sábado, 27 de agosto de 2011

Salvador pede socorro, CUIDADO COM O FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO.

O babalorixá agredido tem 33 anos e prefere não se identificar. Ele registrou ocorrência contra os guardas municipais na 10ª Delegacia, no bairro de Pau da Lima, em Salvador, e fez exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Segundo o pai de santo, ele foi ao banheiro da Estação de Transbordo na companhia de um amigo. O babalorixá conta que cerca de oito pessoas estavam no local e que, quando já estava usando o sanitário, ouviu os guardas falando com ele e batendo na porta.
“Só ouvi uma palavra de cima: ‘bora, bora, bora, aqui não é lugar disso'. Eu estava no vaso, eles [os guardas municipais] estavam batendo na porta e me forçaram a abrir a porta”, relata.
A vítima contou que um dos suspeitos da agressão perguntou o que ele estava fazendo dentro do banheiro e se ele era gay. “Eu tive que mostrar a ele que eu estava com a roupa abaixo da cintura para ele ver que eu estava no sanitário, mas ele não me respeitou. Perguntou quem eu era e se eu era veado. Eu disse a ele que eu sou e foi a hora que eu fiquei de costas e ele me agrediu com palavra e com porrada”, conta.
De acordo com o pai de santo, ele foi agredido nas costas e só não apanhou no rosto porque usou a mão para se proteger das agressões. “Eles me jogaram para fora do banheiro e todo mundo me viu praticamente nu, vestindo a roupa do lado de fora. Todos que passam por isso que eu passei, eu acho que tem procurar o seu direito para que [os agressores] não fiquem impunes”, finaliza.
A Guarda Municipal de Salvador informou em nota que assim que soube da denúncia de agressão, os guardas que estariam envolvidos na ação foram afastados de suas atividades. A nota diz ainda que uma comissão foi designada para acompanhar o caso e que um processo foi aberto para apuração dos fatos
Gay 1



Video divulgação GGB da 10 parada gay da Bahia 2011





Em entrevista exibida nesta sexta-feira (26) no “Bom Dia Brasil”, o cantor Ricky Martin falou sobre sua identificação com o país e que é praticamente um brasileiro.

“Eu sou brasileiro. Não é que eu fui na vida passada. Eu sou brasileiro nesta vida”, disse o cantor porto-riquenho no jornal.
Mesmo após seis anos sem cantar no Brasil, Ricky Martin falou e lembrou de cidades como Foz do Iguaçu, Salvador, etc.
“O Foz do Iguaçu é lindo. O nordeste é maravilhoso...”, falou.
O cantor também comparou suas músicas com o Brasil, dizendo que “Livin La Vida Loca” é São Paulo, e que “Maria” é a Bahia.
Em novembro ele lança a música “Samba”, em uma parceria com Claudia Leitte. Questionado se sabia sambar, o cantor disse que sabe “um pouquinho”. “Me dá uma caipirinha. Brincadeira”, respondeu ele.
Martin contou que ainda tem muitos fãs da época do grupo Menudo, e alguns da nova geração, homens e mulheres. “Mas a base sólida é da época do Menudo”, contou.
Prestes a completar 40 anos, Ricky Martin também falou sobre o que mudou após assumir sua homossexualidade.
“Mudou tudo, melhorou tudo. Tudo é incrível. A música melhorou, a venda dos CDs, e tudo porque vou caminhando com a verdade”, falou.
Ricky Martin se apresenta nesta sexta-feira (26) em São Paulo, no sábado (27) no Rio de Janeiro, e na terça-feira (30) em Porto Alegre.
Uol Entretenimento

Pense Nisso!

Pagano Sobrinho


No começo deste mês, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), anunciou seu veto ao Dia do Orgulho Heterossexual em entrevista ao jornal "Agora". Porém, até esta sexta-feira (26), a decisão ainda não havia sido publicada no Diário Oficial.
À reportagem do site A Capa, a equipe da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual (Cads), ligada à Prefeitura, disse que o veto deve sair, no máximo, até a próxima quarta-feira (31) e ser publicado no Diário Oficial do município no dia seguinte.
O Dia do Orgulho Hétero é um projeto do vereador Carlos Apolinário (DEM) e foi aprovado na Câmara em 2 de agosto. Após a votação, a mídia e setores da sociedade questionaram a necessidade da data. Gilberto Kassab já se posicionou contrário ao projeto, opinando que ele é desnecessário. “[Os heterossexuais] São pessoas que têm uma rotina de vida, que não estão sendo agredidos. Portanto, do ponto de vista político, seria incompreensível e essa é a razão do nosso veto, que será ainda encaminhado", disse o prefeito.
A Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, também se manifestou contra o projeto, afirmando que "mais grave ainda do que o projeto em si é a justificativa para sua aprovação, de caráter nitidamente homofóbico". "A possível sanção deste projeto banalizaria o enfrentamento da homofobia e estimularia atos de violência, como os que temos assistido nos últimos meses, sobretudo em São Paulo", destacou em nota a secretaria.
O prazo para que Kassab encaminhe o veto ao Diário Oficial termina hoje. Diante dessa situação, ativistas gays começaram a se movimentar e a questionar uma atitude do prefeito. A Câmara Municipal de São Paulo não poderá derrubar a lei, visto que o regimento da Casa não permite aos vereadores vetarem uma lei que eles próprios aprovaram.
A Capa




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Em apenas oito meses, 12 pessoas foram assassinadas na Paraíba em crimes cometidos por motivação homofóbica, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), organização que contabiliza e estuda este tipo de violência em todo o Brasil . O levantamento coloca a Paraíba em segundo lugar no ranking de assassinatos ligados à homofobia cometidos este ano na região Nordeste, perdendo apenas para Pernambuco, com 15 mortes. No entanto, levando em consideração a diferença populacional, o estado ocupa a primeira posição no Nordeste.

