Natal! Que desejar, sendo sincero,
a alguem que considero? Peço então
que aquelle homem do sacco vermelhão
penetre no buraco, dizer quero...
Da sua chaminé! Que ganhe, espero,
algum peru carnudo e, pelo vão,
lhe venha a pomba! Vão das pernas? Não!
Da telha! E agoure sorte á hora zero!
Emfim, neste Natal, eu lhe desejo
esguichos, gritos, risos! Fique claro,
refiro-me à champanhe! E vale o ensejo:
Pendure a meia usada! Assim, meu caro,
que a noite escurecer, eis o que almejo:
trocar por nova, e um mimo eu ganho ao faro!
* Com dezenas de livros publicados, Glauco Mattoso é poeta, escritor e foi colaborador do jornal gay "O Lampião da Esquina"
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