sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os 24 Gongos de 2010 - o que rolou de uó neste ano que termina


Acidentes, xoxos, saias justas... MixBrasil faz lista dos 24 fatos que devem ser esquecidos O Mix fez uma seleção com os 24 gongos do ano. Na lista você encontra personalidades, eventos e fatos ocorridos em 2010 que merecem nosso esquecimento. Confira a lista e gongo neles!!!


Ofner
A filial dos Jardins da bem frequentada doceria paulistana foi acusada de inibir no fim de novembro manifestação de carinho entre um casal de homossexuais. A direção da doceria tentou amenizar a situação e dizer que não é homofóbica, mas a Ofner acabou ganhando um beijaço gay a sua porta poucos dias depois, com direito á presença de Leão Lobo e do CQC Rafael Cortez.


General Raymundo Nonato Cerqueira Filho
Nomeado ao Superior Tribunal Militar (STM) em março, disse que homossexuais não são capazes de comandar tropas militares. “O soldado, a tropa, fatalmente não vai obedecer (o homossexual). Está sendo provado, na Guerra do Vietnã, têm vários casos exemplificados, que a tropa não obedece normalmente indivíduos desse tipo.”


Silvio Berlusconi
Dono das comunicações em seu país, a Itália, o primeiro-ministro teve sua imagem sujada em todo o mundo por (mais) um escândalo sexual. Questionado sobre o bafo, foi mais infeliz ainda e disse que “é melhor gostar de mulheres bonitas que ser gay”.


Marcelo Dourado
Ele venceu o reality show BBB10 sendo a figura mais homofóbica já vista na história do programa. Disse que “hétero não pega AIDS” e serviu como líder e inspiração para milhares de jovens homofóbicos fundarem grupos e comunidades virtuais – algumas ameaçando de morte o também participante Dicesar Dimmy Kieer.

Homofobia no curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Depois de serem derrotados na eleição da nova diretoria do Centro Acadêmico (CA), alunos enviaram um e-mail aos colegas futuros médicos orientando para que eles atendessem os homossexuais de forma errada. “Caros e futuros colegas, e se, somente se, a solução fosse cada um de nós, sensatos, tomarmos alguma atitude, qualquer atitude, no momento em que essa escória nos procurar para curar suas doenças venéreas, e qualquer demais praga que se alastre por seus corpos nojentos?”, escreveram. Os alunos estão sendo investigados pela direção da Universidade e polícia e podem ser expulsos.


Eleições na Parada de SP
Foi um bafo a noite de votação para escolher a nova diretoria da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Na noite de 7 de outubro, o empresário Douglas Drumond questionava as regras para a eleição da diretoria da entidade e foi proibido de entrar na assembléia que acabou elegendo Ideraldo Beltrame como presidente.


Campanha “Deus fez macho e fêmea”
Encabeçada pela Assembleia de Deus do Rio de Janeiro, a campanha espalhou outdoors pela região metropolitana carioca condenando a união entre pessoas do mesmo sexo – lançando mão do argumento criacionista de “o homem foi feito para mulher”. Os outdoors foram pichados com tinta vermelha menos de uma semana depois por um grupo LGBT.


Copas do Mundo no Catar e Rússia
A FIFA escolheu para sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022 dois países considerados homofóbicos. A Rússia é famosa por evitar a todo custo qualquer manifestação militante LGBT. Já no Catar a homossexualidade é crime.




O Parasita
Jornal feitos por acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP) publicou um texto onde o autor classificava a presença de homossexuais como inadmissível e lançava um desafio: ganhava um ingresso para a festa mais tradicional da faculdade quem jogasse fezes em um estudante gay. “Parasita lança um desafio, jogue merda em um viado, que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos. Joãozinho Zé-Ruela.”

Homofobia no alojamento da UFRJ
No fim de setembro, alunos do campus do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro foram acusados por seus colegas gays de serem homofóbicos. Acadêmicos gays faziam a divulgação de um evento contra intolerância quando seus colegas rasgaram o material e ainda disseram que eram “obrigados a conviver com viado morando em frente”.


