sábado, 28 de maio de 2011

No dia 25 de junho, véspera da Parada Gay de São Paulo, a Igreja da Comunidade Metropolitana de São Paulo irá realizar pela quarta vez um casamento gay comunitário.

Nesse ano, a novidade fica por conta de que além de receberem a bênção ecumênica, como acontecia nos anos anteriores, os casais vão poder assinar as escrituras de união estável, preparadas por um cartório da capital paulista.
O site da igreja informa que a celebração segue "um rito comum em celebrações cristãs tradicionais: entrada dos padrinhos, das noivas ou noivos, mensagem, voto, troca das alianças, benção e oração final". Os padrinhos irão assinar o livro de registro de união da Igreja e os noivos receberão um certificado da celebração.
A ICM foi criada em 1968 nos Estados Unidos pelo reverendo Troy Perry e está presente em mais de 56 países. Em São Paulo, a Igreja fica localizada no bairro de Santa Cecília. Quem quiser saber mais informações basta ligar para (11) 2801-7574.
A Capa
O Diversidade Tucana - Núcleo de Diversidade Sexual do PSDB - protocolou solicitação junto ao Conselho Federal da OAB ( e para sua recém-criada Comissão da Diversidade Sexual e Combate à Homofobia) comm intuito de que seja apurada junto ao Ministério Público a suspensão do kit anti-discriminação homofóbica nas escolas.

O ofício do grupo, assinado por Marcos Fernandes e Wagner Gui Tronolone, reforça a importância do material e da abordagem educativa no combate ao preconceito nas escolas e menciona indícios de mau uso de dinheiro público - o kit teve custo de elaboração de R$ 743 mil e todo projeto estava orçado em R$ 2 milhões.
MixBrasil

VIDA Gay!

Cumule seu namorado com pequenas surpresas, faça isso com frequência.
Os vídeos do kit gay que causaram polêmica e levaram o governo a suspender o material já eram públicos e estariam aprovados, inclusive pelo MEC (Ministério da Educação), de acordo com o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).

"O ministério da Educação está sendo covarde. Não pode chegar agora e pegar um material feito por entidades parceiras e dizer que acha que partes dele precisariam ser mudadas. É claro que está em jogo o Palocci. Ele [o ministro Fernando Haddad] foi obrigado a recuar", afirmou Wyllys na tarde desta sexta-feira (27).
Segundo Wyllys, quando os vídeos foram apresentados na Comissão de Educação no Senado em novembro do ano passado, os técnicos do MEC e o próprio ministro teriam demonstrado concordar com o teor das produções. Na ocasião, eles teriam comentado que para finalizar o trabalho "faltava apenas incluir a linguagem de libras (para deficientes auditivos)" segundo Jean Wyllys, líder da frente LGBT da Câmara.
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, "a Secad [Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade] aprovou, [ela] se deu por satisfeita", disse o ministro sobre a elaboração conjunta de ONGs e MEC do kit gay. Mas o material ainda teria que passar pelo comitê de publicações do MEC, segundo Haddad.


