sábado, 2 de julho de 2011

JUNIOR E ZECA

Depois de Nova York aprovar a união civil entre casais homossexuais, agora foi a vez de Rhode Island aprovar a mesma lei.O texto foi aprovado pelo Senado estadual, com 21 votos a favor e 16 contra, e segue para sanção do governador Lincoln D. Chafee, que já se manifestou a favor da nova lei. O governador deve sancionar a lei nesta sexta-feira, dia 1º, permitindo que a lei entre em vigor imediatamente.
O casal Leandro e Miguel, de Itapetininga, interior de São Paulo, ganharam na Justiça o direito de adotar as cinco crianças que eles já cuidavam há dois anos.

As crianças, todas irmãs, passaram três anos na fila de adoção esperando pela guarda. Agora, a justiça concedeu ao casal a adoção.
Os três meninos e as duas meninas são de uma cidade do Rio de Janeiro e o mais velho tem 10 anos. As crianças estavam em um abrigo deixada pelos pais que alegaram não ter condições de criá-los.
As crianças recebem acompanhamento psicológico, além de todo carinho do casal. Elas terão os sobrenomes do casal que ganhou a guarda definitiva.
Cena G




Relator do processo que concedeu o direito de união estável para homossexuais, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto acredita que o país não pode se omitir nessa questão. “No mundo todo ocidental, há uma tendência de repúdio à homofobia. E o Brasil não poderia ficar de fora desse progresso civilizatório”, disse ontem ao Correio, após participar de um debate sobre o tema promovido pela Universidade de Brasília (leia entrevista abaixo). O auditório da Faculdade de Estudos Sociais Aplicados ficou lotado.

O pensamento de Britto vai de encontro ao que propõe o Projeto de Lei nº 122, de 2006, que altera a Lei nº 7.716, de 1989, conhecida como Lei do Racismo, além do parágrafo 3º do art. 140 do Código Penal para que a discriminação em função de orientação sexual e identidade de gênero seja considerada crime (veja Para saber mais). A medida teve a redação alterada algumas vezes para minimizar atritos com parlamentares contrários a ela. A atual relatora do projeto é a senadora Marta Suplicy (PT-SP). Se for aprovada, a norma tornará passível de detenção e multa quem cometer práticas discriminatórias contra gays, lésbicas, travestis, transgêneros e transexuais.
O ministro esteve ontem no derradeiro debate da Semana de Direito e Gênero, organizada pela Faculdade de Direito da UnB. Dividiram a mesa com ele o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), a doutora em psicologia Tatiana Lionço e a mestranda em antropologia Mariana Cintra. Ayres Britto era a figura mais aguardada do dia e a fala dele foi aplaudida em diversas ocasiões. Ele voltou a endossar a decisão do STF quanto à união de pessoas do mesmo sexo. “Quem é que está perdendo? Quem é que está tendo os seus direito subtraídos? Os heterossexuais não vão continuar do mesmo jeito? Por que proibir os direitos dos homoafetivos?”, reiterou o magistrado.
Para ele, a decisão é a prova de que os assuntos de afeto passaram a integrar a pauta da Justiça brasileira. “Finalmente, o Poder Judiciário começa a entender que o afeto também é uma categoria jurídica. A Constituição fala do pensamento, do sentimento e da criação artística, de religiosidade e agora estamos compreendendo que, sem afetividade, não pode haver efetividade da Constituição.”


Perdão
O uso de argumentos científicos para justificar discursos homofóbicos e o mau uso da palavra, principalmente por parte de fundamentalistas religiosos, foram os temas escolhidos pela psicóloga Tatiana Lionço. “O discurso da degeneração e da anormalidade, do ponto de vista científico, não se sustenta mais. Ele só se sustenta do ponto de vista religioso. A eles eu digo: ‘Perdoai, eles não sabem o que dizem’”, defendeu. A antropóloga Mariana Cintra lembrou que, apesar de os homens serem alvos mais frequentes, mulheres, transgêneros e travestis também são alvos constantes de agressão.