Eduardo Cunha
O deputado federal do PMDB do Rio de Janeiro apresentou um projeto de lei que é contra a discriminação de pessoas heterossexuais. Ele afirmou que seu projeto se justifica para garantir que as pessoas “normais” sejam respeitadas. “Quando falo normal não quero dizer que eles sejam anormais. Na natureza existe o homem e a mulher, mas não acho que eles sejam anormais. Mas eles representam uma minoria.” A proposta não tem data para ser votada no Congresso.


Ganso
O bonitinho jogador do Santos estava em julho em seu momento de maior fama e glamour quando decidiu abrir seu bico para avisar a todo mundo, de forma orgulhosa, que “não há gays jogando no Santos, graças a Deus”. A militância paulista enviou um pedido de retratação ao jogador e ele se explicou melhor, alegando que não lembrava de ter dito aquilo.


Jair Bolsonaro
É o destaque entre os políticos mais homofóbicos do Brasil. Começou seu ataque dizendo que quando “o filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um couro, ele muda o comportamento dele”. Protagonizou vários debates em canais de televisão, sempre representando a ala conservadora, e agora mira sua arma para o que apelidou de “kit gay”, um material didático sobre diversidade sexual que pode ser distribuído pelo Ministério da Educação.


Universidade Mackenzie
Em um texto oficial assinado pelo reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes, Chanceler da Universidade, a instituição de ensino “manifesta-se contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos”. Menos de uma semana depois da publicação, o Mackenzie ganhou um protesto contra a homofobia bem agitado a sua porta.


Segundo turno das eleições
Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) costuraram acordos dos menos laicos com representantes cristãos fundamentalistas em busca de votos religiosos. Ambos dispararam a opinar sobre a união civil e em um jogo de bate e assopra, se posicionavam a favor, depois contra, e nem sempre conseguiam separar direito civil de religião. O resultado foi uma triste onda de homofobia pelo Brasil todo.


Agressões homofóbicas na Paulista
O palco da maior Parada do Orgulho LGBT do mundo também serviu de espaço para que cinco jovens espancassem um rapaz que disse nem ser homossexual. depois da denúncia, outros casos na mesma região vieram á tona e preocuparam governo, sociedade e iniciativa privada. Os vídeos de segurança de prédios da região registraram os ataques: eles revoltaram o país.


Carlos Apolinário
O vereador democrata da cidade de São Paulo quis vetar a realização da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo na Avenida Paulista. Por meio de projeto de lei, o membro da Assembleia de Deus e dono de rádio evangélica argumentou que, como outras manifestações populares, a Parada deveria ser realizada longe do centro. A proposta nem foi votada.


Beijo gay vetado na Globo (de novo)
A Globo deu um corte seco no que seria um selinho gay _entre dois personagens héteros_ da série Clandestinos. Previsto (e gravado) para ir ao ar numa quinta-feira, 9 de dezembro, a cena foi cortada de forma bem seca. A sequência mostra que o beijo que deveria estar lá era parte central do episódio e suas conseqüências precisaram ser preservadas. Mas a cena original sem o corte da Globo caiu no Youtube e gerou revolta na comunidade gay.


Bento XVI
Ele continua condenado os homossexuais e o uso da camisinha. Neste ano decidiu dar sua santa opinião em mais uma assunto e disse que as leis de combate à discriminação de homossexuais impõem “limites injustos à liberdade das comunidades religiosas”. Em visita à Espanha e ao Reino Unido, foi recebido com protestos de militantes e beijaço gay. O Papa está sempre em nossa lista de gongos. Por que será?


Silas Malafaia
Em 2010 sua campanha anti-gay não cessou em momento algum. Presença constante em debates de televisão – sempre do lado contrário aos LGBT -, fez aparições ainda no horário político do segundo turno da campanha presidencial apoiando o candidato tucano José Serra. Foi também o “garoto-propaganda” da campanha “Deus fez macho e fêmea”, no Rio.


Luta por poder no Grupo Arco-Íris
Um dos mais importantes grupos de defesa da cidadania LGBT do Brasil foi palco de uma divisão de interesses. Sua antiga diretora foi afastada acusada de improbidade, mas se defendeu denunciando uma partidarização da ONG. Uma nova eleição foi convocada e a Parada do Rio teve sua data adiada por falta de verbas, mas rolou em novembro.