Nos primeiros meses deste ano, a entidade já contabilizou 144 mortes em todo Brasil. O caso mais recente na Paraíba foi do jovem Marx Nunes Xavier, de 25 anos. Ele era heterossexual, mas acabou sendo atingido por um tiro no pescoço quando defendia um homossexual que teria sido agredido fisicamente por estudante de 20 anos que segue foragido. O crime aconteceu no último dia 8 na Praia do Jacaré, na Grande João Pessoa.
Em 2010, o GGB contabilizou 260 homicídios no país, sendo 11 deles na Paraíba. O presidente da GGB, Luiz Mott, explicou que 43% dos crimes cometidos no ano passado aconteceram somente no Nordeste. O representante do Movimento do Espírito Lilás (MEL) na Paraíba, Renan Palmeira, acredita que os dados são reflexo da pesquisa divulgada pelo Ibope em julho. Nela é possível observar a intolerância da população em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a união estável para casais do mesmo sexo. “A pesquisa mostrou que os homens são mais homofóbicos que as mulheres. Os que têm menos acesso à informação e escolaridade. A homofobia é fortalecida na faixa etária de 50 anos pra cima”, lamentou Renan que viu nesse dados o perfil da população nordestina.
Já o delegado Marcelo Falcone, que trabalhou cerca de dois anos na Delegacia Especializada em Crimes Homofóbicos em João Pessoa, explicou que a homofobia é fortalecida também pelos grupos mais conservadores. “As igrejas pregam cada vez mais contra os homossexuais. Elas demonizam o homossexualismo”. Ainda de acordo com o delegado, a tendência é que, "infelizmente", esses crimes aumentem. “Os homossexuais estão se expondo mais na mídia. O grupo tem chamado mais atenção e por isso é passível de mais preconceito porque apesar das pessoas acharem que as coisas estão melhores, os setores mais conservadores criam mais preconceitos”, lamentou Marcelo Falcone.
Estado        Mortes
Pernambuco 15
Paraíba 12
Bahia 11
Alagoas 9
Ceará 6
Maranhão 4
Rio Grande do Norte 4
Sergipe 3
Piauí 2
Ranking
No ranking preliminar deste ano do Grupo Gay da Bahia o estado de Pernambuco aparece em primeiro lugar com 15 mortes motivadas por homofobia. A Paraíba aparece em segundo (12 mortes) e a Bahia, em terceiro (11). Em seguida estão os estados de Alagoas (9), Ceará (6), Maranhão e Rio Grande do Norte (4), Sergipe (3) e Piauí com duas mortes. Se levado em conta todo o país, o estado de São Paulo é o que tem o maior número de mortes por homofobia, segundo o GGB: são 17 neste ano.

Algumas soluções, apontadas pelo delegado e ainda pelos representantes do MEL e GGB, para a diminuição dos crimes seria a aprovação do Projeto de Lei Complementar 122/206 que criminaliza a prática homofóbica e ainda o investimento na educação.
“O poder público precisa investir na conscientização da população porque muitas vezes as pessoas cometem o crime por ignorância”, finalizou o delegado.
Crimes aumentaram 64,83%
Comparando os dados de 2010 com os que já foram contabilizados nos oito meses deste ano, é possível observar um aumento de 64,83% nos homicídios com motivação homofóbica na Paraíba. Caso os crimes se mantenham neste ritmo, no fim do ano o estado terá um saldo de 18 mortes.
Sem levantamento oficia
No Brasil ainda não existe um levantamento oficial sobre os crime desta natureza. As entidades e movimentos interessados neste estudo colhem os dados que são divulgados na imprensa e repassam para o Grupo Gay da Bahia que se encarrega de realizar todos os anos o Relatório de Assassinato de LGBTs.
“Essa é uma das grandes falhas do Ministério da Justiça que não faz, por incompetência, esse levantamento, ou até porque não querem revelar essa posição vergonhosa de ser o país mais homofóbico”, de acordo com Mott. Ele revelou que no ano passado foram contabilizados 260 assassinatos no Brasil, fazendo com que o país ocupasse o primeiro lugar no ranking mundial. Em segundo lugar ficou o México, com 35, e em terceiro os Estados Unidos, com 25. Números bem inferiores aos registrados no Brasil.
Renan Palmeira explicou que diferente dos demais crimes, os com motivação homofóbica tendem a ser extremamente violentos. “Os criminosos matam pelo ódio. Eles querem banir aquela pessoa da face da terra. É um crime que tem um grau de perversidade muito alto com genitálias arrancadas, cortes na garganta ou ainda dezenas de facadas”, disse o representante do MEL.
A mãe de Marx Nunes, Maria Francisca, contou que o filho acabou sendo uma vítima deste tipo de crime porque foi defender um homossexual que estava sendo espancado. "Ele detestava injustiça. Ele queria apaziguar. Sempre gostou muito de ajudar", lamentou Maria Francisca que hoje tenta ajudar as mães de LGBTs que perderam os filhos de maneira violenta.
“Os crimes contra os homossexuais são mais bárbaros. Os assassinos querem punir as pessoas pela orientação sexual. É possível observar requinte de crueldade”, disse o delegado Falcone, atualmente responsável pela Delegacia de Homicídios de João Pessoa. De acordo com a pesquisa do GGB, 43% dos homicídios cometidos no ano passado foram com o uso de revólver, 27% com faca, 18% espancamento/pedradas e 17% por sufocamento/enforcamento.
Em muitos casos, os autores dos homicídios são os acompanhantes das vítimas. “Isto acontece muito entre os homossexuais do sexo masculino que contratam garotos de programa. Existe um preconceito muito grande porque esses rapazes não se sentem gays. Como foi o caso do professor Valderi Carneiro”, disse o delegado. No dia 9 de julho o professor de língua portuguesa, de 44 anos, foi assassinado em uma pousada da cidade de Campina Grande, na Paraíba, por garotos de programa.
Gay 1



