maio, onde desfraldaram bandeiras com as cores do movimento gay.
"Expressemos nosso repúdio aos abusos contra meninos e meninas. Denunciemos o silêncio do Vaticano", dizia o cartaz, enquanto outro trazia a inscrição: "não sejamos cúmplices do silêncio da Igreja Católica Argentina. Acobertar é crime".
Há dez dias, durante visita ao Chile, o cardeal Tarcisio Bertone, número dois do Vaticano, declarou que "muitos psicólogos, muitos psiquiatras demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram e me disseram recentemente que há relação entre homossexualidade e pedofilia".
O Vaticano manteve distância destas declarações.

Cuidado com as crianças nas aulas de catecismo!


Para tentar impedir a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a Assembleia dos Bispos da Argentina divulgou documento no qual alega que a união altera “princípios da lei natural”.“O Estado estará agindo de maneira errada e entrará em contradição com seus próprios deveres ao alterar princípios da lei natural e da ordem pública da sociedade argentina”, afirma um trecho do documento. “A união de pessoas do mesmo sexo carece dos elementos biológicos e antropológicos do matrimônio e da família”, alegam ainda os bispos.As declarações fazem parte dos esforços da Igreja Católica em influenciar o debate no Congresso argentino sobre a legalização do casamento homossexual no país, que pode acontecer na próxima semana.O projeto a ser debatido pelos legisladores prevê que a expressão “marido e mulher” constante na definição de casamento no Código Civil argentino seja alterada para o termo “contraentes”. Caso seja aprovada a reforma, a Argentina se tornará o primeiro país da América Latina a permitir o casamento homossexual.Disputas judiciaisDesde dezembro do ano passado, quando Alex Freyre, 39 anos, e José María Di Bello, 41 anos, conseguiram se casar em cartório civil de Ushuaia, graças a um decreto da governadora da província da Terra do Fogo, mais três outros casamentos entre pessoas do mesmo sexo já foram realizados no país mediante autorizações do judiciário. Há, entretanto, uma batalha jurídica envolvendo as uniões: enquanto alguns magistrados autorizam o casamento, outros juízes anulam as decisões, com base no Código Civil. Na semana passada, tanto o casamento de Freyre e Di Bello quanto o primeiro casamento entre mulheres da Argentina foram anulados por juízes que consideraram a união homossexual como “inexistente” no país. O casamento entre as ativistas e sexagenárias Norma Castillo e Ramona Arévalo foi anulado pela juíza civil de primeira instância Martha Gómez Alsina, que acolheu uma medida cautelar apresentada contra a união.


O assumido cantor americano-canadense Rufus Wainwright revelou ter mudado de opinião sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo após vivenciar na prática como a união legal poderia facilitar sua vida.“No começo eu era contra o casamento gay. Por que querer ir absolutamente direto para o modelo hétero e reproduzir seus esquemas, quando você pode seguir uma vida livre e diferente? Eu sempre tive tendência de recusar a me conformar com o modelo padrão. Agora que estou em um relacionamento há mais de três anos, sei que isso facilitaria a nossa vida juntos”, afirmou o cantor em entrevista à revista gay francesa Têtu. Já sobre a adoção por homossexuais, Rufus declarou já ser favorável há muito tempo. Na entrevista à revista, o cantor também demonstra preocupação com o crescimento da homofobia nos Estados Unidos e até comentou sobre sua iniciação sexual. “Muito jovem, aos 14 anos”, contou Rufus.





