segunda-feira, 30 de maio de 2011

Os professores da rede pública de Minas Gerais têm à disposição desde 2008 um curso de formação sobre questões relacionadas à homofobia. O projeto, chamado de “Educação sem Homofobia”, é financiado em parte pela Secad/Mec (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação). Foi desenvolvido pelo Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) da Universidade Federal de Minas Gerais (Nuh/UFMG).

O programa está inserido nas diretrizes do "Brasil sem Homofobia", criado em 2004 pela Secretaria de Direitos Humanos – os demais ministérios, como o MEC, são responsáveis por colocar em prática as ações previstas. É deste programa que faz parte também o Escola sem Homofobia, responsável pela criação do kit vetado pela presidente Dilma na quarta-feira (25).
Para Marco Aurélio Prado, coordenador do Nuh/UFMG, as recentes discussões em torno do kit anti-homofobia "estão atrasadas". "Muitas universidades federais têm programas que tratam do combate à homofobia nas escolas. Já temos material muito melhor do que esse kit, feito por pesquisadores da área de educação", afirmou Prado.
O nome oficial do curso promovido pelo Nuh/UFMG é Formação de Profissionais da Educação para a Promoção da Cultura de Reconhecimento da Diversidade Sexual e da Igualdade de Gênero. Segundo o coordenador, o programa já formou aproximadamente 500 professores da rede pública. No último ano eles atuaram em seis municípios mineiros.
Em nove meses de curso, é desenvolvida uma série de atividades, como aulas, oficinas e visitas a ONGs. Ao final, cada professor desenvolve projetos nas escolas de acordo com o que aprendeu.
O núcleo desenvolve vídeos, apresentações em slides para as aulas e jogos didáticos sobre diversidade sexual. Esse material é utilizado no curso aos professores e podem ser apresentados também em sala de aula. Veja o conteúdo produzido no site do projeto.
Veja o vídeo em um mundo onde todo mundo é homossexual, um menino e uma menina se apaixonam. Nessa realidade trocada, estes dois héteros têm de enfrentar os preconceitos e discriminações que LGBTs enfrentam no nosso mundo real.
Vídeos falam sobre travestis
Os vídeos produzidos até agora pelo Nuh/UFMG falam sobre travestis e transexuais, que, segundo Prado, estão os mais excluídos da vida escolar. Estão em produção vídeos mais curtos sobre lésbicas, homossexuais masculino e experiências de professores em sala de aula relacionadas com o tema.
A produção dos vídeos também contou com o financiamento do Prêmio LGBT Cultural 2009, do Ministério da Cultura, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Gay 1

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