Jean Wyllys de Matos Santos, Alagoinhas, nascido no dia 10 de março de 1974, é professor, jornalista, escritor e politico eleito em 2010 para mandato de deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro a partir de fevereiro de 2011. Wyllys construiu alianças politicamente estratégicas e, em virtude do sistema eleitoral brasileiro, foi beneficiado pela expressiva votação de seu companheiro de partido Chico Alencar, que obteve mais de 240 mil votos.

Gay assumido, Jean Wyllys defende os direitos humanos durante sua carreira política, e está entre os três políticos que mais bem representaram a população no Congresso Nacional este ano, na avaliação dos profissionais de imprensa, de 55 veículos, que votaram na primeira etapa do Prêmio Congresso em Foco. A classificação final será definida pelo internauta, em votação que começou na internet na última segunda-feira (22).
Em entrevista exclusiva ao Gay1 para o colunista Roberto Dias, Wyllys fala sobre a polemica da foto para a revista "Rolling Stone" e a frase: "Já escrevi meu nome na história" e muito mais...


Gay1- Na última entrevista à Rolling Stones, você tirou fotos usando a indumentária do Che Guevara, por que não usar referências de Harvey Milk ou de Luiz Mott? Por que Che Guevara?
Jean Wyllys - Bem, eu esperava sair como Jean Wyllys, mas a revista tem, historicamente, como procedimento, transformar os seus entrevistados em personagens. Eles tinham dois personagens: o Harvey Milk e o Che Guevara. O Che pela figura da revolução. A intenção do jornalista era falar sobre: “sua” cruzada, sobre a revolução que você vem provocando e como o ano de 2011 é da temática LGBT; é uma revolução, “você” toca sozinho, é uma cruzada...e ao mesmo tempo “você” não perde a ternura; “você” tem um jeito tenro de lidar com isso. Enfim, ele me deu essas duas opções. Eu optei pelo Che, exatamente, por esses argumentos. E além desse argumento, tem a figura do Che que é um ícone muito pop, foi monopolizado por uma mentalidade machista. A própria revolução cubana sacrificou os homossexuais, mandou os homossexuais para o paredão, considerava-os antirrevolucionários... a revolução promoveu isso. Olha, “eu vou fazer uma provocação pública dessa matéria”, da figura do Che Guevara. Primeiro tratei da idéia de que não só héteros têm heróis, nós podemos forjar os nossos e podemos questionar os heróis postos. Da mesma maneira que o Luiz Mott chamou a atenção para a sexualidade de Zumbi dos Palmares provocando a ira do movimento negro...eu quis provocar a esquerda brasileira, posando de Che Guevara. Então, esta ala esquerdista que se diz tão progressista, tão revolucionária, está preparada para preparada para incluir a temática LGBT? A luta por justiça social tem que seguir um único viés econômico, ou ela tem que seguir o viés das liberdades individuais? Em que medida o PSOL, o partido que é o meu, que é do socialismo de liberdade, está preparado para lidar com a figura de um Che Guevara gay? Então essa foi a ideia de posar de Che Guevara. E o Che é uma figura pop mundial, fácil de identificar. O Harvey Milk, não. Ele é uma figura muito nossa, da comunidade LGBT.

Gay1- E se tivesse a oportunidade de escolher uma personalidade, qual seria?
Jean Wyllys - Olha, para falar a verdade eu escolheria o Che Guevara. De verdade. Nós não temos grandes heróis gays pra que eu pudesse encarnar...Alexandre Magno!!? Enfim, eu acho que tiraria do contexto político que a matéria tem e que eu queria dar. E a brincadeira em torno do Che foi interessante. Uma pena que houve uma infrainterpretação por um lado e uma superinterpretação de outro lado. Eu não entendi por que alguns ativistas reclamaram: Por que ele posou de Che Guevara? Pareceu-me tão óbvio que ali era uma provocação em torno da figura, do ícone; de provocar as “esquerdas” brasileiras...no momento que a gente está para instalar a comissão da verdade, da memória; recuperar, por exemplo, aquele passado da ditadura militar e do fortalecimento das esquerdas na clandestinidade em que Che teve um papel fundamental no momento que a gente está instalando essa comissão, que vai recuperar isso. Por que não recuperar também a atuação dos gays naquele período? Que tá uma coisa silenciada. Como os aparelhos de resistência se comportaram em relação aos homossexuais? Será que eles herdaram a postura da revolução cubana de achar que homossexuais eram antirrevolucionários? Como aconteceu, por exemplo, na Argentina em que os aparelhos de resistência, às vezes, não queriam filiar homossexuais porque achavam que eles cediam facilmente à tortura? Enfim, a idéia era provocar essa discussão toda. Aí quando coloco que foi feita uma infrainterpretação, é porque as pessoas ficaram no óbvio.