Chantagem
“Neste caso, a verdade tem que ser dita: o governo foi vítima de chantagem. Meu papel é pressionar. Não sou contra o governo, não faço oposição sistemática. Mas é meu dever, minha responsabilidade explicar o que está acontecendo”, afirmou o deputado.
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), da bancada religiosa, disse que não se trata de "chantagem", mas sim de "jogo político".
Depois da pressão da bancada evangélica e de grupos católicos do Congresso e das ameaças dos parlamentares desses grupos de apoiar investigações sobre o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o governo federal decidiu suspender a produção e a distribuição do kit anti-homofobia na quarta-feira (25). Segundo o governo, todo o material do governo que se refira a "costumes" passará por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados.
O governo nega que a decisão tenha sido por causa das pressões. A presidente Dilma Rousseff se pronunciou sobre o kit Escola sem Homofobia na manhã de quinta (26). Ela disse que assistiu a um dos vídeos e não gostou do seu conteúdo. "Não aceito propaganda de opções sexuais. Não podemos intervir na vida privada das pessoas", afirmou.
Um dos motivos pelos quais a presidente Dilma Rousseff suspendeu o kit anti-homofobia teria sido uma "frase inadequada" em um dos vídeos que já circulava na internet, disse o ministro da Educação, Fernando Haddad na manhã desta sexta (27).
Vídeos misturados
Em uma das reuniões para discussão do material -- que está sendo produzido com verba liberada por uma emenda da Câmara dos Deputados -- vídeos de combate às DST (doenças sexualmente transmissívies) teriam sido apresentados como parte do kit do MEC. O conteúdo chocou os parlamentares que se voltaram imediatamente contra o projeto "Escola sem Homofobia".
Segundo Wyllys, a inclusão teria sido feita por Garotinho -- o que ele classificou de ”jogo sujo”. Segundo Wyllys, ele chegou a tentar conversar com Garotinho sobre o equívoco, mas o deputado teria desconversado. O deputado Anthony Garotinho disse não se lembrar desse episódio.
"O material não vai ser distribuído para crianças de cinco ou seis anos. Essa informação fez virar uma histéria coletiva. A população foi enganada. As pessoas se colocaram contra por falta de informação. Os vídeos e as cartilhas só seriam encaminhadas para as escolas que solicitassem e que já tivessem casos de homofobia. A verdade tem que ser dita", conclui Jean Wyllys.
Uol Gay

 

Henri Castelli vai interpretar um bissexual em ´O Astro´

Os atores Henri Castelli e João Baldasserini “deram a maior pinta” na Praia do Diabo, no Arpoador. Porém, ao contrário do que se pode imaginar, os atores estavam gravando as cenas da série ‘O Astro’, remake da novela com o mesmo nome, escrita por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, que estreia no segundo semestre na Globo.
Na trama, Henri vai ser Felipe, filho de Nelson Cerqueira (Celso Frateschi), que trabalha para Salomão (Daniel Filho) e é seu fiel escudeiro. Bissexual e golpista, tem um caso com Henri (Baldasserini), cabeleireiro de Clô Hayalla (Regina Duarte), seu cúmplice em todos os golpes.
Cena G

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Segundo Gustavo Venturi, quem mais estudou discrimina menos. Especialistas lamentam suspensão do kit contra homofobia nas escolas

Sozinha, a escola não será capaz de combater o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Mas o ambiente escolar é o local mais promissor para por fim à homofobia. Essa é conclusão de um estudo realizado pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo Stiftung (RLS), em 150 municípios brasileiros em todas as regiões do País. Por isso, Gustavo Venturi, coordenador do estudo, defende que o debate sobre esse tipo de discriminação faça parte das aulas, inclusive na infância.

De acordo com os dados da pesquisa, que será transformada em livro este mês, enquanto metade dos brasileiros que nunca frequentou a escola assume comportamentos homofóbicos, apenas um em cada dez brasileiros que cursaram o ensino superior apresentam o mesmo comportamento (veja gráfico). O estudo realizado entre 2008 e 2009 com 2.014 pessoas também avaliou as diferenças de preconceito entre as regiões, idade da população, renda, religião. Nenhuma das variáveis apresentou diferença tão drástica de comportamento, segundo Venturi.
Mais estudo, menos preconceito
Segundo a pesquisa da Fundação Perseu Abramo, a variável que mais determina o nível de preconceito das pessoas é a escolaridade. Há uma grande diferença de preconceito entre quem nunca foi à escola e quem concluiu o ensino superior (em %).
“Isso mostra como a escola faz diferença no combate à homofobia. Só a escolaridade maior não resolve o preconceito, mas influencia fortemente a formação dessas pessoas”, afirma. Para o pesquisador, além de ser um espaço para convivência com as diferenças, a escola pode promover o debate de forma educadora e transformar a percepção de preconceitos arraigados à população. O estudo revelou que o brasileiro ainda não é tolerante com as orientações sexuais de familiares, de colegas de trabalho ou de vizinhos: um quarto dos entrevistados admitiu ter preconceito e agir de forma homofóbica.