O ator Guto Andrade vai encarar a partir do próximo dia 6, às 19h22, um desafio ao mesmo tempo em que faz uma dura crítica. Ele entra em cartaz no Rio de Janeiro, no Teatro Vannucci, com a peça “Os Neuróticos”, onde interpreta um personagem extremamente homofóbico, Fernando. A peça conta ainda com vários personagens que têm que lidar diariamente com o preconceito de gente assim. E o legal é que leitores do Mix e da Junior pagam menos para conferir o espetáculo.“Fernando mostra um lado mais macabro da sociedade. O lado dos preconceituosos. No fundo, são homossexuais enrustidos”, opina Guto Andrade, completando que “preconceito é a doença da alma”. O personagem está inserido em um contexto que tem ainda uma travesti que busca sua aceitação como pessoa na sociedade, uma mulher obesa, uma senhora recatada e uma outra mulher que sonha com o príncipe encantado.De alguma maneira, cada um deles enfrenta o preconceito diariamente. Preconceito este personificado por Guto como forma de chamar a atenção da plateia para a importância de se combater todo tipo de discriminação. Para deixar o assunto mais leve, mas não menos relevante, o texto tem pitadas de humor que garantem um clima mais ameno para a discussão. No elenco estão Cida Brollo, Maykon Robert , Guto Andrade, Luciana Malcher e Carolina Calmon. O ingresso vai custar R$ 40 durante toda a temporada, mas leitores do Mix e da Junior pagam apenas R$ 10. “Os Neuróticos” – a partir de 6 de maioTeatro Vannucci: Rua Marquês de São Vicente, 52 / 3º. Piso - Shopping da Gávea Tel.: (21) 2274-7246Duração 60 minutos Classificação etária: 16 anos







Todo mundo sabe que usar camisinha é fundamental. Mas se usar preservativo é para a maioria das pessoas algo rotineiro, para quem é alérgico ao látex pode se tornar um suplício. De acordo com estimativas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos EUA, entre 1% e 6% da população apresentam hipersensibilidade à proteína de borracha usada como matéria prima por grande parte das camisinhas. Mas o mercado já conta com um produto capaz de resolver o drama. O preservativo Unique não tem látex e é fabricado com uma resina de polietileno chamada A-10. Fabricado pela Natural Sensation e distribuído pela Acme Brasil, o Unique é aprovado pela Anvisa e ainda promete uma sensibilidade extra na hora do "vamos ver". A embalagem é em forma de cartão de crédito, o que garantiria maior durabilidade do produto.Quem quiser experimentar vai ter que desembolsar um pouco mais do que com preservativos tradicionais. A caixinha com três camisinhas custa em média R$ 15.

O Centro Acadêmico de Farmácia e Bioquímica da USP (Universidade de São paulo), que representa os alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, publicou nota em seu site condenando o texto de um informativo atribuído aos alunos da faculdade.
Preconceito atinge 87% da comunidade escolar, diz pesquisa
Uma edição do periódico "O Parasita" causou polêmica ao
incitar a homofobia. Assinado com um pseudônimo, um texto da publicação desafia: "jogue merda em um viado".
"Não apoiamos atitudes homofóbicas, machistas, racistas ou que expressem qualquer outro tipo de preconceito, uma vez que vivemos em uma sociedade livre e diversificada. Não possuímos nenhum vínculo com quaisquer publicações contrárias ao posicionamento do centro acadêmico. Somos contrários a iniciativas discriminatórias, uma vez que incentivamos a conscientização social de nossos alunos", afirma a nota, publicada nesta sexta-feira (23).
Prêmio
De acordo com "O Parasita", a faculdade "vem sendo palco de cenas totalmente inadmissíveis". Após citar episódios de beijos e troca de carícias entre alunos homossexuais, os autores afirmam que "se as coisas continuarem assim, nossa faculdade vai virar uma ECA [Escola de Comunicação e Artes da USP]".
O prêmio para quem cumprir o desafio é "um convite de luxo para a Festa Brega 2010". Em nota, a direção da faculdade diz que "não tem conhecimento nem apoia essa publicação, inclusive desconhece os seus autores". A direção afirma ainda que "tomará as medidas jurídicas cabíveis para reprimir este tipo de publicação".