Sargentos Ivanildo Ulisses Gervasio e Jonathan Fernandes da Silva
Ambos 3º sargento do Exército, confessaram à polícia do Rio de Janeiro que foram os responsáveis por atirar na barriga de um jovem gay após a Parada do Orgulho LGBT carioca deste ano, em 14 de novembro. A dupla de militares alegou que a vítima teria “desafiado” os dois, e por isso o agrediram, o que não ficou provado, claro.


205 LGBT mortos em 2010
O levantamento anual do Grupo Gay da Bahia (GGB) que contabiliza os assassinatos de pessoas LGBT já atingiu a marca de 205 mortes neste ano, que ainda não terminou. O número é maior do que o de 2009, quando a pesquisa registrou 198 mortes de LGBT no Brasil.


Maria de Lourdes Abadia
Candidata à senadora pelo PSDB do Distrito Federal, a ex-governadora distrital declarou em evento organizado pelo Conselho de Pastores Evangélicos no DF que é contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, mas que não discrimina gays, pois eles podem ser doentes. “Somos contra o aborto e a união de homossexuais. Mas não vamos discriminar essas pessoas porque, às vezes, isso pode ser caso de doença. Vamos valorizar a família cristã.” A candidatura dela foi cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por conta da chamada Lei da Ficha Limpa. Então ta tudo bem.
Mixbrasil
A prefeitura de Barcelona poderá erguer um monumento dedicado à luta dos homossexuais por seus direitos, possivelmente em frente à Sagrada Família, basílica consagrada pelo Papa Bento XVI em novembro.

"Barcelona levantará um monumento dedicado à luta de gays, lésbicas e transexuais em defesa de seus direitos".
A esplanada da Sagrada Família "é uma das localizações propostas, mas não está decidido", disse uma fonte da prefeitura.
A instalação da escultura "é uma antiga reivindicação do grupo" de homossexuais, transexuais e bissexuais da cidade, explicou a prefeitura, acrescentando que será construída em fevereiro.
No dia 7 de novembro, o Papa Bento XVI consagrou o templo da Sagrada Família, elevando à categoria de "basílica" a igreja, obra de Antoni Gaudí, ainda inacabada.
Neste dia, cerca de 200 simpatizantes do movimento homossexual protagonizaram um beijo coletivo de protesto na rua na passagem do carro do Papa que, por sua vez, atacou o aborto e defendeu a família tradicional contra o casamento homossexual, permitido na Espanha há cinco anos.
Cena G
O fundador de um dos primeiros times de futebol gay da Grã-Bretanha, Aslie Pitter, receberá uma honraria da rainha Elizabeth 2ª, um título de MBE (Membro da Ordem do Império Britânico).

Pitter, de 50 anos, foi reconhecido por ajudar a lutar contra a homofobia depois de estabelecer em Londres o time Stonewall FC, há 20 anos.
O fundador do time disse à BBC que foi difícil ser um dos primeiros times abertamente gay. No entanto, Pitter contou também que, durante as duas décadas desde sua fundação, poucas vezes o time foi alvo de abusos.
Atualmente Pitter gerencia o segundo time do Stonewall FC.
Tradicionalmente, a rainha distribui uma série de condecorações no Ano Novo e também no mês de junho, na data oficial do seu aniversário.
Cena G
Nesta última semana, mais precisamente no dia 28, Alex Freire e José María Di Bello celebraram um ano de casamento. A união deles foi considerada a primeira realizada entre pessoas do mesmo sexo na Argentina.

Graças a uma decisão judicial, sete meses depois, em julho de 2010, o casamento para homossexuais foi legalizado no país.
Em depoimento, os dois lembraram a luta pelo matrimônio: “Podemos dizer que hoje muitos e muitas temos os mesmos direitos, com os mesmos nomes e que a Argentina é um país mesmo atualmente.” Mais de mil casais do mesmo sexo já se uniram oficialmente na Argentina.
Sair ou não do armário, eis a questão para Tommaso Cantone (Riccardo Scamarcio), protagonista da comédia italiana "O Primeiro que Disse". Um dos herdeiros de um pastifício tradicional em Lecce, sul da Itália, há muito tempo Tommaso vive em Roma. Segundo pensam os pais, estuda Administração e logo deve voltar para ocupar seu posto na empresa, casar e ter filhos.