Para o pesquisador, que queria entender a cara da homofobia no País quando começou o estudo, as diferenças de preconceito de acordo com a idade e o sexo também são importantes. As mulheres são mais tolerantes que os homens em todas as idades. Mas o índice de homofobia entre os meninos adolescentes chamou a atenção de Venturi. Entre os rapazes com idade entre 16 e 17 anos, 47% dos entrevistados admitiram preconceito contra gays, lésbicas, travestis. “Esse é mais um sinal da importância da escola. Esse é um momento que o jovem é muito pressionado a fazer definições de identidade”, diz.
Gay 1
Duas mulheres ganharam na Justiça o direito de adotar uma criança em Patos de Minas, Minas Gerais.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ainda cabe recurso da decisão e, por isso, elas vão ter que aguardar para registrar a criança.
A empresária e a advogada haviam entrado com o pedido em 2008, ano que a criança nasceu. Um juiz de Patos de Minas já havia dado ganho de causa para as mulheres, mas o Ministério Público recorreu da decisão.
A criança já vive com o casal homossexual desde 2008. Segundo o TJMG, os desembargadores levaram em conta o bem estar da criança, já que a mãe biológica teria deixado claro que não tem condições de criar a filha.
Cena G
O Brasil está buscando apoio para que o Rio de Janeiro seja a sede do GAYGAMES em 2018.

A iniciativa é do Comitê Desportivo GLS Brasileiro uma organização não governamental criada em 2008, na cidade de São Paulo, que trabalha em busca de apoios para que o Rio de Janeiro seja a sede do GAYGAMES em 2018.
Ser escolhida como sede de um evento de tamanha importância como o GAYGAMES, também conhecido como “Jogos Olímpicos Gays”, é uma grande oportunidade para o país e a cidade sede.
A escolha da cidade-sede é feita em duas etapas. Na primeira são analisados critérios em que as candidatas recebem notas de 1 a 10. A cidade do Rio de Janeiro irá disputar a vaga de sede do GAY GAMES 2018 com as cidades de Las Vegas (EUA) e Londres (Inglaterra).
Cena G
Uma fonte ligada ao Ministério da Educação informou que a presidenta Dilma Rousseff mandou suspender o kit anti-homofobia chegou ao MEC e a Secretaria Especial de Direitos Humanos enquanto as respectivas equipes trabalhavam normalmente.

A Secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, lamentou que o governo tenha recuado para salvar Palocci.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda não comentou sobre o veto. Os deputados federais Manuela D´ávila e Jean Wyllys afirmam que vão articular uma ação conjunta entre a Frente Parlamentar LGBT e a Comissão de Direitos Humanos para articular os parlamentares progressistas e que apóiem o kit anti-homofobia para realizar uma reunião com o MEC.
Cena G
Enquanto o Brasil dá um passo atrás com a recente decisão da presidenta Dilma Rousseff de suspender o kit anti-homofobia nas escolas do país, o Ministério da Educação do Taiwan, país marcado pelo conservadorismo religioso, acaba de anunciar que as escolas de ensino elementar – equivalente ao ensino fundamental no Brasil – e as escolas secundárias – semelhantes ao ensino médio – serão obrigadas a oferecer aulas sobre questões LGBT no novo currículo, que será implantado a partir de setembro.

A decisão do Ministério é fruto da aprovação da Lei de Educação da Equidade de Gênero. O ato foi criado para combater as desigualdades de gênero e a discriminação, assim, o Ministério da Educação pretende incentivar os alunos a respeitarem as pessoas de diferentes orientações sexuais.
MixBrasil

SP: Professores repudiam suspensão de kit anti-homofobia e querem seu próprio material

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) se posicionou contrário à suspensão do kit anti-homofobia do Ministério da Educação – que seria distribuído ainda neste ano para educadores e alunos a partir dos 14 anos de 6 mil escolas brasileiras. Em nota oficial, a entidade acusa o governo de ser “demagógico, pernicioso e conservador”.