terça-feira, 20 de abril de 2010






Imprensa Gay no Brasil - Entre a Militância e o Consumo” foi o vencedor do concurso Folha Memória, do jornal Folha de S. Paulo.O projeto, em sua primeira edição, visa financiar pesquisas sobre a história do jornalismo brasileiro. Ao todo, 461 candidatos se inscreveram.O projeto vencedor, de autoria de Flávia Helena Péret será publicado pela Publifolha. Segundo os avaliadores, a iniciativa de Flávia teve um texto com boa elaboração, estrutura e acabamento e sucesso na reconstituição de um certo período da história de uma parcela da imprensa.
A DC Comics está se preparando para lançar o primeiro HQ da Batwoman, super-heroína assumidamente Lésbica do mundo dos quadrinhos.Essa será a primeira vez que a editora norte-americana produz uma série protagonizada por um personagem Homossexual.A mulher-morcego surgiu pela primeira vez na década de 1950, em uma história do Batman. Comenta-se por aí que sua criação era uma tentativa de abafar os rumores sobre a Homossexualidade do herói.Depois de algumas décadas esquecida, ela ressurgiu de visual repaginado e já assumida, em 2006.O alter-ego da Batwoman é Kate Kane, uma socialite cheia da grana que resolve combater o crime e que já teve um romance com Renee Montoya, detetive da polícia de Gotham City.De acordo com Dan Didio, diretor executivo da DC Comics, a Batwoman inicialmente enfrentou resistência por parte dos leitores homofóbicos, mas nos últimos três anos ela passou a ser bem muito vista pelos fãs de HQ.
Muitas pessoas nos procuram para saber o que fazer para se ter um relacionamento feliz e para vencer as dificuldades naturais do relacionamento homoafetivo. Seria bom se tivéssemos a receita para o relacionamento feliz e duradouro, mas este é só mais um dos mitos que trataremos aqui. Existem alguns conselhos que podem ser úteis.Ainda que tenhamos o mesmo sexo, temos de encarar o fato de que somos diferentes e usar essas diferenças a nosso favor e não contra nós. Precisamos festejar a diferença.“Minha outra metade”Duas meias caras podem fazer uma bela cara, duas meias maçãs podem fazer uma bela maçã, mas duas meias pessoas não fazem um casal. Para se ter um casal precisa ter duas pessoas inteiras e diferentes uma da outra.“Fomos feitos um para o outro”No inicio do relacionamento caímos muitas vezes na tentação de procurar as afinidades e negar as diferenças, mas para que este relacionamento seja próspero o casal precisa começar a reconhecer as diferenças.Respeite seu espaço e o espaço do outro tambémNão é preciso abrir mão de todas as coisas que gostava antes do relacionamento e ficar na estreita relação dos interesses comuns. Se você renunciar tudo, pode se tornar um reflexo do outro. No principio, ele pode até gostar, mas, com o tempo vai olhar para o lado e ver a sua própria imagem, sem aquelas qualidades que admirava em você. Não renuncie a tudo, aposte com toda a sua força. Pense bem antes de fazer sua escolha, e quando fizer, invista nela com fé. Discutir a relaçãoAs vezes não é muito saudável esta parte. Algumas pessoas não ficam a vontade em falar sobre os seus sentimentos. Depois de uma briga, um quer conversar e o outro quer abraçar, beijar e transar. Pensa que conversar pode trazer mais briga ainda. Quando o discutir a relação não passa de um monólogo do tipo:“Senta que eu tenho de te falar umas verdades” a melhor coisa é não discutir mesmo. Temos de aprender a suportar frustrações como parte inerente das nossas escolhas. Temos de aprender a tolerar imperfeições. Ser feliz não significa ficar o tempo todo em estado de graça, mas ter um balanço favorável do momento e enxergar uma possibilidade de futuro.E quando a paixão vai embora?A paixão não vai embora, ela vai e volta. Temos de estar atentos porque a paixão depende da surpresa. Relacionamento não é para preguiçoso nem para covarde. É preciso ter coragem de enfrentar mudanças e diferenças.As brigasNinguém precisa procurar brigas, mas também não precisa fugir delas. Não podemos ter medo do conflito. Se a união for sólida, o casal tolera uma palavra atravessada de vez em quando. É falta e não cartão amarelo. Cuidado com os excessos. Tem casal que potencializa ao máximo tudo o que o outro tem de melhor e de pior, oscilando o tempo todo entre momentos de extrema paixão e outros de extrema agressão. Vivem no paraíso ou no inferno. Só não conseguem viver na terra.Os “Modelos”Outra coisa muito importante é entender que somos seres únicos e especiais, não existe ninguém igual neste mundo, nem tampouco existem relacionamentos iguais. Viver buscando corresponder a um “modelo” de relacionamento pode criar sérios problemas. É importante o casal ter em mente a grande oportunidade de escrever sua própria história com liberdade e responsabilidade, casamento é um acordo e deve haver muito diálogo para se estabelecer as “clausulas desse contrato” e ainda ter a liberdade de revê-los quando for necessário. O Casamento é uma construção social que ao longo do tempo teve significativas mudanças e continuará mudando. Na Bíblia, por exemplo, os relacionamentos monogâmicos são raras exceções. Com todos os desafios, o relacionamento é algo muito prazeroso. Viver a dois em uma relação homoafetiva é um desafio muito grande, sobretudo nessa sociedade homofóbica e preconceituosa. Mas temos conquistado muito nos últimos anos e avançaremos, graças a Deus. Reverendo Cristiano Valério, psicoterapeuta, bacharel em Teologia Bíblica Pastoral e pastor coordenador da Igreja da Comunidade Metropolitana no Brasil.www.icmsp.org
Um tribunal anulou o primeiro casamento homossexual da Argentina (e da América Latina), que aconteceu no último mês de dezembro em cartório civil de Ushuaia, na província da Terra do Fogo. Para tomar a decisão, o juiz da Infância e da Família Marcos Meillien recorreu ao artigo 172 do Código Civil argentino, no qual os termos apontam apenas para a possibilidade de casamento entre heterossexuais. Com esta justificativa, o juiz declarou que o casamento entre Alex Freyre, 39 anos, e José María Di Bello, 41 anos, é “inexistente”.Freyre e di Bello enfrentaram vários obstáculos até conseguir concretizar sua união. Os dois, que são soropositivos, tinham conseguido autorização para se casarem em Buenos Aires no dia 1º de dezembro (Dia Mundial de Luta contra a Aids), mas tiveram seus planos desmoronados por uma decisão judicial, que anulou a permissão anterior. No dia 28 de dezembro, entretanto, casaram-se na província da Terra do Fogo. O casamento, que ocorreu em um cartório civil em Ushuaia, cerca de 3.500 quilômetros ao sul da capital argentina, só foi possível porque a governadora da Terra do Fogo, Fabiana Ríos, aceitou o recurso do casal e, por decreto, ordenou que o Registro Civil realizasse a união. “É uma governadora valente. E não vamos ser o último casal a se casar na Terra do Fogo”, profetizou o casal na ocasião. Após a união entre Freyre e di Bello, outros homossexuais já conseguiram se casar na Argentina. Na semana passada, as ativistas e sexagenárias Norma Castillo e Ramona Arévalo ganharam os holofotes da mídia após se tornarem as primeiras mulheres a se casar no país.