Na verdade, o jovem estuda literatura, vive com o namorado, Marco (Carmine Recano) e tudo o que quer da vida é tornar-se escritor. Aproveita uma viagem de volta para tentar resolver o impasse, contando a verdade à família e vivendo feliz longe dela - já que acredita que sua confissão implicará ser expulso do lar paterno.
Tommaso anuncia seus planos ao irmão, Antonio (Alessandro Preziosi), que há anos administra a empresa com o pai. É com surpresa, no entanto, que Tommaso assiste ao irmão anunciar a sua homossexualidade primeiro, no jantar que era para ser a sua revelação.
Uol Gay

PENSE NISSO!

Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.
William Shakespeare

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2011 ano de luta contra a homofobia

A Expo Business LGBT vai rolar em 23 e 24 de julho de 2011 no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo, e já está cadastrando interessados em participar da feira de negócios. O objetivo do evento é promover uma troca de ideias e negócios “totalmente focada em produtos e serviços orientados a um público específico, de alta escolaridade e grande poder aquisitivo”, segundo a organização.

Em artigo, especialista diz por que PLC é mais urgente do que nunca

É preciso agir contra a homofobia
As discussões envolvendo os direitos do segmento LGBT nos últimos meses ganharam as manchetes por conta de atos homofóbicos, prática discriminatória que vem se revelando através de agressões. Só na região da Avenida Paulista, em São Paulo, foram seis casos em apenas dois meses.
Os agressores são jovens com conduta que nos leva à certeza da necessidade de aprovação do projeto de lei 122/06 que tramita no Senado, cujo objetivo é criminalizar a discriminação em relação ao segmento que vem aumentando assustadoramente. De acordo com os dados da ONG SaferNet, entidade que monitora crimes e violações aos Direitos Humanos na internet, as denúncias de conteúdo homofóbico renderam 4.983 queixas nos primeiros nove meses de 2010, 88% a mais do que no mesmo período de 2009.
A intenção do projeto de lei é inserir em texto legal já existente - que pune a discriminação em razão da cor, raça, origem, religião etc., a punição dos mesmos atos em relação ao segmento LGBT, para minimizar os números de intolerância.
O projeto que tem apenas como objetivo o reconhecimento da igualdade entre os cidadãos, exatamente como prega nossa Constituição Federal, enfrenta obstáculos tão difíceis de serem transpostos que foram necessárias alterações em seu texto, visando “amenizá-lo” com o objetivo de ser mais provável sua aprovação.
Seus maiores opositores são os políticos integrantes das bancadas religiosas que vêem a questão não como um direito constitucionalmente garantido, o da igualdade e, sim, como uma violação a preceitos religiosos. Ironicamente são esses mesmos religiosos, que estão protegidos pela mesma lei na qual se pretende incluir o segmento LGBT, impedindo que seja alvo das formas mais cruéis de preconceito.
O polêmico texto do projeto agora enfrenta mais um revés, além das questões religiosas. As manifestações contrárias falam, agora, que se trata de uma “lei da mordaça”, que impedirá qualquer manifestação a cerca da orientação sexual.
Sem muita dificuldade percebe-se que o intuito do projeto não é impedir manifestações sobre a homossexualidade e, sim, impedir e punir a abordagem discriminatória, o incitar à homofobia. É permitido falar sobre a homossexualidade, mas deverá ser crime disseminar a repulsa e a raiva, a ponto de gerar atos de violência como aqueles que temos visto.
Por certo os jovens agressores receberam alguma influência de homofóbicos e de parte da sociedade que não é a agressora, mas tolera a discriminação, como reflexo da impunidade.
O preconceito infelizmente perdurará por muito tempo e só cederá em decorrência de projetos de sensibilização e educação de pré-adolescentes e adolescentes para que cresçam com a noção da ampla igualdade. Enquanto não formarmos os novos cidadãos, conscientes e justos, apenas o projeto de lei poderá minimizar os atos homofóbicos. É lamentável, mas enquanto a homofobia não ceder pela simples constatação de que todos são iguais, terá que cederá por força de lei.
* Sylvia Maria Mendonça do Amaral é especialista em Direito Homoafetivo, Família e Sucessões, sócia do escritório Mendonça do Amaral Advocacia e autora dos livros "Histórias de Amor num País sem Leis" e "Manual Prático dos Direitos de Homossexuais e Transexuais" - sylvia@smma.adv.br
Uma entidade norte-americana formada por moradores da região luta para que as cerca de 40 bandeiras arco-íris que ficam em postes no distrito Castro, em São Francisco, sejam retiradas.

