quarta-feira, 4 de abril de 2012

A profissão de drag queen ganha cada vez mais seriedade, tendo até cursos profissionalizantes pelo país.

O Sesc da cidade de Santos tem um curso de capacitação de drags gratuito viabilizado por intermédio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
O curso tem 23 alunos inscritos e conta com homens, mulheres e até um casal. São 8 horas de aulas por semana, que incluem técnicas em maquiagem, dança, canto e interpretação.
Os 23 inscritos foram avaliados por 30 dias e agora no início de abril, os professores selecionarão oito homens e quatro mulheres para seguir para a próxima etapa, que será realizada numa universidade de Santos.
A ideia é que as 12 drags escolhidas montem uma peça de teatro no segundo semestre. O espetáculo, que será uma espécie de conclusão de curso, deve parodiar o filme "Priscilla - A Rainha do Deserto" e percorrer os teatros da baixada santista.
O idealizador do curso é Zecarlos Gomes, ator e bailarino que dá vida a drag Sheyla Müller. "Ao frequentar essas baladas, eu via um pessoal competente, mas sem instrução nenhuma. Os personagens eram pobres pela precariedade do figurino, da maquiagem", diz ele ao portal G1.
Alexia Twist, uma das mais competentes do meio, que faz parte do elenco da Blue Space, diz que as aulas são importantes sim. "Eu recorria às roupas da minha mãe, e misturava com pedaços de tecidos comprados em lojas da rua 25 de março, em São Paulo. Sem instrução, é complicado ter noção do próprio rosto para esconder as formas masculinas e assumir a versão mulher".
"Sonhava em me montar, mas não sabia nem por onde começar e tinha medo de ficar horrível. Não quero ser caricato, quero ser bela e arrasar", conta Ricardo Ornellas, um dos alunos do curso.
Os meninos e meninas estão de olho nesse novo nicho de mercado, onde drags famosas do país chegam a ganhar 10 mil reais por mês.
A Capa

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