quarta-feira, 2 de março de 2011

VIVA JEAN WYLLYS.

Jean Wyllys (Psol-RJ) fez nesta quinta-feira seu primeiro discurso como deputado federal. Na tribuna da Câmara dos Deputados, com um símbolo com as cores do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) na lapela, falou de sua história de vida, excluindo a participação no reality show Big Brother Brasil. Entre suas prioridades no Congresso Nacional, o deputado citou a legalização do casamento civil entre homossexuais.

Jean Wyllys disse que está reestruturando a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT e que busca assinaturas para uma proposta de emenda constitucional que assegure o direito dos homossexuais ao casamento civil. Afirmou ainda esperar que sua história mostre às minorias que "todo cidadão tem direito a participar das políticas que afetem seu bem-estar".
"Durante a campanha eleitoral eu disse que o norte do meu mandato seria a promoção da justiça social e a defesa dos direitos humanos, o que inclui a defesa dos direitos das mulheres, das crianças e adolescentes, idosos, negros, adeptos das religiões de matriz africana, e a defesa dos direitos e liberdades civis de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais que veem em mim o seu primeiro representante legítimo no Congresso Nacional", disse.
Durante o discurso do deputado Jean Wyllys, a sessão da Câmara era presidida pelo deputado Luiz Couto (PT-PB), padre ligado aos movimentos sociais. Ao final do pronunciamento, Couto ressaltou que a luta pelos direitos humanos "é de todos".


Casamento homossexual
Aos jornalistas, logo após o discurso, o Jean voltou a defender o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. "Não estamos tratando de matéria religiosa. Quando as pessoas confundem a opinião pública confundindo casamento o civil com o religioso, elas querem solapar a cidadania das minorias. Não estamos pleiteando o casamento como sacramento em nenhuma igreja, nem na Igreja Cristã Católica nem na Igreja Evangélica. Estamos pleiteando um direito civil que deve ser assegurado a todo mundo", disse.
O deputado do Psol ressaltou que a ausência do direito não impede a existência do casal. "Por uma questão de justiça, o direito tem que ser estendido. Se nós pagamos os mesmos impostos, obedecemos às leis, temos que ter os mesmos direitos civis", afirmou. "O casamento assegura o direito de constituir família. A gente tem que pensar na realidade concreta. A família do comercial de margarina não existe, ou existe ao lado de outras tantas famílias", concluiu.
Gay 1

Nenhum comentário:

Postar um comentário