Para eles, a legislação local só permite que bandeiras sejam penduradas por um determinado período e não indefinidamente.
A Associação da História LGBT de São Francisco é contra retirada das bandeiras, que estão no local há cerca de 30 anos.
A bandeira do arco-íris, que representa a causa LGBT, foi criada em São Francisco, em 1978, por Gilbert Baker e Jomar Teng, e hoje está presente em todas as partes do mundo.
Cena G
Em 2010, os gays norte-americanos tiveram um ano histórico em relação às conquistas. Além do fim da política de exclusão de não-heterossexuais assumidos nas Forças Armadas do país, o período marca também a primeira vez em que a maioria da população apóia o reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo.

Em 1988, a CNN começou a fazer uma pesquisa periódica para saber a opinião dos espectadores americanos a respeito do tema. Neste ano que termina, pela primeira vez em 22 anos, o apoio à legalização foi majoritário: 52%.
Desde o primeiro levantamento, quando o resultado foi de apenas 11,4% de apoio até hoje, o aumento foi de aproximadamente 460%, ou seja, quase quintuplicou.
Cena G

Chega de policia ignorante.

A polícia militar alagoana puniu dois sargentos com 30 dias de prisão e um soldado com 20 dias de reclusão por terem se excedido na detenção de uma travesti na parada do orgulho LGBT de Penedo, Alagoas, em agosto de 2009. A própria corporação considerou abusiva a ação dos agentes.

O relatório final da Polícia Militar, diz que o tratamento dado à travesti foi desumano e que as imagens divulgadas pela internet e na mídia em geral comprometiam a imagem e a reputação da entidade como um todo.
Cena G

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

V MANIFESTO LGBT-ES, um sucesso que merece destaque Muita cor, muito calor. Com alegria e um espírito de militância, cerca de 5mil pessoas marcharam numa das avenidas mais importantes da capital capixaba no ultimo 12/12. A alegria foi geral

 

É uma honra que a seccional da OAB no Espírito Santo tenha tomado esta iniciativa, é um gesto de coragem política”, elogiou a deputada federal e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Iriny Lopes (PT-ES), na abertura da solenidade que empossou os membros da Comissão de Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo, realizada nesta quinta-feira (01/07), no auditório da Ordem.

De acordo com Deputada Iriny Lopes, a Comissão terá papel fundamental no diálogo com a sociedade capixaba, além de ser um instrumento de garantia de direitos e de visibilidade a uma parcela importante da sociedade que convive com inúmeras formas de preconceito e rejeição.
Para o presidente da OAB-ES, Homero Mafra, a instalação desta Comissão representa o compromisso da Ordem com a Constituição e a função política de combater todo e qualquer tipo de violência, exclusão e desigualdade. “A ordem faz aqui hoje um afirmação do seu compromisso com a igualdade entre os seres humanos, numa posição política de luta e de defesa dos direitos humanos”, disse.
“Este é um movimento que está acontecendo nas seccionais da OAB em todo o país”, afirmou Antônio Lopes, militante do movimento LGBT. Para ele, uma Comissão como esta é um forte aliado do movimento, pois será parceira na conquista e consolidação de direitos.
Participaram da solenidade a presidente empossada da Comissão, Flávia Brandão, Bruno Alves de Souza, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH-ES) e militantes do movimento LGBT.
Por Wanderson Oni Mansur




Vamos transformarVitória na Capital gay do Brasil

Estamos Lutando para mudar isso!

Uma pesquisa em parceria entre a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cidadania (Unesco) e o Ministério da Educação (MEC) demonstrou que uma parcela significativa de professores e alunos de Vitória têm dificuldades em aceitar alunos e colegas de escola homossexuais.