Gay1- A sua luta é solitária, dizia a revista? Você acha que sua luta é solitária?
Jean Wyllys – Isso não foi uma decisão minha. Foi idéia do editor da revista. Mas em nenhum momento eu falei que minha luta era solitária. Eu acho que ele pensou na luta solitária que venho empreendendo. A questão de que sou o único homossexual assumido no Congresso Nacional. Se há outros homossexuais no Congresso, eles estão no armário. Quando você está no armário e silencia sobre sua identidade sexual, ela não existe. Só existe aquilo que tem nome. Quem não é assumido não é. A perspectiva do solitário foi nesse sentido. É claro que minha luta é um contínum de uma luta que me antecede. Aliás, no próprio texto eu afirmo que somos filhos das conquistas de Harvey Milk e Harvey Milk é filho das manifestações, das conquistas dos anos 20, dos movimentos gays, do movimento feminista. No Brasil temos o trabalho pioneiro do pessoal do Lampião da esquina, o João Silvério Trevisan. Aguinaldo Silva que hoje tem dado declarações polêmicas, mas é impossível não reconhecer o passado de Aguinaldo Silva. Temos as próprias constituições da ABGLT, da LBL, dos grupos ativistas de uma maneira geral. Não existiria Jean Wyllys se não houvesse esse povo todo. Eu acho que a perspectiva da revista da luta solitária é a luta solitária como único deputado. Antes desta entrevista, eu estava reunido como os articuladores da Frente Parlamentar LGBT, do qual o único parlamentar a participar, sem representantes, sou eu. O que quer dizer que eu sou muito mais sensível a esta parte por pertencimento. Os outros deputados não têm essa aproximação, esse pertencimento. Vem com esse distanciamento. Eles vão se dedicar apenas até a página dois.


Gay1- Temos agora uma presidenta. Você acha que se tivéssemos um presidente gay, as coisas poderiam ser diferentes?
Jean Wyllys- Olha, eu acho que as nossas identidades, a maneira como estamos posicionados na sociedade, não interfere nas nossas ações, na maneira como observamos o mundo. O fato de a Dilma Roussef ser mulher, isso não interfere na visão que ela tem. Na própria constituição das políticas públicas, no andamento, nas escolhas que ela faz. A escolha que ela faz em seus Ministérios é uma escolha que não está livre da determinação dessa condição de mulher. Um presidente gay, essa condição, estaria presente na sua visão de mundo. Além de ter a identidade de gênero masculina, a orientação sexual iria interferir; faz a diferença. É claro que faz. É...mas eu acho que não faz uma diferença... substancial. Não quer dizer que essa condição de mulher, de homossexual vá tornar o governo mais vulnerável, num governo melhor, nem melhor nem pior, seria diferente. Ponto. A Fundação Perseu Abramo fez uma pesquisa em que constatou que o eleitorado brasileiro é conservador, que não vota, especialmente para cargos majoritários, em candidatos que se digam: ateu, que professe religiões de matizes africanas, que defenda a legalização do aborto, da maconha e que apóiem o casamento civil gay. Ele pode até votar num candidato gay, mas que não apoie o casamento civil. Essa pesquisa pode ser falha, mas com informação, com o acesso as tecnologias da informação, com educação oferecida as pessoas, pode ser que esta situação mude.
O fato de a Dilma fazer um bom governo. Eu espero que ela faça um bom governo! Vai mostrar que sim, as mulheres têm capacidade de governar. Eu acho que minha atuação como parlamentar vai mostrar que o povo não tem que ter medo em votar em gay. Ele vai assumir e vai coordenar uma legislatura pautada no espírito republicano, dentro do mais fiel e autêntico espírito republicano, lutando pela coletividade.

Gay1- Ainda sobre a Revista, você falou que escreveu seu nome na História. Você acha que seu trabalho terminou?
Jean Wyllys – Não, essa frase... engraçado, na verdade, foi o repórter que disse: “ você tem noção do que já fez, de que você já escreveu seu nome na História?”
Porque a pedra de toque da democracia do mundo inteiro, hoje em dia, é a luta pelos direitos sociais. Depois dos movimentos dos trabalhadores, do movimento das mulheres, dos negros, chegou a hora dos homossexuais.
Depois o repórter disse: “olha você está sendo o pioneiro!” Mas tem o trabalho da Marta Suplicy que é inegável, da luta dela. Ela é pioneira em trazer o assunto para o Congresso. E o interessante é que a Senadora não é gay. E isso faz uma diferença enorme. Isso é histórico. E foi por isso que o repórter falou sobre a luta solitária. Aí eu respondi a ele dizendo que eu havia ouvido do Deputado Regufe a mesma colocação sobre minha contribuição como parlamentar que “já havia deixado seu recado”. Mas, como assim?, eu respondi. Meu mandato ainda está no começo!
A mesma coisa ouvi da Deputada Erika Kokay. Então eu pensei comigo sobre essa perspectiva e realmente eu escrevi meu nome na história, mas não foi com uma perspectiva arrogante, longe de ser; e pretensiosa, mas existem coisas que são ditas, que têm que ser ditas. Temos a experiência do Clodovil, mas ele não encampou a luta pelos direitos dos homossexuais. Eu sou o primeiro a fazer, e isso é História.
Eu não entendo... engraçado que existe uma cobrança e não é externa, ela vem de uma patrulha da própria comunidade LGBT. Os heterossexuais entenderam a mensagem da revista. Engraçado que essa patrulha tão crítica e afiada, não está afiada no despertar da consciência política. Eu queria ver cada ativista na luta pela consciência política, de lutar contra a homofobia internalizada, e pra que no futuro, nas próximas eleições, tenhamos uma bancada LBGT.


