sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Após o Departamento de Defesa dos Estados Unidos ter anunciado nesta terça-feira (19/10) que aceitará a entrada de homossexuais nas Forças Armadas, o militar Daniel Choi, que foi expulso do exército depois de assumir ser gay, voltou a se alistar no estado de Nova York.

“Isto significa muito para mim, não só porque poderei continuar servindo o exército, mas porque agora tenho uma fé renovada no nosso governo, que está do lado da Constituição e das pessoas”, afirmou Choi em entrevista à emissora de televisão New York One. O militar, que serviu na guerra do Iraque entre 2006 e 2007, se apresentou ontem no centro de recrutamento da praça de Times Square, em Manhattan.
Ontem, o Departamento de Estado informou que irá respeitar a decisão judicial que derruba a lei Don’t ask, don’t tell (não pergunte, não conte), de 1993, que impedia que o exército aceitasse militares que se declarassem abertamente homossexuais. Na semana passada, essa norma foi declarada inconstitucional por uma ordem judicial internacional determinada pela juíza federal Virgínia Phillips.
O Departamento de Justiça apelou da sentença e pediu que a regra seja mantida enquanto não for derrubada pelo Congresso, mas a juíza disse ontem que não irá acatar o pedido.
A porta-voz do Pentágono, Cynthia Smith, disse que deu instruções para que os recrutadores aceitem aspirantes que se declarem homossexuais. No entanto, eles devem ser advertidos de que a moratória sobre a proibição pode ser anulada a qualquer momento se a apelação for aceita.
O Pentágono alegou também que precisa de tempo para se planejar apropriadamente em relação à mudança, inclusive para lidar com assuntos como benefícios para parceiros, moradias e treinamento.
Douglas Smith, porta-voz do Comando de Recrutamento do Exército com sede na base de Fort Knox, disse que mesmo antes do veto à lei, os recrutadores não questionavam os aspirantes sobre sua orientação sexual. A diferença agora, disse, é que admitirão a presença daqueles que se declarem abertamente homossexuais. Segundo instituições de defesa dos homossexuais, cerca de 13 mil pessoas foram dispensadas desde 1993 por conta da lei.

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