O Sindicato se diz indignado com a decisão da presidente Dilma Rousseff e propõe ainda que os próprios professores tomem a iniciativa de fazer outros matérias com o mesmo objetivo. “Que comecemos nós mesmos a produzir e multiplicar materiais diversos e trazer a discussão para dentro das escolas, dos locais de trabalho, dos sindicatos, dos locais onde nossa vida realmente acontece.” Confira na íntegra:
Nos irmanamos àquelas e aqueles que sentem-se traídos e se indignam com os últimos acontecimentos envolvendo a presidência do Brasil e a luta por justiça social.
Não nos furtamos no passado e não nos furtaremos agora de expressar o nosso mais profundo repúdio a essa linha política adotada pela presidência da república e corroborada pelos partidos e instituições que lhe dão sustentação.
Mais uma máscara caiu! Agora, apenas os hipócritas e mal intencionados não são capazes – OU TEM A CORAGEM - de admitir a verdadeira natureza desse governo: DEMAGÓGICO, PERNICIOSO E CONSERVADOR. E nesse ínterim ele se iguala às esferas estaduais e municipais. Não é possível hoje distinguir entre o que propõe a burguesia reacionária e o que propõe o governo federal.
De acordo com nossos princípios políticos, um material de combate à discriminação e ao preconceito de gênero (homofóbico, lesbofóbico, transfóbico, etc.) deveria ser elaborado a partir e com a contribuição dos professores e de toda a comunidade escolar, não a partir de um grupo seleto que “pensou para...”. Ainda assim, tendo em vista a mobilização dos conservadores e os gastos públicos envolvidos na produção e confecção do chamado “kit-gay”, julgamos oportuno que a questão fosse discutida nas escolas e que estas se apropriassem da discussão que vai muito além da mera distribuição deste kit. Isto é, este material poderia se converter em uma real iniciativa de combate à estupidez, opressão e injustiças impingidas aos/às jovens nas escolas brasileiras.
Mais uma vez fica claro que o atrelamento ao governo não é benéfico à luta e ao movimento LGBTT; que a institucionalização (burocratização) excessiva é perniciosa.
Façamos de mais este ato vergonhoso do governo federal a matéria-prima para novas iniciativas de uma militância verdadeiramente combativa e livre. Que comecemos nós mesmos a produzir e multiplicar materiais diversos e trazer a discussão para dentro das escolas, dos locais de trabalho, dos sindicatos, dos locais onde nossa vida realmente acontece. Para além dos subterrâneos onde viceja uma infinidade de igrejas que parecem mais um “mercado negro de ações”, direcionemos os nossos passos para um mundo fora das cavernas, porões, calabouços e gabinetes.
MixBrasil

NINGUÉM NASCE HOMOFÓBICO.

A suspensão da distribuição do kit anti-homofobia do Ministério da Educação (MEC) gerou um verdadeiro furor na militância LGBT brasileira, que programou em várias cidades do País manifestações de apoio ao material que pretende erradicar a homofobia no ambiente escolar. São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Santo André são algumas das cidades que vão fazer algum tipo de ato em apoio ao material. Todas elas têm entrada gratuita e são abertas ao público.

Em São Paulo, a movimentação vai ser realizada no próximo domingo, 29. Rola a partir das 13h, até as 16h, no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, a manifestação “Por uma escola inclusiva! Kit anti-homofobia já!”. Às 16h começa no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 - estação Vergueiro do Metrô) a “Reunião geral para articular uma ação em defesa do Kit Escola sem Homofobia”.
Já no Rio de Janeiro, com articulação do grupo Diversidade Católica, rola também no domingo, a partir das 10h, na orla de Ipanema, a “Caminhada por uma educação sem homofobia”. A concentração será no posto 9.
Brasília também vai fazer barulho contra a suspensão feita por Dilma Rousseff. A “Manifestação a favor do Kit Escola sem Homofobia” via ser feita também no próximo domingo, 29, a partir das 16h, com concentração em frente à Catedral de Brasília, no Plano Piloto.
Em Santo André, Grande São Paulo, a suspensão do kit promete tomar conta da VII Parada do Orgulho LGBT da cidade. A caminhada tem concentração a partir do meio-dia, na esquina da Avenida Dom Pedro II com a Rua Catequese, no centro. A realização é da ABCD (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual).
MIXBRASIL

quinta-feira, 26 de maio de 2011

É HORA DE SAIR DO ARMÁRIO. SEJA VOCÊ MESMO.