Uma campanha protagonizada por atletas da Liga Australiana de Futebol pretende erradicar a homofobia do esporte.Estrelas do futebol australiano como Jimmy Bartel e Adam Goodes estão entre os cerca de 30 esportistas, entre jogadores e treinadores, que já aderiram à campanha, prevista para ser lançada oficialmente no próximo mês de maio. Em umas das primeiras ações, vários jogadores foram fotografados segurando cartazes com mensagens escritas à mão pedindo inclusão e combatendo a homofobia. “Nós todos temos nossas diferenças - vamos celebrá-las” ou “Preto, branco, gay ou hétero, trata-se da diversidade, companheiro!” são algumas das frases estampadas nos cartazes empunhados pelos esportistas. Ian Roberts, ex-jogador de rugby australiano que saiu do armário em 1995, aplaudiu a iniciativa dos jogadores da liga. “Obviamente, eles reconheceram que há um enorme problema e finalmente estão fazendo algo sobre isso. Alguma coisa tem de mudar, e essa é uma reação positiva”, declarou Roberts.
A grife Dolce & Gabbana mais uma vez recorre a famosos esportistas italianos para uma campanha de underwear. Após despir jogadores de rugby e nadadores, a marca retorna ao seu antigo namoro com jogadores de futebol.Em homenagem à Copa do Mundo na África do Sul, cinco jogadores da Squadra Azzurra, a seleção italiana de futebol, estrelam a mais recente campanha da grife de Domenico Dolce & Stefano Gabbana.Antonio Di Natale (Udinese), Federico Marchetti (Cagliari), Domenico Criscito (Genoa), Vincenzo Iaquinta e Claudio Marchisio (Juventus) foram clicados em um ambiente de vestiário pelo fotógrafo Mariano Vivanco, que assinou também a campanha da marca com nadadores italianos.