Gay1- Um partido talvez?
Jean Wyllys – Eu não acho que precise de um partido, de maneira específica. Eu acho que a luta específica dos direitos civis dos homossexuais dever estar ligada a uma perspectiva mais ampla dos direitos civis e liberdades. Então não temo como lutar contra o conservadorismo se você não se você não articular a luta pelos direitos dos homossexuais a luta das mulheres; se você não enfrentar a misoginia, o sexismo; se você não enfrentar o racismo, a xenofobia, o antissemitismo. Então justiça social! Então a provocação com a foto do Che Guevara é um pouco essa. Lutar pela justiça social. É lutar contra a oposição clássica entre trabalhador e patrão, essa opressão que é econômica e pensar na temática das liberdades civis. Então é nesse que sentido que não deveria existir um partido.mas o movimento deveria estar atento para despertar a consciência, em...você sabe que não fui eleito pelos LGBT’s; eu fui eleito por uma conjunção de astros. Não tive apoio de empresários, articulações...Fiz uma campanha barata, que não custou quase nada. Foi invisível, feita nas redes sociais, num partido sem coligações como o PSOL. E ainda assim, todo o partido fez um voto de legenda, que garantiu a eleição do primeiro mais votado, o deputado Chico Alencar, que está no quarto mandato, e eu, estreante, no segundo lugar. Os LGBT’s não votaram em mim, mas mesmo assim eu mantenho meus compromissos assumidos durante a candidatura. está lá nos folders, na internet. Todos meus compromissos estão sendo mantidos pela luta dos direitos humanos. Eu estou lutando por aquilo que acredito. Eu professor, jornalista e deputado luto pelos direitos humanos, e o fato de ser homossexual me faz lutar especialmente pelos direitos dos homossexuais. Eu acho que é dessa maneira que a gente avança!


Gay 1 -E a respeito da religião, o que você acha das Igrejas Inclusivas?
Jean Wyllys – Eu acho esse movimento interessante. A religiosidade é um componente, digamos assim quase uma constância antropológica. Todas as culturas desenvolveram as religiosidades que se materializaram em religiões organizadas institucionalmente muitas vezes. Outras não, não desenvolveram ao ponto de institucionalizar, mas essa relação com o sagrado que tem a ver com medos ancestrais, a consciência da morte, a consciência de que se vai morrer, a consciência da passagem do tempo. Tudo isso leva a gente a ter uma relação com o sagrado, com o plano extramaterial. Não há cultura sem Religiosidade. Portanto, eu diria que ampla maioria dos seres humanos se inclina a ter uma religiosidade.
Eu fico feliz que, no ocidente, cuja a cultura está sustentada na herança judaico-cristã – digamos assim – as igrejas cristãs abrem suas portas aos homossexuais: as igrejas inclusivas. Porque justamente uma das violências que se pratica contra os homossexuais é negar-lhes o direito à religiosidade. O direito que o homossexual tem de acreditar na divindade de Jesus e de professar essa crença. Eu acho que é uma violência que é praticada contra ele. Ou exigir que para professar sua crença, ele tenha que esconder sua sexualidade; tenha que recalcar seu desejo. Isso é uma violência que se pratica! Então fico feliz com a BETEL, de existir a Igreja Cristã Contemporânea, de haver um braço da Igreja Católica, que agora é a diversidade católica, que tem como representante o Padre Júlio, da PUC-RJ, abrir-se para essa questão da homossexualidade. Fico super feliz, porque, antes, as únicas Igrejas inclusivas eram a Umbanda e o Candomblé que abriam as portas, sem preconceitos, para os homossexuais porque eles eram proscritos das religiões tradicionais.
Meu afastamento da Igreja Católica se deu por razões óbvias. Embora eu militasse ali com os movimentos da pastoral das comunidades eclesiais de base, por justiça social, pelo direito a terra...Lembrei, agora, de uma campanha da Fraternidade: Terra de Deus, Terra de irmãos, que a gente trabalhou ativamente - era o lema da campanha. Foi feita em Alagoinhas, a cidade em que nasci, era cheia de latifúndios, outros tantos sem terras e quilombolas. E a gente trabalhou muito nessa campanha. Então era isso, trabalhar pelo direito a terra. Trabalhar a campanha de 1988, por exemplo, que foi de ouvir o clamor desse povo que trazia a questão da negritude, da discriminação racial...Para mim, não fazia sentido trabalhar para essas pautas, se a Igreja não contemplava a violência que eu mesmo sofria. E eu sou gay. Eu levei um murro aos doze anos de idade. E justamente por que estava me deslocando para uma reunião da pastoral juventude estudantil. No meio do caminho um cara me deu um murro. Sem motivo, só porque ele viu em meu jeito a minha homossexualidade. Então, pra mim, não fazia sentido fazer parte de uma instituição na qual isso não era visto como injustiça, e pior ainda, que minha sexualidade era negada e silenciada a partir de argumentos bíblicos de uma leitura fundamentalista. Então naquele dia senti a incompatibilidade que existia, e eu me afastei. E depois de um período de aproximação do materialismo histórico, digamos assim, e de uma quase inclinação ao ateísmo...Eu entendi que não podia ser ateu. Tem uma coisa em mim que me leva a crer numa dimensão sagrada, divina. E, digamos assim, esse divino sobre o qual me debruço, não tem a face beligerante, masculina, do Deus judaico-cristão que foi forjado, especialmente do Deus apresentado e descrito no Antigo Testamento. O Deus que acredito é o Deus amor! É um Deus irmão. Agora recordo de uma canção quando eu era pequeno que dizia assim: “Toda Bíblia é comunicação de um Deus amor, de um Deus irmão!” É nesse Deus que acredito!


