Política sem
Homofobia
Com as agressões homofóbica na Av. Paulista, ficou
mais evidente o perigo do preconceito que ronda a nós homossexuais. A violência assusta, coage, intimida e se fortalece na impunidade.
Em Vitória, como já foi denunciado pelo ES Hoje, vários
casos de crimes homofóbicos ficam sem solução e são desqualificados, o que confunde as estatísticas, e nos leva a
pensar em um número muito maior do que o anunciado. Na semana passada uma
travesti foi brutalmente assassinada ao lado de uma igreja evangélica em Vila
Velha e até agora não temos pistas dos criminosos. Crimes que fazem o contraste brasileiro:
temos a maior Parada Gay do mundo (SP), um dos mais atuantes movimentos pró- cidadania
LGBT, e somos os recordistas em violência homofóbica.
Mas se a impunidade incentiva a delinqüência, o discurso
intolerante justifica o desrespeito. Alguns parlamentares usam dos seus
mandatos para agredirem verbalmente os
homossexuais. Muitos religiosos
fundamentalistas como Silas Malafaia, fazem de seus comícios, verdadeiros incentivos ao sexismo. O pré-
candidato Antony Garotinho, sem justificar as falcatruas do seu governo, usou
a sua inflamada homofobia para tentar apoio a sua campanha para governador do estado. Também o senador Magno Malta, alegando não ser homofóbico, sempre prega o ódio aos homossexuais em nome de
Jesus.
A falta de uma lei clara que definitivamente qualifique e
puna a homofobia, continua sendo uma brecha na luta contra essa situação, o PL 122/06
que trata do assunto, apesar de ter sido
aprovada pela câmara federal, empacou no senado por força do dissimulado apoio
que esse tipo de preconceito vem recebendo
de alguns senadores que, demonizaram a lei de forma demagógica, sem se importarem que o mal está realmente na
promoção do crime e na benção ao criminoso.
Muito cuidado na hora do seu voto, analise o currículo de
seu candidato, ouça o que ele diz e perceba o que há de verdade por trás, até
onde ele está de acordo com os direitos
humanos, com a construção da cidadania e com o verdadeiro sentido humanitário. A violência nas ruas é fruto da desinformação,
é preciso mudar esse cenário, vamos limpar o preconceito e a intolerância de
qualquer espécie da nossa política, abrace essa causa e seja também um soldado
na luta pela “Política sem Homofobia”.
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