sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os 24 Gongos de 2010 - o que rolou de uó neste ano que termina


Acidentes, xoxos, saias justas... MixBrasil faz lista dos 24 fatos que devem ser esquecidos O Mix fez uma seleção com os 24 gongos do ano. Na lista você encontra personalidades, eventos e fatos ocorridos em 2010 que merecem nosso esquecimento. Confira a lista e gongo neles!!!


Ofner
A filial dos Jardins da bem frequentada doceria paulistana foi acusada de inibir no fim de novembro manifestação de carinho entre um casal de homossexuais. A direção da doceria tentou amenizar a situação e dizer que não é homofóbica, mas a Ofner acabou ganhando um beijaço gay a sua porta poucos dias depois, com direito á presença de Leão Lobo e do CQC Rafael Cortez.


General Raymundo Nonato Cerqueira Filho
Nomeado ao Superior Tribunal Militar (STM) em março, disse que homossexuais não são capazes de comandar tropas militares. “O soldado, a tropa, fatalmente não vai obedecer (o homossexual). Está sendo provado, na Guerra do Vietnã, têm vários casos exemplificados, que a tropa não obedece normalmente indivíduos desse tipo.”


Silvio Berlusconi
Dono das comunicações em seu país, a Itália, o primeiro-ministro teve sua imagem sujada em todo o mundo por (mais) um escândalo sexual. Questionado sobre o bafo, foi mais infeliz ainda e disse que “é melhor gostar de mulheres bonitas que ser gay”.


Marcelo Dourado
Ele venceu o reality show BBB10 sendo a figura mais homofóbica já vista na história do programa. Disse que “hétero não pega AIDS” e serviu como líder e inspiração para milhares de jovens homofóbicos fundarem grupos e comunidades virtuais – algumas ameaçando de morte o também participante Dicesar Dimmy Kieer.

Homofobia no curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Depois de serem derrotados na eleição da nova diretoria do Centro Acadêmico (CA), alunos enviaram um e-mail aos colegas futuros médicos orientando para que eles atendessem os homossexuais de forma errada. “Caros e futuros colegas, e se, somente se, a solução fosse cada um de nós, sensatos, tomarmos alguma atitude, qualquer atitude, no momento em que essa escória nos procurar para curar suas doenças venéreas, e qualquer demais praga que se alastre por seus corpos nojentos?”, escreveram. Os alunos estão sendo investigados pela direção da Universidade e polícia e podem ser expulsos.


Eleições na Parada de SP
Foi um bafo a noite de votação para escolher a nova diretoria da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo. Na noite de 7 de outubro, o empresário Douglas Drumond questionava as regras para a eleição da diretoria da entidade e foi proibido de entrar na assembléia que acabou elegendo Ideraldo Beltrame como presidente.


Campanha “Deus fez macho e fêmea”
Encabeçada pela Assembleia de Deus do Rio de Janeiro, a campanha espalhou outdoors pela região metropolitana carioca condenando a união entre pessoas do mesmo sexo – lançando mão do argumento criacionista de “o homem foi feito para mulher”. Os outdoors foram pichados com tinta vermelha menos de uma semana depois por um grupo LGBT.


Copas do Mundo no Catar e Rússia
A FIFA escolheu para sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022 dois países considerados homofóbicos. A Rússia é famosa por evitar a todo custo qualquer manifestação militante LGBT. Já no Catar a homossexualidade é crime.




O Parasita
Jornal feitos por acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP) publicou um texto onde o autor classificava a presença de homossexuais como inadmissível e lançava um desafio: ganhava um ingresso para a festa mais tradicional da faculdade quem jogasse fezes em um estudante gay. “Parasita lança um desafio, jogue merda em um viado, que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos. Joãozinho Zé-Ruela.”

Homofobia no alojamento da UFRJ
No fim de setembro, alunos do campus do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro foram acusados por seus colegas gays de serem homofóbicos. Acadêmicos gays faziam a divulgação de um evento contra intolerância quando seus colegas rasgaram o material e ainda disseram que eram “obrigados a conviver com viado morando em frente”.


Eduardo Cunha
O deputado federal do PMDB do Rio de Janeiro apresentou um projeto de lei que é contra a discriminação de pessoas heterossexuais. Ele afirmou que seu projeto se justifica para garantir que as pessoas “normais” sejam respeitadas. “Quando falo normal não quero dizer que eles sejam anormais. Na natureza existe o homem e a mulher, mas não acho que eles sejam anormais. Mas eles representam uma minoria.” A proposta não tem data para ser votada no Congresso.


Ganso
O bonitinho jogador do Santos estava em julho em seu momento de maior fama e glamour quando decidiu abrir seu bico para avisar a todo mundo, de forma orgulhosa, que “não há gays jogando no Santos, graças a Deus”. A militância paulista enviou um pedido de retratação ao jogador e ele se explicou melhor, alegando que não lembrava de ter dito aquilo.