Gay1- Qual deles mais toca sua alma: o Jean escritor, o professor, o jornalista ou o parlamentar?
Jean Wyllys- (...) Cara, eu fiz escolhas na minha vida em que todas as minhas atividades se intercomunicam. O que eu faço como Deputado é comunicação. A política é comunicação! A política existe para mediar o conflito entre os diferentes. A política não existe para os iguais, ela existe para os diferentes. A política não existe nos homens, mas no espaço entre os homens. A política é comunicação.
O trabalho como professor universitário de Teoria da comunicação e Cultura Brasileira é de comunicação. O trabalho do jornalista é de comunicação. O trabalho do escritor é comunicação. Então, todos tocam minha alma de alguma maneira. Mas de todas essas atividades a que mais, digamos assim, justa, é o papel de Professor.
Ser Deputado faz com que me comunique também. E gosto quando o Professor e o Deputado se encontram e faz esse trabalho pedagógico. Também cabe ao legislador, esse trabalho pedagógico de iluminar as pessoas... A palavra aluno, que vem do latim, quer dizer: sem luz. Então o papel do professor é iluminar. Não com essa arrogância de que sabe mais, pois o professor se constrói também na interação com o aluno.
O conhecimento foi fundamental na minha vida. Sem o conhecimento eu não teria chegado até aqui. Eu sou uma pessoa fértil ao conhecimento. Gosto de aprender coisas novas. Cada viagem que faço é menos pelo prazer do turismo e mais pelo conhecimento.
Uma das coisas que mais me incomoda por ser famoso é a dificuldade que tenho com as pessoas. Porque aonde chego, chega o ícone. E o meu interlocutor, em geral, tem uma relação com o ícone que não abre espaço para o diálogo. Então, envolve o elogio, a admiração... e o que mais desejava é que as pessoas me vissem como um ser humano, igual a ela, normal. E que estabelecesse uma relação de diálogo. Nada mais prazeroso para um escritor do que conhecer pessoas.
Você agradece os elogios. Mas é difícil pra mim. Eu fico sem graça. Eu sou pisciano. Quando recebo um elogio fico todo apatetado. Eu não sei o que dizer.
Gay 1


A identidade dele será revelada na reta final da novela das 21h da Globo.
Um dos candidatos à vaga é o heterossexual e bom marido, Paulo (Dan Stulbach).
Folha Online

Pense nisso!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que seria mais um sexo casual, se transforma num final de semana inesquecível e que muda a vida de dois homens para sempre.

É esse o universo do filme “Weekend”, que já é considerado o filme gay do ano.
O filme de Andrew Haigh, acompanha Russell (Tom Cullen) e Glen (Chris New), dois homens que se encontram em um bar e acabam em uma noite de sexo regada à drogas. Eles passam o final de semana juntos e, sem perceber, acabam se envolvendo emocionalmente.
Cena G




Responsável por alavancar a audiência da novela “Morde & Assopra”, de Walcyr Carrasco, o personagem gay da trama, Áureo (André Gonçalves), promete parar a cidade de Preciosa ao subir ao palco para fazer um show todo montado no figurino colorido com calça coladérrima.
Áureo vai fazer o show no hotel de Preciosa para arrecadar dinheiro para a campanha eleitoral de Isaías (Ary Fontoura), que chega ao show tentando acabar com a performance de Áureo. Mas como o filho do prefeito já conquistou a simpatia de toda a cidade, o povo começa a vaiar Isaías e ele sai correndo para não perder eleitores.
Áureo continua seu show e arrasa. A cena vai ao ar na próxima terça-feira, 30.
Uol entretenimento.

Pense nisso

Após 12 anos de relacionamento e morando juntos desde fevereiro do ano passado, Cláudio Nascimento, 40, e João Batista Pereira da Silva, 39, podem enfim ser considerados casados. Na tarde desta quarta-feira (24), Nascimento, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, e o companheiro, Silva, assistente social e militar da Marinha do Brasil, foram os primeiros do Estado do Rio a converter a união estável em casamento civil pela Justiça.