Pressão por legislação
O deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ) reconhece as conquistas sobre a união entre pessoas do mesmo sexo, mas nem por isso deixará de militar para que o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) seja convertido em lei. Ele sabe que a tarefa será árdua. “A decisão é um instrumento de combate à discriminação jurídica. Mas ainda não há uma lei, é uma jurisprudência. Para que isso seja acessado automaticamente, o Congresso (Nacional) tem que legislar e, aí mora o problema, porque o Congresso é formado por uma maioria conservadora. A única maneira de mudar a face da Casa é ampliando a consciência política sobre o assunto”, avaliou ontem em seminário realizado na UnB.
Parte da consciência a que se refere é a educação de respeito às diferenças em uma sociedade pluralista. Daí, a necessidade de desfazer conceitos distorcidos e lutar contra a discriminação. “O homossexual, para se assumir, precisa reinventar a si mesmo para driblar a homofobia cultural e conceitual introjetada nele mesmo. Precisamos de uma transformação nas regras para criar um mundo onde há respeito a todos.”
Nesse contexto, está inserida a UnB. Atualmente, a comunidade acadêmica está em plena discussão sobre a criação de um programa de combate à homofobia dentro da instituição. Uma das propostas levantadas nas plenárias é que a UnB redija o próprio material educativo contra a discriminação a lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros.
São muitas as denúncias de perseguição e agressão a estudantes em função da orientação sexual. Para o deputado federal Jean Wyllys, a iniciativa da cartilha é salutar. “Acho maravilhoso. É lamentável que um aluno entre na universidade e não desconstrua os seus preconceitos. Esse aluno é uma cavalgadura que nem sequer merece estar na universidade. Ninguém é obrigado a amar o homossexual, mas a discriminação e a perseguição são inadmissíveis”, disse.


Atraso de 10 anos
O Projeto de Lei (PL) nº 122 tem origem no PL nº 5003, de 2001, apresentado pela então deputada petista Iara Bernardi. O texto estipulava punições para quem cometesse discriminação em função de orientação sexual. Depois deles, outros projetos semelhantes surgiram e foram unificados para facilitar a tramitação. Em 2006, com nova redação, a norma foi aprovada pela Câmara dos Deputados e encaminhado ao Senado Federal. Ele prevê alteração na Lei do Racismo para que a discriminação por opção sexual seja considerada crime, assim como acontece com raça e cor. Desde então, a proposta passou pelas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Assuntos Sociais (CAS) e atualmente está na Comissão de Direitos Humanos da Casa. Sob forte pressão da bancada evangélica e católica, o texto sofreu alterações. Entre 2008 e 2010, o projeto não teve o andamento esperado na Casa, mas em 2011 foi resgatado pela senadora Marta Suplicy (PT-SP). Ela proporá alteração no texto para que não seja considerado crime “a manifestação pacífica de pensamento fundada na liberdade de consciência e de crença”.


Três perguntas para - Carlos Ayres Britto


Como o senhor avalia a decisão do STF sobre a união estável homoafetiva, que teve imensa repercussão?
Acho que o Supremo interpretou muito bem a Constituição. E o fez à luz dos seus princípios mais importantes.


Mas há quem diga que o Supremo atropelou o Poder Legislativo. O senhor concorda?
Não usurpou função legislativa, porque não lhe cabe fazer as vezes de legislador. Ao promover a inclusão comunitária do segmento homoafetivo do nosso país, o fez conciliando rigorosamente o direito constitucional e o humanismo. Eu fico muito feliz.

O que o senhor pensa sobre a criminalização da homofobia?
No mundo todo ocidental, civilizado, arejado mentalmente, há um repúdio à homofobia. E o Brasil não poderia ficar de fora desse progresso civilizatório.
Gay 1




Aos poucos um personagem vem ganhando espaço na novela Insensato Coração. O bonitão Eduardo, interpretado pelo ator Rodrigo Andrade, se entregará a um romance homossexual que vai balançar as estruturas de muita gente. No início da trama, ele namorava Paula (Tainá Muller), mas vai embarcar em uma história de amor com o seu professor da academia, Hugo (Marcos Damigo).

