segunda-feira, 18 de abril de 2011

O travesti Divine morreu asfixiado no dia 8 de março de 1988 em um quarto do hotel Regency Plaza, em Los Angeles, costa oeste dos Estados Unidos, aos 42 anos de idade. Na época, disseram que ele poderia ter sido assassinado.

Até 1967, Divine ainda atendia pelo nome de Harris Glenn Milstead e vivia em Baltimore. Maryland, na costa leste do país. Foi o diretor “trash” Jon Waters que o tirou do anonimato e o transformou em um sério concorrente ao título da “mais asquerosa pessoa viva” (tema usado no filme “Pink Flamingos”, em 1972). Waters deu a Milstead o novo nome e o levou para os círculos underground de Los Angeles e Nova York. O nome Divine foi tirado de um personagem criado pelo francês Jean Genet na peça “Nossa Senhora das Flores”.
Desde sua primeira associação com o diretor, no filme “Eat Your Make-up” (fariam outros oito filmes juntos), Divine personificou com seus mais de 150 kg o lado mais podre do sonho americano. Vulgar, repugnante e “camp”, suas atuações eram odes ao mal gosto.
Na mais antológica cena de “Pink Flamingos”, Divine caminha até que vê um cachorro defecando. Se abaixa, apanha um pouco das fezes do animal e volta a caminhar, saboreando a guloseima. O filme ficou quatro anos em cartaz em Nova York. Divine fez escola e conseguiu até imitadores. No Brasil, ele se chamava Laura de Vison e morava no Rio.
Do próprio bolso

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