quarta-feira, 31 de agosto de 2011

No que se baseia a violência homofobica?



Primeiro em conceitos ultrapassados que tratavam a homossexualidade como homossexualismo, como doença e, portanto, passível de tentativa de cura, todos consideravam o homossexual incapaz de pertencer ao convívio social, surgindo como autodefesa os gays caricatos, que bem ou mal acabavam sendo aceitos como anomalia divertida e viravam personagens de piadas grotescas ou, se disfarçavam na capa da heterossexualidade se casavam e construíam famílias, se frustrando e, aí sim, adoecendo, e desenvolvendo estratégias para suas escapadinhas que muitas vezes não davam certo: ou eram descobertos, ou viviam vida dupla mantendo um relacionamento gay secreto, ou se arriscavam nas mãos dos michês sofrendo agressões, chantagens e contraindo doenças que levavam para o leito conjugal.
Outra situação são dos discursos religiosos que impõem ao homossexual o pecado, a impureza e o castigo divino, revestidos de uma dourada capa de piedade prometem a fantasiosa cura nas lavagens celebrais e na negação de ser quem ele é. Passa também pela religião a educação, que na formação intelectual dos jovens, desenvolve o preconceito, instiga o bullying e oprime a criança que mesmo antes de assumir a sua sexualidade, homossexual ou não, percebendo o perigo, ou parte para a guerra e se assume de maneira agressiva ou se tranca no “armário” e cria mascaras, ficando presa a conceitos contrários a si mesmo. Muitos se tornam violentos criminosos homofóbicos ou fanáticos religiosos.


A homofobia passa então, do conceito de medo, para a agressão física e moral, com base quase sempre nos dogmas de religiões fundamentalistas que desafiam a laicidade do país usando a política para manter a opressão, sem se importar com os meios a serem usados sejam pressões ou chantagens, promovendo a deseducação e o desrespeito humano .


É justamente pela educação que vamos conseguir os melhores resultados no campo dos direitos humanos, projetos com “escola sem homofobia” do governo federal, que sofreu recentemente um ataque homofobico com a pressão para que a presidente Dilma suspendesse o kit contra a homofobia, que inclusive havia sido aprovado com louvor pela UNESCO, e os vários projetos desenvolvidos aqui pela UFES, que visam inclusive a preparação de professores para que saibam lidar com a diversidade sexual em sala de aula. Mas isso ainda é muito pouco, o fim da homofobia está na educação que está atrelada a política e a nossa arma é o voto. PENSE NISSO!
Jornal Es hoje - Coluna do Phil

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