O jornal norte-americano "New York Times" lançou uma seção interativa em seu site chamada "Coming Out" para que jovens gays possam compartilhar suas histórias de vida. A idéia surgiu depois de a publicação ter se sensibilizado por diversas matérias publicadas sobre jovens que sofrem bullying e outros que acabam cometendo suicídio por não aguentarem a pressão.

"O espaço é um esforço para melhor compreender as realidades e expectativas desta geração, e para dar voz aos adolescentes", diz o jornal. O New York Times entrevistou cerca de 100 jovens, em vários estágios do processo de sair do armário. As histórias estão sendo postadas no site com fotos e áudio. O site disponibiliza também um formulário para os leitores enviarem suas histórias.
"A cada dia você se sente como se estivesse se preparando para um guerra", diz Tabbetha Murchison, de 18 anos, num dos depoimentos da seção.
A publicação acredita que "jovens gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros só querem ser adolescentes. Enquanto eles vislumbram um mundo onde eles podem se casar e ter as portas abertas para eles, eles não querem ser definidos por sua sexualidade, independentemente de como eles são recebidos pela comunidade. É apenas uma parte da sua identidade". Acesse o Coming Out e confira as histórias de vários jovens americanos.
A CAPA

TEMPO DAS TREVAS. VAMOS A LUTA!

"Fomos todos pegos de surpresa", é a frase que mais circulou em Brasília nesta quarta-feira (25). Segundo fonte ligada ao Ministério da Educação (MEC), que pediu para não ser identificado, a noticia de que a presidente Dilma Rousseff (PT) mandou suspender o kit anti-homofobia chegou ao MEC e a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) enquanto as respectivas equipes trabalhavam normalmente.

A Secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, não poupou o peso na mão na hora de escrever suas críticas à decisão em sua página no Twitter. "Tempo das trevas!", exclamou. A secretária lamentou que o governo tenha recuado para salvar Palocci. "Governo recua para salvar Palocci. Enquanto o patrimônio dele sobe, o do PT desce", criticou.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, está no Ceará e ainda não comentou sobre o veto. Segundo especialistas, mesmo que o governo volte atrás, o estrago está feito.
Articulação no Congresso Nacional
Os deputados federais Manuela D'ávila (PCdoB) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmam que vão articular uma ação conjunta entre a Frente Parlamentar LGBT e a Comissão de Direitos Humanos para articular os parlamentares progressistas e que apóiem o kit anti-homofobia para realizar uma reunião com o MEC.
Segundo a deputada, a é ideia é construir a partir de agora um diálogo a respeito de todo material que tiver o combate da homofobia como foco. "Queremos que o MEC abra agora uma mesa de negociação sobre materiais de combate a homofobia", declarou.
Jean Wyllys ainda fez duras críticas ao governo federal. "O governo federal não faz consultas populares acerca de suas políticas públicas em outras áreas, como saúde, habitação ou tributária", disse Jean. O deputado ainda criticou que em 2010 o Governo Federal usou mais da metade da verba para salvar o Capital Financeiro. "Diante deste escalabro ninguém se manifesta, agora contra o Kit Escola Sem Homofobia levanta-se todo o tipo de ignorância", criticou.


"Perdemos uma batalha"
Julian Rodrigues, coordenador do setorial nacional LGBT do PT, declarou que neste momento "perdemos" uma batalha. Segundo o ativista, a campanha feita pela bancada evangélica e por parte da grande imprensa foi "avassaladora". Rodrigues diz que os fundamentalistas ganharam a opinião púbica por que "distorceram" o Kit Escola Sem Homofobia.
Segundo o militante, isso mostra que a vitória do Supremo Tribunal Federal (STF) não "encerra" a discussão sobre a cidadania LGBT. Este revés é "momentâneo" e não deve interromper a luta contra a homofobia.
Ainda de acordo com Julian Rodrigues, uma nota oficial do Partido dos Trabalhadores será encaminhada ao presidente do partido, Rui Falcão, e a Presidente da República, Dilma Rousseff, pedindo para que se pronunciem a favor do Kit Escola Sem Homofobia.
A CAPA
Como já haviamos noticiado, Eduardo, personagem de Rodrigo Andrade, está prestes a se assumir em "Insensato Coração", novela da TV Globo. Nos últimos capítulos, o rapaz tem ficado bem de olho nos gostosões que frequentam sua academia.