“É um marco para a minha geração, nunca esperávamos que isso um dia fosse ocorrer. Demonstra que é possível um futuro melhor em que as pessoas sejam respeitadas. Queremos chamar a atenção para o amor, o afeto, não importa quem você ame”, disse Nascimento ao UOL Notícias.
A cerimônia de oficialização foi realizada no final desta tarde no cartório da 7ª circunscrição de Registro Civil de Pessoas Naturais, no centro do Rio, e contou com a presença do juiz de Paz Leandro de Oliveira Rodrigues para fazer a celebração. “Isso seria impensável uma década atrás”, disse Claudio.
Segundo o juiz de paz Leandro Rodrigues, “não existe diferença entre casamento heterossexual ou homossexual”, ressaltou. “O Estado tem obrigação de garantir a dignidade da pessoa. Somos todos seres humanos e as escolhas são opções individuais. Ninguém deve ser discriminado ou impedido de ser feliz. A escolha sexual é uma particularidade de cada um. Esse é um passo largo, uma conquista social, um pontapé inicial e quero desejar ao casal felicidade com a sua identidade ratificada.”
O evento no cartório foi rápido, mas em seguida o mais novo casal ofereceu uma recepção com direito a bolo branco com dois bonequinhos de biscuit com as cores do arco íris, símbolo do movimento gay. E para marcar a união civil, uma revoada de bolas brancas foram soltas com o pedido de paz e respeito.


Consequências legais
O pedido de conversão de união estável de Nascimento e Silva em casamento civil foi feito no dia 1º de julho, no cartório da 7ª circunscrição de Registro Civil de Pessoas Naturais, e foi decidido em sentença proferida pelo juiz da Vara de Registros Públicos, Fernando Cesar Ferreira Viana, em 15 de agosto. O casal recebeu a notícia na última sexta-feira (19).
A decisão da Suprema Corte na ocasião equiparou os direitos e deveres do casal gay aos de um casal heterossexual, como direito a herança, partilha de bens, previdência social, entre outros.
“Hoje está sendo feita oficialmente a conversão da minha união estável com o João em casamento civil, gerando as consequências legais que estabelecem direitos e deveres. Vejo como uma conquista para a inclusão da cidadania plena, dar mais conforto e segurança para a realização dos nossos projetos pessoais”, disse Nascimento.
Com a sentença, os dois terão o seu estado civil alterado de solteiro para casado. Entre os muitos benefícios dessa conversão, está o direito ao plano de saúde institucional do companheiro militar Silva. Ele será o primeiro militar da Marinha do Brasil a ser oficialmente casado com uma pessoa do mesmo sexo. O caso abre precedente para que outros casais do Rio de Janeiro busquem os mesmos direitos e deveres.
“Para a gente, traz um novo momento simbólico para a cidadania LGBT no país. Esse precedente abre espaço para gerar direitos coletivos”, afirmou Nascimento.
Para os recém-casados, a cerimônia abre um caminho para a comunidade gay na busca de seus direitos. “Que venham outros casamentos gays. O reconhecimento do direito é o reconhecimento do amor, e que não sofra violência e não seja perseguido. A intolerância ainda existe, mas hoje temos uma grande vitória”, afirmou.
O casal já pensa em futuramente adotar uma criança, mas ainda “é um passo mais a frente, ainda não está planejado”, segundo Silva. A decisão da conversão em casamento civil confere ao casal o direito de ter a dupla paternidade em caso de adoção.
O casal convidou amigos e militantes da causa, como coordenadores dos Centro de Referência da Cidadania LGBT da Baixada Fluminense. O secretário do Ambiente do Rio e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio, Siro Darlan, marcaram presença como padrinhos.
A assinatura do casamento oficial terá validade retroativa à data de 11 de setembro de 2010, quando o casal firmou a sua união estável por intermédio de declaração registrada de convivência homoafetiva no Parque Lage, no Rio de Janeiro.


Outros casamentos
O professor Toni Reis, de 46 anos, e o tradutor David Harrad, 53, foram um dos primeiros casais do país a oficializar a união após a decisão do Supremo Tribunal Federal, em 5 de maio. No dia 10, Toni, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) pode reconhecer a sua união com o inglês depois de 21 anos juntos, em Curitiba.
Antes, os casais homossexuais só podiam registrar sua união como ‘homoafetiva’, sob a forma de um contrato de sociedade. O que Toni e David já tinham feito em 2004, mas o reconhecimento de família só podia ser feito pela via judicial.
No dia 22 de junho, uma cerimônia reuniu 43 casais gays no Rio de Janeiro para participar da primeira cerimônia coletiva de união homoafetiva no Rio de Janeiro. A celebração foi realizada no auditório do Programa Estadual Rio sem Homofobia, no prédio da Central do Brasil, no Centro do Rio.
Esta foi tida como uma cerimônia histórica que serviria como estímulo para outros casais de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais registrassem suas uniões.
Em 25 de junho, foi a vez de São Paulo que teve o primeiro casamento gay coletivo após decisão do STF quando 10 casais de gays e lésbicas compareceram no salão nobre da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, para reconhecer a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
Já no dia 28 de junho, foi realizado o primeiro casamento homoafetivo civil do Brasil, em Jacareí (SP), após decisão do juiz da 2ª Vara da Família e das Sucessões do município paulista, Fernando Henrique Pinto.
Os noivos, Luiz André de Rezende Moresi e José Sérgio Santos de Sousa, já estavam juntos havia oito anos e viviam sob o regime de união estável desde maio. Eles entraram para a história como sendo o primeiro casal homoafetivo civil oficialmente reconhecido ao conseguirem na justiça o direito de se casar com registro em cartório.
A conversão da união estável em casamento civil ocorreu no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Jacareí. A decisão do juiz do município do interior paulista foi tomada após parecer favorável do Ministério Público de São Paulo.