O estudo “Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas” faz parte da coleção Educação para Todos e surgiu da necessidade de ações mais abrangentes no enfrentamento da violência, do preconceito e de discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, e por fazer crescer no País a percepção da importância da educação como instrumento necessário para enfrentar situações de preconceitos e discriminação e garantir oportunidades efetivas de participação de todos nos diferentes espaços sociais.
A pesquisa foi realizada com jovens estudantes e professores da Capital e apontou que em Vitória 47,9% dos professores declaram não saber como abordar os temas relativos à homossexualidade em sala de aula. Além disso, 44% dos estudantes do sexo masculino de Vitória não gostariam de ter colegas de classe homossexuais.
No entanto, o professor, pesquisador e mestre em Educação Elias Mugrabi ministrou outra pesquisa, exclusivamente com alunos e professores da rede municipal de ensino de Vitória e encontrou dados que mostram mudança no perfil de alunos e docentes. As impressões do professor foram dadas em entrevista à rádio CBN. Enquanto a pesquisa da Unesco aponta Vitória como a capital mais homofóbica do País, a do professor Elias Mugrabi constatou que 77% dos entrevistados na rede municipal aceitariam colegas homossexuais.
Ele contou que visitou escolas da rede municipal nas oito regiões administrativas da Capital e foi feito um estudo qualitativo com dez alunos de diferentes unidades, escolhidos aleatoriamente até que se completasse o número de cem estudantes. Eles responderam a um questionário em que as respostas seriam sim ou não e daí foi retirado o percentual de alunos que aceitam a convivência com alunos homossexuais.
Na pesquisa 76,7% dos alunos que responderam ao questionário aceitariam ter como colega de classe um aluno homossexual. O professor ainda constatou que 71% dos estudantes aceitariam fazer trabalhos escolares com um colega homossexual.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

As 24 personalidades de 2010

Conheça as personalidades que marcaram positivamente este ano que termina Há 11 anos o MixBrasil elege as 24 pessoas gays, lésbicas, trans ou simpatizantes_ que mais se destacaram no ano. Em 2010 temos um gay assumido eleito deputado federal no Brasil, artistas mundialmente conhecidos ligados a causa gay, além de novelistas e programas de TV que ganharam audiência com participantes LGBT. Confira a seguir:


Cristina Kirchner
A presidente argentina Cristina Kirchner promulgou, em julho, a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Argentina tornou-se oficialmente o primeiro país da América Latina a autorizar o casamento gay nacionalmente. “Não promulgamos uma lei, mas sim uma construção social, transversal, diversa, plural, ampla, que não pertence a ninguém, apenas à sociedade.”


Ricky Martin
Sex symbol latino, o cantor Ricky Martin assumiu, em março, sua homossexualidade. Referência imediata no universo gay, Ricky lançou a autobiografia, “Eu”, onde conta os meandros de sua auto-aceitação e o caso amoroso com um radialista. “Hoje aceito minha homossexualidade como um presente que a vida me dá. Me sinto abençoado de ser quem sou!”, escreveu. Ricky também investiu em campanhas contra o bullying.


Claudia Wonder
Ícone LGBT desde os anos 80, diva Wonder disse adeus em novembro, vítima de uma infecção causada por um fungo encontrado nas fezes de pombo. Deixou aos 55 anos uma legião admiradores. Foi consagrada ainda em vida com o doc “Meu amigo Claudia”, de Dácio Pinheiro. Finalizou sua trajetória ainda fazendo história: foi a 1ª trans a ter um velório na Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.


Carlos Tufvesson
O estilista e ativista gay foi o nome escolhido para assumir a Coordenadoria Especial de Assuntos da Diversidade Sexual (Ceads) do Rio de Janeiro, que começa as atividades em 2011. Agora, “o cidadão LGBT do Rio não vai mais achar que não existe poder público para ele”, declarou. Ele também foi um dos indicados ao “Prêmio Faz Diferença”, promovido pelo jornal O Globo. Também é criador do evento “A moda na luta com o HIV”.


Jean Wyllys
Depois de seis anos, desde sua vitória no Big Brother Brasil, o jornalista Jean Wyllys voltou à mídia por ter sido eleito deputado federal no Rio de Janeiro, pelo PSOL. Após a eleição, Jean garantiu trabalhar principalmente em prol da comunidade LGBT e do “povo de santo”. Em dezembro, uma possível recontagem de votos quase tirou a cadeira do professor, que foi diplomado em dezembro. Foi o primeiro deputado federal gay assumido eleito por uma plataforma LGBT.