Jair Bolsonaro
É o destaque entre os políticos mais homofóbicos do Brasil. Começou seu ataque dizendo que quando “o filho começa a ficar assim meio gayzinho, leva um couro, ele muda o comportamento dele”. Protagonizou vários debates em canais de televisão, sempre representando a ala conservadora, e agora mira sua arma para o que apelidou de “kit gay”, um material didático sobre diversidade sexual que pode ser distribuído pelo Ministério da Educação.


Universidade Mackenzie
Em um texto oficial assinado pelo reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes, Chanceler da Universidade, a instituição de ensino “manifesta-se contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos”. Menos de uma semana depois da publicação, o Mackenzie ganhou um protesto contra a homofobia bem agitado a sua porta.


Segundo turno das eleições
Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) costuraram acordos dos menos laicos com representantes cristãos fundamentalistas em busca de votos religiosos. Ambos dispararam a opinar sobre a união civil e em um jogo de bate e assopra, se posicionavam a favor, depois contra, e nem sempre conseguiam separar direito civil de religião. O resultado foi uma triste onda de homofobia pelo Brasil todo.


Agressões homofóbicas na Paulista
O palco da maior Parada do Orgulho LGBT do mundo também serviu de espaço para que cinco jovens espancassem um rapaz que disse nem ser homossexual. depois da denúncia, outros casos na mesma região vieram á tona e preocuparam governo, sociedade e iniciativa privada. Os vídeos de segurança de prédios da região registraram os ataques: eles revoltaram o país.


Carlos Apolinário
O vereador democrata da cidade de São Paulo quis vetar a realização da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo na Avenida Paulista. Por meio de projeto de lei, o membro da Assembleia de Deus e dono de rádio evangélica argumentou que, como outras manifestações populares, a Parada deveria ser realizada longe do centro. A proposta nem foi votada.


Beijo gay vetado na Globo (de novo)
A Globo deu um corte seco no que seria um selinho gay _entre dois personagens héteros_ da série Clandestinos. Previsto (e gravado) para ir ao ar numa quinta-feira, 9 de dezembro, a cena foi cortada de forma bem seca. A sequência mostra que o beijo que deveria estar lá era parte central do episódio e suas conseqüências precisaram ser preservadas. Mas a cena original sem o corte da Globo caiu no Youtube e gerou revolta na comunidade gay.


Bento XVI
Ele continua condenado os homossexuais e o uso da camisinha. Neste ano decidiu dar sua santa opinião em mais uma assunto e disse que as leis de combate à discriminação de homossexuais impõem “limites injustos à liberdade das comunidades religiosas”. Em visita à Espanha e ao Reino Unido, foi recebido com protestos de militantes e beijaço gay. O Papa está sempre em nossa lista de gongos. Por que será?


Silas Malafaia
Em 2010 sua campanha anti-gay não cessou em momento algum. Presença constante em debates de televisão – sempre do lado contrário aos LGBT -, fez aparições ainda no horário político do segundo turno da campanha presidencial apoiando o candidato tucano José Serra. Foi também o “garoto-propaganda” da campanha “Deus fez macho e fêmea”, no Rio.


Luta por poder no Grupo Arco-Íris
Um dos mais importantes grupos de defesa da cidadania LGBT do Brasil foi palco de uma divisão de interesses. Sua antiga diretora foi afastada acusada de improbidade, mas se defendeu denunciando uma partidarização da ONG. Uma nova eleição foi convocada e a Parada do Rio teve sua data adiada por falta de verbas, mas rolou em novembro.


Sargentos Ivanildo Ulisses Gervasio e Jonathan Fernandes da Silva
Ambos 3º sargento do Exército, confessaram à polícia do Rio de Janeiro que foram os responsáveis por atirar na barriga de um jovem gay após a Parada do Orgulho LGBT carioca deste ano, em 14 de novembro. A dupla de militares alegou que a vítima teria “desafiado” os dois, e por isso o agrediram, o que não ficou provado, claro.


205 LGBT mortos em 2010
O levantamento anual do Grupo Gay da Bahia (GGB) que contabiliza os assassinatos de pessoas LGBT já atingiu a marca de 205 mortes neste ano, que ainda não terminou. O número é maior do que o de 2009, quando a pesquisa registrou 198 mortes de LGBT no Brasil.


Maria de Lourdes Abadia
Candidata à senadora pelo PSDB do Distrito Federal, a ex-governadora distrital declarou em evento organizado pelo Conselho de Pastores Evangélicos no DF que é contra o casamento de pessoas do mesmo sexo, mas que não discrimina gays, pois eles podem ser doentes. “Somos contra o aborto e a união de homossexuais. Mas não vamos discriminar essas pessoas porque, às vezes, isso pode ser caso de doença. Vamos valorizar a família cristã.” A candidatura dela foi cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por conta da chamada Lei da Ficha Limpa. Então ta tudo bem.
Mixbrasil

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