No Brasil, 60 mil casais gays
Em abril, o Censo 2010 do IBGE divulgou que o Brasil tem mais de 60 mil casais homossexuais. Esta foi a primeira vez que o IBGE contabilizou a população residente com cônjuges do mesmo sexo.
Em termos de proporção, é muito pequena a parcela de casais gays no país face aos mais de 37 milhões de casais formados por pessoas de sexo oposto (de acordo com os resultados preliminares, são 37.487.115 de casais heterossexuais), o que representa 0,15% dos casais a parcela de homossexuais.
A região com mais casais homossexuais é o Sudeste, com 32.202 casais, seguida pelo Nordeste, que soma 12.196 casais.
O Norte é a região com o menor número de casais do mesmo sexo: 3.429, antes do Centro-Oeste, com 4.141. O Sul tem pouco mais de 8.000 casais homossexuais.
Uol Noticias

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

No que se baseia a violência homofobica?





Primeiro em conceitos ultrapassados que tratavam a homossexualidade como homossexualismo, como doença e, portanto, passível de tentativa de cura, todos consideravam o homossexual incapaz de pertencer ao convívio social, surgindo como autodefesa os gays caricatos, que bem ou mal acabavam sendo aceitos como anomalia divertida e viravam personagens de piadas grotescas ou, se disfarçavam na capa da heterossexualidade se casavam e construíam famílias, se frustrando e, aí sim, adoecendo, e desenvolvendo estratégias para suas escapadinhas que muitas vezes não davam certo: ou eram descobertos, ou viviam vida dupla mantendo um relacionamento gay secreto, ou se arriscavam nas mãos dos michês sofrendo agressões, chantagens e contraindo doenças que levavam para o leito conjugal. Outra situação são dos discursos religiosos que impõem ao homossexual o pecado, a impureza e o castigo divino, revestidos de uma dourada capa de piedade prometem a fantasiosa cura nas lavagens celebrais e na negação de ser quem ele é. Passa também pela religião a educação, que na formação intelectual dos jovens, desenvolve o preconceito, instiga o bullying e oprime a criança que mesmo antes de assumir a sua sexualidade, homossexual ou não, percebendo o perigo, ou parte para a guerra e se assume de maneira agressiva ou se tranca no “armário” e cria mascaras, ficando presa a conceitos contrários a si mesmo. Muitos se tornam violentos criminosos homofóbicos ou fanáticos religiosos.
A homofobia passa então, do conceito de medo, para a agressão física e moral, com base quase sempre nos dogmas de religiões fundamentalistas que desafiam a laicidade do país usando a política para manter a opressão, sem se importar com os meios a serem usados sejam pressões ou chantagens, promovendo a deseducação e o desrespeito humano .
É justamente pela educação que vamos conseguir os melhores resultados no campo dos direitos humanos, projetos com “escola sem homofobia” do governo federal, que sofreu recentemente um ataque homofobico com a pressão para que a presidente Dilma suspendesse o kit contra a homofobia, que inclusive havia sido aprovado com louvor pela UNESCO, e os vários projetos desenvolvidos aqui pela UFES, que visam inclusive a preparação de professores para que saibam lidar com a diversidade sexual em sala de aula. Mas isso ainda é muito pouco, o fim da homofobia está na educação que está atrelada a política e a nossa arma é o voto. PENSE NISSO!
Coluna do Phil - Jornal EsHoje 

Hoje Quarta Feira é dia de Praia do Phil na Universitária Fm 104.7 Vitória. Começa as 10 da noite





Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil fez ontem (23) a entrega solene ao presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, do anteprojeto do Estatuto da Diversidade Sexual, durante ato no auditório da entidade. Elaborado com participação de 38 Comissões da Diversidade de Seccionais e Subseções da OAB, o anteprojeto de Estatuto deve ser submetido à sessão plenária de conselheiros federais da entidade em setembro próximo para início dos debates e possível votação acerca das propostas nele contidas, que "consagram uma série de prerrogativas e direitos a homossexuais, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis, trangêneros e intersexuais". Propõe também o reconhecimento das uniões homoafetivas. Se aprovado pelo Pleno, o Estatuto deve ser encaminhado juntamente com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) à apreciação do Congresso Nacional.

Ao conduzir a cerimônia de entrega do Estatuto, o presidente nacional da OAB destacou que a proposta representa mais um marco na história da entidade dos advogados na defesa da dignidade do ser humano. "Este é um momento de muita alegria e de muita responsabilidade para todos nós; independentemente de sermos homens, mulheres, homossexuais, gays ou lésbicas, somos seres humanos e contribuintes que recolhemos nossos impostos, trabalhando de sol a sol para que o Brasil possa melhorar e, por isso mesmo, exigimos igualdade", afirmou Ophir Cavalcante.
Da cerimônia de entrega do anteprojeto participaram também a secretária-geral adjunta do Conselho Federal da OAB, Márcia Machado Melaré; a presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual da entidade e coordenadora da elaboração do Estatuto, Maria Berenice Dias; a deputada federal Érika Kokay (PT-DF); a representante da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Nadine Borges; a presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB de São Paulo, Adriana Galvão, e o presidente da Associação Brasileira GLBT, Toni Reis; além de representantes de diversas entidades da sociedade civil e movimentos de defesa da diversidade sexual.
Gay 1