Coloridos BBB
Angélica Morango, Serginho Osgastic e Dicésar (Dimmy Kieer) coloriram o Big Brother 10. Embora as trajetórias dos três não foi de extrema união, a presença gay esteve comentada durante todo o reality show, com direito a selinhos, paquera lésbica e drag montadíssima.


François Sagat
O ator pornô francês (que agora se arrisca em filmes cult) foi sensação no Brasil em novembro, quando veio todo gostoso ao 18º Festival do Mix Brasil. Ele acompanhou a exibição dos filmes que contam com seu corpão e atuação, como “L.A.Zombie” (Bruce LaBruce) e “Homem no Banho” (Christophe Honoré). Sua passagem deixou um ensaio ousadíssimo para a revista JUNIOR de dezembro-janeiro.


Wanessa
Filha de cantor sertanejo, Wanessa abandonou o sobrenome, as músicas melosas e investiu nas pistas gays de todo o Brasil. Ela também se engajou na causa LGBT, e disse que vai defender o casamento gay em contato direto com a presidente Dilma.


Marina Silva
Enquanto muitos gays torceram o nariz ao verem a evangélica Marina Silva candidata à presidência, a candidata do Partido Verde surpreendeu. Foi a única que não apelou para o discurso descaradamente religioso – como Dilma e Serra fizerem – e deu um exemplo de tolerância LGBT. Na revista JUNIOR, foi a única entre os presidenciáveis a topar e conceder uma sincera entrevista somente sobre questões LGBT. Ela foi enfática ao dizer que, embora tenha uma opinião particular sobre casamento gay, asseguraria todos os direitos civis de homossexuais e casais gays.


Jake Shears
Assumidíssimo desde o ensino médio, o vocalista do Scissor Sisters esteve no Brasil em novembro, e foi entrevistado pela revista JUNIOR. Jake está na campanha contra o bullying homofóbico “It Gets Better”, para mostrar que a vida melhora bastante depois que crescemos. “Fui perseguido por ser gay. Era bem difícil. E, você sabe, as crianças podem ser muito cruéis”, diz ele no vídeo.


Sandy
Em carreira solo e casadíssima com o músico Lucas Lima, a cantora Sandy declarou, em novembro, ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Todo mundo tem direito de amar, de se envolver emocionalmente, socialmente. É um direito e não importa o sexo”, disse ao jornal O DIA. Popular entre as bees, a presença de homossexuais em seus shows é frequente.


Lady Gaga
Em meio aos vestidos espalhafatosos (como a polêmica peça de carne), Lady Gaga é grande defensora dos direitos LGBT. A cantora fez um vídeo de apoio a uma estudante lésbica barrada pela escola, e agradeceu em seu Twitter a derrubada da lei que era contra militares gays nos Estados Unidos. No MTV 2011, recebeu o troféu das mãos de ninguém menos que Cher.


James Franco
Totalmente friendly (embora isso custe comentários de que seja gay) o ator já coleciona personagens gays em sua história carreira, como nos filmes “Milk”, “Howl” e “Pineapple Express”. Em entrevista à “The Advocate”, em setembro, James declarou que gosta de interpretar gays, porque as histórias de amor hétero são chatas. Em 2010, ele foi capa da revista “Candy”, direcionada ao público trans, e vestiu-se de mulher para a ocasião.


Ideraldo Beltrame
Novo presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT), Ideraldo foi eleito em votação realizada no início de outubro. Em entrevista ao Mix Brasil ele disse querer investir no potencial comercial do maior evento LGBT do mundo.


Maria Adelaide Amaral
Se não bastasse o lado gay que já existia nas novelas “Ti Ti Ti” e “Plumas e Paetês” originais, Maria Adelaide Amaral deixou a novela ainda mais colorida no remake que exibiu neste ano. Ela transformou um casal hétero no casal gay mais fofo da história da televisão, protagonizado por Julinho (André Arteche) e Osmar (Gustavo Leão). E, ao contrário da versão original, que morriam os dois num acidente de carro, a autora ainda salvou um, Julinho, que abriu o leque da temática com a mãe do ex.


Raí
Em tempos de homofobia, o eterno jogador do São Paulo provou ser friendly quando topou participar da campa “Sim, eu aceito”, a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.