Em entrevista, o ator diz que tem um motivo especial para combater a homofobia. Em uma dessas loucuras do destino, há 15 anos, a sua família viveu um drama justamente por conta do preconceito. Rodrigo teve um primo assassinado porque era homossexual. “Um rapaz chegou perto dele e falou que não poderia ter gay no bairro em que moravam. Quando meu primo saiu, levou um tiro nas costas. O marginal foi preso, mas depois saiu da cadeia e ainda passou na frente da casa da minha tia, que perdeu o filho pelas mãos dele, e falou piadinhas”, conta.
Aos 27 anos, paulista, nascido em Franca, declara-se hetero e namora a estudante Mellina Torres há seis meses, mas garante estar preparado para o desafio de mostrar uma história de amor entre dois homens da forma mais carinhosa possível.
Gay 1





Um dos mais respeitados médicos do Brasil, Dráuzio Varela se manifestou nesta semana contra a opressão vivida por quem não tem a heterossexualidade como orientação sexual. Em artigo publicado em seu blog, ele relembra que a homossexualidade é encontrada em várias outras espécies animais, mas recriminada apenas na humana.

Em um texto que prega o fim da intolerância, Dráuzio diz que “considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas rigorosas”. E continua: “a sexualidade não admite opções, simplesmente é. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais”.
O médico lembra ainda que “mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países fazem com o racismo”.
Mix Brasil
Já começou a divulgação para a Marcha Pelo Estado Laico, que vai ser realizada em São Paulo no dia 31 de julho, um domingo, a partir das 14h, com concentração no MASP, na Avenida Paulista. O objetivo é protestar contra a constante interferência da religião nas decisões do Estado.

A Marcha vem para protestar contra ações como a do juiz de Goiânia Jeronymo Pedro Villas Boas, que anulou uma união estável entre pessoas do mesmo sexo e disse que "agiu por Deus". É para levar bandeiras, faixas, cartazes, guarda-chuva do arco-íris e tudo mais que caiba em um protesto.
MixBrasil


sexta-feira, 1 de julho de 2011


Em nome do pai, em nome do filho...! Veja em quém você tá votando!

Depois de saber que o pai foi absolvido pela Comissão de Ética da Câmara, o filho de Jair Bolsonaro (PP-RJ), o vereador Carlos Bolsonaro (PP-RJ), foi ao Twitter comemorou com a seguinte frase:

"Chuuuuuupa viadada. Viva a liberdade de expressão. Parabéns
Cena G
Além das 4 milhões de pessoas que tomaram conta da avenida Paulista neste domingo durante a Parada Gay, outro fato chamou a atenção: pendurados nos novos e belíssimos postes de iluminação, cerca de 50 cartazes com santos musculosos e o slogan "Nem santo te protege. Use camisinha" alertavam para a importância do uso de preservativos na relações sexuais.

As imagens, feitas pelo fotógrafo Ronaldo Gutierrez, foram doadas para a APOGLBT (Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo) e causaram polêmica com a Igreja Católica. O cardeal Odilo Scherer chegou a comentar que os cartazes "ofendem profundamente e ferem o sentimento religioso do povo". "O uso debochado da imagem dos santos é ofensivo e desrespeitoso, o que nós desaprovamos", disse o cardeal.
Em entrevista exclusiva ao site A Capa, Ronaldo Gutierrez explica que sua intenção não foi causar atritos com a igreja e, sim, "fazer algo de bom para as pessoas". O fotógrafo chegou a receber e-mails com ameaças, mas diz que já esperava por essa reação negativa. Leia a seguir.


Como surgiu a ideia da campanha?
Sempre fui fascinado pela arte sacra e, apesar de não ser católico, gosto dos santos, li suas biografias e cheguei até a estudar a bíblia durante muitos anos. As histórias são cativantes. Juntei a isso meu gosto por pinturas e fiz esse trabalho para mim mesmo. A campanha surgiu depois, o Eduardo Lima (do Guia São Paulo de Bolso) entrou em contato com a APOGLBT e eu liberei o uso para eles. Gostei da ideia e cedi todos os direitos gratuitamente, e todo e qualquer dinheiro que entrar com essa campanha será doado a ONGs que ajudam pessoas carentes.