O E-Camp, célula do Grupo E-jovem em Campinas, mobilizou na última sexta-feira, 16, no centro da cidade, cerca de dois mil jovens LGBT para celebrar o Dia do Silêncio, data comemorada no mundo todo como forma de protestar contra as agressões verbais e físicas sofridas por alunos LGBT nas escolas. O Dia do Silêncio surgiu em 1996, nos EUA, e é celebrado sempre em abril. Inédita no Brasil, a celebração na Praça Bento Quirino teve participação também do E-Sorocaba e contou com as apresentações de nada menos do que 24 drag queens e sete bailarinos. A apresentação ficou por conta do membro do E-Camp Chriss Bop, que lembrou: "gays, lésbicas, travestis, transexuais, drag queens! Essa é a diversidade sexual que existe dentro da escola. E as escolas têm de aceitar isso!".A apresentação foi interrompida por um momento pela presidente do E-Jovem, a drag Lohren Beauty, para que se fizesse um minuto de silêncio em respeito a todos os alunos e alunas LGBT que, por homofobia, são diariamente silenciados nas escolas. "Até arrepia ver essa multidão toda quieta”, disse. Confira os melhores momentos no nosso álbum.



A Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) convidou oficialmente todos os principais presidenciáveis para a I Marcha Nacional contra a Homofobia, agendada para o próximo dia 19 de maio em Brasília.No convite, endereçado a Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Ivan Pinheiro (PCB), Zé Maria (PSTU), Ciro Gomes (PSB) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), ressalta-se a importância da marcha, que faz parte das “atividades realizadas no mundo inteiro em comemoração ao Dia 17 de Maio, Dia Internacional de Combate à Homofobia”. Segundo Toni Reis, presidente da ABGLT, o evento vem sendo organizado desde o III Congresso LGBT em Belém, realizado em abril de 2009. A expectativa é reunir manifestantes de todos os estados do país, representando diversas instituições LGBT e de direitos humanos. O objetivo da manifestação é chamar a atenção dos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, para a necessidade de se garantir efetivamente um Estado Laico, no qual religiões não interfiram em decisões governamentais, pedir a aprovação do PLC 122/06, projeto de lei que criminaliza toda discriminação, incluindo a homofobia, e que o judiciário decida favoravelmente sobre uniões homoafetivas e em relação à mudança de nome de transexuais e travestis.A I Marcha Nacional contra a Homofobia acontece no dia 19 de maio, a partir das 9h, na Esplanada dos Ministérios, em frente à Catedral de Brasília.

segunda-feira, 19 de abril de 2010






Revirando as gravações de "Exile on Main Street" (1972), um dos mais célebres álbuns dos Rolling Stones, Mick Jagger encontrou dez músicas inéditas da época.
Depois de 40 anos no arquivo, a nova "Plundered My Soul" saiu em série numerada de mil compactos em vinil de sete polegadas, no sábado, nos Estados Unidos.
"Dez minutos depois de abrir as 20 unidades que recebemos estavam esgotadas", disse Dino Key, vendedor da Bleecker Street Records, loja no Greewich Village, em Nova York.
O vinil foi lançado no "Record Store Day", evento que as lojas de discos dos EUA criaram para dar um reforço nas vendas em decadência.
As outras nove músicas inéditas saem do baú em 18 de maio, no lançamento de uma reedição de "Exile on Main Street", com as faixas originais e as dez extras.
A versão de luxo ainda terá uma cópia em vinil, um DVD com documentário de meia hora sobre o álbum e um livro de fotos da banda na época.