Nany People
Depois de ter o nome citado em cada reality show que envolvia famosos, a drag-trans Nany People finalmente disse sim à terceira edição de “A Fazenda”. Siliconada e desbocada, ela revelou um lado materno, dedicada e brigona. Lavou ovelhas, chorou no parto dos animais e adotou candidatas como Mulher Melancia. Foi a quinta eliminada e saiu do programa ainda mais popular. “Agora quero mostrar que sou uma atriz de personagem A, B, C, D. Não só a Ninete de Tieta.”


Lea T
Modelo transexual brasileira, Lea T ganhou as páginas de todo mundo ao estrelar a campanha da Givenchy e estampar editoriais de fotos para várias revistas. Filha do ex-jogador Toninho Cerezo, Lea enfrentou vários boatos de que não se dava bem com o pai, o que ela fez questão de desmentir. “Nos amamos”, disse. Vai desfilar na próxima SPFW, em janeiro, e sua agenda conta com cerca de 400 pedidos de entrevistas.


Anette Bennig/ Julianne Moore
As atrizes arrasaram como um casal lésbico no filme “Eu, minhas mães e meu pai”. No longa, elas investem pesado na criação dos dois filhos adolescentes, que buscam conhecer a identidade do pai biológico. Julianne é velha aliada da causa LGBT e até participou de uma campanha contra o bullying. Ela foi capa da edição de número 100 da revista gay “Out”.


Katylene
Quem esperaria que um blogueiro que se passa por uma travesti fosse ganhar um programa só seu? Pois Daniel Carvalho criou a ácida Katylene Beezmarky e atravessou as páginas de seu humorado blog sobre celebridades (e pseudo-celebridades) para um programa de fofocas na MTV.


Malu de Martino
Diretora do filme brasileiro “Como Esquecer”, Malu de Martino trouxe de maneira delicada a superação da perda e do pós-relacionamento. No longa, Ana Paula Arósio e Murilo Rosa interpretam lésbica e gay. “Pareceu ser um desafio transportar para a tela grande a dor da perda a partir de um universo pouco explorado pelo cinema brasileiro, o LGBT.”




André Arteche/ Gustavo Leão
Na pele de Julinho e Osmar, os atores André Arteche e Gustavo Leão caíram nas graças do público ao formarem o casal gay mais fofo da história da televisão brasileira. Nos primeiros capítulos, eles trocaram eternas juras de amor (protagonizaram quaaase um beijo) e, embora tenham se separado (Osmar morreu em um acidente de carro), fixaram o romance nos demais episódios. Em entrevistas, eles disseram que topariam um beijo gay, na boa.




Evandro Soldati
O modelo brasileiro esteve onde muita gente queria estar: no clipe com Lady Gaga, Alejandro. Ele também protagonizou várias campanhas em todo mundo, além de estar todo à vontade na primeira edição da revista Made in Brazil.


Kristen Stewart
A mocinha da saga Crepúsculo, Kristen Stewart, agradou o público lésbico pela interpretação no filme “The Runaways – As garotas do Rock”, inspirado na banda de rock formada somente por mulheres nos anos 70. No longa, Kristen deu um comentado beijo na atriz Dakota Fanning e teve um fã-clube montado somente por fãs lésbicas.
MixBrasil
A primeira edição do projeto GayMada de 2011 vai ser mais especial ainda, pois os jovens iram marca presença no primeiro dia do novo ano com uma edição especial da GayMada.

No mesmo dia a esplanada será palco da pose da presidenta eleita e centenas de LGBTs de todo o país estarão no evento. Então se prepare, porque vamos ter uma GayMada Interestadual.
“Projeto que reúne o maior numero de jovens LGBTs do DF, tenta levar um pouco da militância do movimento aos seus freqüentadores e do estilo que eles adoram, com muita alegria e diversão. Este é o objetivo.” Dizem organizadores.
E que tal convidar a futura presidenta a uma partida? Vamos marca ela durante estes quatro anos, e qualquer “vacilo” com a comunidade LGBT, a gente a queima!
Então, marca ai na agenda...
15ª Edição da GayMada, no dia 1º/01/2011 às 14 horas na ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS no gramado central. Então nos encontramos por lá!
Gay 1