Quantos cartazes foram produzidos e quanto custou a campanha?
Bom, para ser sincero não sei, falaram que iriam produzir 50 cartazes além das camisinhas, mas pelo que pude ver na Parada esse número foi maior. Quanto aos custos, realmente não sei, deixei tudo isso nas mãos deles. Como não teria nenhum ganho financeiro com isso, nem me preocupei com custos, queria realmente fazer algo de bom para as pessoas.


Você disse que pesquisou sobre a imagem de santos para realizar as fotos. Como ocorreu essa pesquisa?
Pesquiso arte sacra há muitos anos, sempre vou a museus e igrejas e, na Europa, visitei todas as grandes igrejas. Especificamente para essas imagens, pesquisei antes na internet para depois começar a pensar em cada imagem de santo.


O cardeal dom Odilo Scherer chegou a comentar que as imagens "ofendem profundamente" a Igreja Católica. Você está sendo ameaçado de alguma maneira?
Não é bom ouvir na TV e ler nos jornais pessoas dizendo que você as está ofendendo, quando minha única intenção era ajudar. Venho recebendo algumas mensagens pesadas, que machucam. Mas já esperava por essa reação negativa...


Por que mexer num tema tão espinhoso como a religião?
Não é com a religião que estou mexendo, é com as pessoas que dizem que mandam nela. Como disse, acho a vida dos santos um exemplo de bondade e amor ao próximo, mas não é isso que vejo naqueles que comandam. Sei que a grande maioria dos católicos é formada por gente muito boa e que quer ajudar. Outros, infelizmente, aqueles que detém os meios de comunicação, são preconceituosos e ignorantes.


Você pretende expor as imagens em outros espaços?
Adoraria expor esse trabalho em algum lugar que respeitasse a ideia, mas por enquanto não posso, precisaria de um patrocínio para fazer isso. Não ganhei absolutamente nada com essas imagens, fiz realmente por achar que seria bonito e as pessoas gostariam de ver. Se eu conseguisse quem patrocinasse, faria a exposição com o maior carinho.
A Capa


Está no auge a polêmica envolvendo a ex-atriz Myriam Rios. Como já é de conhecimento público, a deputada estadual (PDT-RJ) proferiu um discurso onde defendeu o direito de demitir funcionários homossexuais, além de relacionar perigosamente os gays com atos de pedofilia e crime.