MACEIÓ - Após três dias de depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado Federal, o padre Luiz Marques Barbosa, de 83 anos, foi preso em Arapiraca, a 146 km de Maceió. Além dele, dois funcionários da paróquia, um motorista e uma assistente social, foram presos por terem prestado falso testemunho e mentir no depoimento. O padre teve voz de prisão decretada, logo após uma equipe da Polícia Civil encontrar mais provas do delito em sua residência, como passagem de avião, bebidas alcoólicas e cremes corporais íntimos. O monsenhor manteria uma casa para os encontros .
Além dele, dois outros padres de Arapiraca são acusados da prática de pedofilia, por terem abusado de coroinhas. Um deles é o padre Raimundo Gomes, que negou a prática. Os adolescentes Fabiano Silva Ferreira, Cícero Flávio Vieira Barbosa e Anderson Farias Silva, frente a frente com o acusado, confirmaram o assédio e garantiram que o sacerdote pegava nos seus órgãos genitais durante as celebrações eucarísticas.
O terceiro acusado, o padre
Edílson Duarte, em troca da delação premiada decidiu contar detalhe s e acusou os outros dois colegas. Ele admitiu a prática da pedofilia entre religiosos. Acareado com os outros dois, reafirmou que o colega sacerdote era homossexual e que mantinha relações sexuais com crianças e adolescentes. Réu confesso, Edilson Duarte foi liberado. Caso ele ainda seja preso, poderá ter a pena reduzida por ter colaborado com as informações à CPI.
Uma das primeiras perguntas feitas pelo senador Magno Malta (PR/ES), presidente da CPI, ao monsenhor Luís Raimundo Gomes foi quanto à sexualidade dele. "O senhor é homossexual?", indagou. O religioso se limitou apenas a dizer que era do 'voto de celibato'. Quando questionado novamente sobre o assunto, o sacerdote foi mais direto: "Prefiro me calar".
Durante todo o interrogatório o monsenhor Raimundo Gomes negou qualquer aproximação com os adolescentes e afirmou que nunca foram seus coroinhas.
Anderson Farias se levantou da cadeira onde estava e desmentiu o religioso. "O senhor inclusive me chamava para dormir na sua casa alegando que tinha medo de ficar sozinho. E, quando adormecíamos no quarto, a sua pessoa descia da cama e vinha para o colchão onde eu estava. Para evitar constrangimento e com medo da sua reação, eu fingia estar dormindo, enquanto o senhor ficava me beijando e acariciando os meus órgãos genitais", confirmou Anderson diante de uma plateia perplexa.
Apesar das acusações de Anderson Farias, o monsenhor continuou negando qualquer envolvimento e foi alertado que poderia ser preso.
- Eu só posso dar voz de prisão em duas situações: desacato ou mentira. Se o senhor mentir, sairá daqui preso - ameaçou Magno Malta.
O alerta fez Raimundo Gomes chorar. O escândalo
Os três padres foram acusados de abusar sexualmente dos ex-coroinhas quando estes ainda eram crianças e veio à tona após a divulgação de um vídeo, gravado por uma das vítimas e divulgado num programa de rede nacional.
As imagens mostram um dos ex-coroinhas, Fabiano Ferreira, de 20 anos, mantendo relações sexuais com o monsenhor Luiz Marques Barbosa. Na reportagem, o adolescente alega que era abusado desde os 9 anos.
Cícero Flávio, 22 anos, é outro ex-coroinha que também denunciou os religiosos. O vídeo também afirma que a casa do monsenhor foi construída com recursos da comunidade católica de Arapiraca. O advogado dos padres, Daniel Fernandes, garante que seus clientes foram vítimas de chantagem e extorsão por parte dos ex-coroinhas.
Depois do escândalo, que abalou a comunidade católica alagoana e inclusive provocou a reação do Vaticano, a CPI da Pedofilia foi a Alagoas para ouvir as vítimas e os acusados.