No capítulo que deve ir ao ar no dia 6 de junho, Eduardo vai revelar para sua amiga Alice (Paloma Bernadi) que sente atração por homens. O jovem dirá que não está sendo honesto nem com ele e nem com Paula (Tainá Muller), sua namorada. "Eu acho que sinto atração por outros caras", revela Eduardo para a personal trainer. "Já faz um tempo que rola, acho que sempre rolou. Primeiro, achei que eu era novo, podia tá misturando tudo. Depois, que ainda não tinha aparecido a garota certa... Achei que se eu tentasse não pensar nisso", confessou.
Apesar de reagir com surpresa, Alice aconselha o amigo a terminar seu namoro e encarar seus sentimentos. "Barra, mesmo, é fingir ser quem você não é. Ser gay, no século XXI, não pode ser mais um grande drama. Sua mãe vai aceitar, ela tem uma cabeça legal, você não vai ter problema no trabalho. Se você for mesmo gay, cara, não tem por que ter medo de ser feliz", diz a personal.


Ataque
A novela também deve relatar o caso de um ataque homofóbico. Xicão (Wendell Bendelack) irá contar para Sueli (Louise Cardoso) que um amigo seu sofreu uma agressão violenta. "Mandíbula fraturada, três dentes quebrados, cheio de hematoma, escapou de traumatismo craniano por pouco. Meu amigo tava saindo de um bar, sozinho, apareceu um grupo de pitboys, do nada, eles saíram batendo no cara, uma covardia! Ele podia ter morrido", conta o garçom do quiosque.
Com vergonha por estar num bar gay, a vítima não denunciará o ataque para a polícia. Nelson (Edson Fieschi), advogado e também gay na trama, irá aconselhar Xicão para que o amigo dele procure as autoridades. Xicão continuará, então, dizendo estar chocado com as estatísticas. "Fico maluco com isso! Só no ano passado, foram assassinados 260 gays, lésbicas e travestis no Brasil, quase um por dia. Não tô falando de gays que morreram assassinados por um motivo ou outro. Estou falando de pessoas que morreram especificamente por que eram gays ou transgêneros, gente que virou alvo de violência só por ser diferente. Isto é intransigência, preconceito e discriminação, na sua forma mais violenta", dirá o personagem.
A CAPA

ÓDIO EVANGÉLICO FAZ CHANTAGEM POLITICA E DEIXA PRESIDENTA REFÉM.

A decisão da presidente Dilma Rousseff de suspender a distribuição do kit anti-homofobia, em fase de preparação pelo MEC, nas escolas, deixou as entidades que militam pelos direitos dos homossexuais "perplexas".
Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), afirmou que, na tarde desta quarta-feira, quatro reuniões aconteciam simultaneamente em Brasília e uma nota oficial da coalização de entidades será divulgada até o fim do dia.
"Até agora nosso diálogo foi muito franco e aberto com o governo, todo o pessoal aliado está muito perplexo e buscando todas as informações para verificar o que tem de verdade nessa história", afirmou Reis à Folha.
Ele evitou emitir uma posição oficial sobre o caso antes da divulgação da nota.
Dilma determinou nesta terça-feira a suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia em planejamento no Ministério da Educação, e definiu que todo material do governo que se refira a "costumes" passe por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados.
No dia anterior, a bancada evangélica na Câmara havia iniciado uma investida contra o governo para suspender o kit, com ameaças a obstruir votações, engrossar o coro da oposição por explicações do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) sobre sua evolução patrimonial e com pedidos de exoneração do ministro Fernando Haddad (Educação).
FOLHA ONLINE