A situação surpreendeu a mídia e a classe artística, além de chocar toda uma geração, de pessoas entre 30 e 45 anos, que cresceram assistindo com simpatia à atuação da então atriz Myriam na TV. A imagem pública dela sempre foi agradável, e ela chegou a ser chamada por Caetano Veloso de "a primeira-dama da MPB" - obviamente, por ter sido esposa de Roberto Carlos durante dez anos.
Para entender Myriam Rios, é preciso conhecer sua história. Nascida em Belo Horizonte no final de 1958, ela iniciou carreira artística ainda adolescente. Em 1976, com 17 anos, venceu um concurso de novas atrizes no programa de TV de Moacyr Franco, na Rede Globo.
Logo estava na novela "O Feijão e o Sonho", no mesmo ano, exibida pela emissora às 18h. Myriam e Lídia Brondi interpretavam as filhas adolescentes do casal protagonista. Sua carreira como atriz de TV começou a crescer. Ela atuou nas novelas "Escrava Isaura" (1976/77), "Duas Vidas" (1976/77), "Sem Lenço Sem Documento" (1977/78), "Pecado Rasgado" (1978/79), "Memórias de Amor" (1979), "Marrom Glacé" (1979/80), "Coração Alado" (1980/81) e "O Amor é Nosso!" (1981).
A essa altura, ela já era um rosto conhecido no Brasil. E um corpo também - afinal, posou nua para as revistas "Lui" (em 1978) e "Ele & Ela" (duas vezes, em 1979). Outra razão de sua fama aumentar foi, claro, o relacionamento com Roberto Carlos. O cantor chegou, inclusive, a comprar das editoras os direitos sobre esses ensaios fotográficos, para impedir a republicação das fotos.
Atualmente, tais revistas valem ouro em sebos - mas em compensação, LPs de vinil com coletâneas estilo "Disco Hits 76" custam R$1, e em pelo menos duas delas Myriam posa na capa: seminua, contracenando com uma motocicleta (foto).
No livro "Roberto Carlos em Detalhes" (de Paulo César de Araújo, publicado em 2006 e recolhido das livrarias por ordem judicial, a pedido do próprio Roberto Carlos), o autor fala sobre a relação da atriz com o Rei. O namoro começou em 1978, e tornou-se público no ano seguinte. Eles se casaram no final dos anos 70. Myriam tornou-se uma espécie de "Lady Di" brasileira, e passou a acompanhar o marido em turnês, shows e camarotes de Carnaval.
Como ela mesma mencionou, Roberto solicitava a presença da esposa ao seu lado, priorizando a própria carreira dele. E assim ela fez: em 1981, foi anunciado que a novela "O Amor é Nosso!" seria sua despedida da profissão.
Apesar disso, ao longo dos anos 80 ela voltou a aparecer: atuou nos filmes "A Filha dos Trapalhões" (85, com o quarteto humorístico) e "Banana Split" (87, onde fazia uma moça meio "piranha", no início dos anos 60), e nas novelas "Tititi" (85/86) e "Bambolê" (87/88) - em ambas, contracenando com o ator Paulo Castelli, já que Roberto Carlos só confiava no rapaz para fazer cenas de beijos com sua então esposa.
Também foi apresentadora do musical "Globo de Ouro", ao lado do falecido Lauro Corona (1957-1989). O que pensaria Lauro, se estivesse vivo, da atual opinião de Myriam sobre os gays?
Em 1989, Myriam se separou de Roberto Carlos. Novamente, como ela declarou no livro citado, estava se sentindo frustrada, pois queria ter filhos, mas o Rei não concordava. Queria retomar sua carreira de vez, e ele também era contra.
Uma vez separada, ela tentou voltar à tona. Atuou na minissérie "Floradas na Serra" (91, na extinta TV Manchete) e "Irmã Catarina" (96, na CNT, interpretando uma freira). Conseguiu voltar para a Globo, onde atuou em "Era Uma Vez..." (98), "Aquarela do Brasil" (2000) e "O Clone" (2001, atualmente em reprise no "Vale a Pena Ver de Novo").
Ao longo desse período, conseguiu enfim ter filhos: um com o médico Edmar Fontoura, e outro com o ator André Gonçalves - com quem contracenou em "Era Uma Vez..".
Aí viria a mudança: em 2002, converteu-se à Renovação Carismática Católica, entrando assim para o time de ex-atrizes dos anos 70 e 80 que seguem o mesmo trajeto: posam nuas, fazem filmes "ousados", atuam na TV, e depois que são desprezadas pela mídia, vão buscar refúgio em religiões austeras e repressoras, e algumas viram até bispas, pastoras e pregadoras. Exemplos: Darlene Glória, Simone Carvalho, Leila Lopes (1959-2009), Luíza Tomé...
Depois de se converter, Myriam passou a atuar em prol da religião. Apresenta programas de TV, rádio e internet da comunidade Canção Nova, lançou CDs com material religioso, e o livro "Eu, Myriam Rios", de 2006 - editado também pela empresa Canção Nova.
Foi eleita deputada em outubro de 2010, com o apoio de uma votação expressiva coordenada por Wagner Montes - também ele, figura dos anos 70 e 80, ex-ator, ex-jurado do "Show de Calouros" do SBT, atualmente apresentador de TV, e que costuma também disparar opiniões bastante retrógradas.
Enfim, depois de todo esse histórico, fica mais fácil entender o disparate atual de Myriam Rios, uma ex-celebridade que volta à mídia de forma pouco louvável. Vale lembrar que o vídeo no YouTube com Myriam Rios fazendo o seu discurso homofóbico, além de tudo, impede os usuários de postarem comentários. Mais uma atitude despótica das mídias religiosas, que pregam a liberdade de direitos e de expressão para todos, menos para aqueles que querem criticá-las. É a velha história: todo mundo é livre, desde que seja a favor deles.
A Capa
Já está definido qual ator irá interpretar o personagem que será vítima fatal de um ataque homofóbico em "Insensato Coração". Não será nenhum dos personagens gays que já estão na trama e, sim, um novo personagem que deve entrar nos próximos capítulos.

O escolhido foi o ator Miguel Roncato, que fez sua estreia na TV na novela "Passione", no papel de Alfredo. Miguel atualmente está no ar no quadro "Dança dos Famosos" do programa "Domingão do Faustão".
Na cena, seu personagem será atacado por um grupo de pitboys e acabará morrendo em decorrência dos ferimentos da agressão.
A Capa

Pense nisso!

A confiança do ingênuo é a arma mais útil do mentiroso.
Stephen King

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Conselho de ètica? Quanta impunidade!

O deputado Jair Bolsonaro foi inocentado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Para a Comissão, a atitude do parlamentar não feriu o decoro parlamentar.
Jair Bolsonaro respondia por três processos: no primeiro ele era acusado de ter ofendido a senadora Marinor Brito durante a Comissão de Direitos Humanos do Senado, que discutia o PLC 122/06; o segundo processo dizia a respeito a um panfleto que atacava o "Kit Escola Sem Homofobia" - na acusação, dizia-se que Bolsonaro tinha utilizado dinheiro público para produzir o material; e o terceiro processo dizia respeito à entrevista do parlamentar ao programa "CQC", onde ele ofendeu a cantora Preta Gil e era acusado de racismo.
Cena G
Pense bem! Com o seu voto você pode ser mais ético que esse conselho. Não vote em politicos nazistas.

Pense nisso!

Não importa o que o passado fez de mim. Importa é o que farei com o que o passado fez de mim.
Jean-Paul Sarte



O Festival MixBrasil de Cinema da Diversidade Sexual – um dos maiores do mundo neste segmento – promove, em parceria com a Fnac e com a Prefeitura do Rio, uma mostra gratuita de curtas e longas metragens que vai passar pelas cidades de Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro nos próximos dias.



Em Brasília e Curitiba, será apresentada uma seleção de 15 curtas nacionais que fizeram parte da 18ª edição do festival.


Fnac Brasília – dia 30, às 18h


Apresentação do jornalista André Fischer, curador do festival


Fnac Curitiba – dia 30, às 18h

No Rio de Janeiro, os filmes serão exibidos dentro da programação da Semana Carioca da Diversidade.


Sexta-Feira - 01/07

21h - Dzi Croquetes
O documentário brasileiro mais premiado nos 02 últimos anos.


Sábado - 02/07


19h - Competitiva Brasil I
Seleção de curtas nacionais premiados no festival de 2010.
Filmes: Eu não quero voltar sozinho / Handebol / Eu e o cara da Piscina / Aviário / Luz


21h - Sexy Boys
Uma mostra dos mais novos e “apimentados” curtas LGBT mundiais.
Filmes: Síndrome de Gogo / Cai Cai Balão / Depois de Klara / Revelação Explicita / Duelo / Stephen faz a festa / Vapor / Crepúsculo em Tel-Aviv


Domingo - 03/07


19h - Competitiva Brasil II
Filmes: Bailão / O Capitão chamava Carlos / Não me deixe em casa / O Bolo; Mais ou Menos


21h - Como Esquecer
Com Ana Paula Arosio, Murilo Benicio e Natalia Lage.

Todos os filmes serão exibidos no Planetário da Gávea, na Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100 - Gávea - Tel. 2274-0046
MixBrasil

Luisa Marilac no Programa Provocações - Parte 1/3

Luisa Marilac no Programa Provocações - Parte 2/3

Luisa Marilac no Programa Provocações - Parte 3/3