quarta-feira, 13 de julho de 2011

Reaja, homofobia é crime!

A 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul, investiga uma denúncia de homofobia ocorrido no Bar Piauí, na 403 Sul. Dois clientes do estabelecimento registraram uma ocorrência de injúria após alegarem ter sido destratados por um garçom. A confusão começou quando um grupo de quatro amigos, formado por um casal de homossexuais e duas garotas, pediu a conta. Ainda na mesa, eles se desentenderam com o funcionário a respeito do valor a ser pago. Um dos rapazes e uma das moças procuraram o dono, que confirmou o cálculo dos clientes — os consumidores pagaram a mais para tomar uma última cerveja. Depois de resolvido o problema, o atendente disse que não gostava de servir “viado nem sapatão.”



O caso ocorreu na madrugada de quinta-feira, diante de testemunhas. Na sexta, na hora do almoço, a jornalista Ana Rita Gondim, 30 anos, e um amigo, o auxiliar de administração Leonardo Oliveira (foto), 21, deram queixa na delegacia. Eles são frequentadores do estabelecimento, mas não pretendem voltar após o episódio. “O garçom nos atendeu a noite inteira. Foi um atendimento normal. Quando pedimos a conta, ele achou que a última cerveja sairia do bolso dele. Mas estávamos dando dinheiro a mais. Quando nos ofendeu, eu perguntei o nome dele e ele disse que não ia dar. Saiu e voltou a atender outros clientes. Mesmo eu não sendo gay, não quis me omitir”, contou Ana Rita.


Leonardo Oliveira, acompanhado do namorado, disse que, em momento algum, trocou carícias com o parceiro no bar. Ele contou também que, ainda na mesa, quando explicaram para o garçom que estavam pagando além dos 10% para tomar uma última cerveja, no valor de R$ 4,50, o funcionário ficou rondando o grupo enquanto contava o dinheiro, repetindo que a conta do grupo estava errada e que ele teria de tirar do próprio bolso. “Foi por isso que procuramos o dono. A ofensa aconteceu na frente dele e de outros clientes, que também estavam na fila para pagar. Mas ele (o proprietário) não fez nada”, contou o auxiliar de administração.


Proprietário
O dono do Piauí, Francisco Agostinho Fernandes, assumiu que presenciou o ato homofóbico. E contou que mandou o garçom “parar de falar besteira”. “O rapaz foi (indicado) por outros garçons. Ele ficou nervoso e falou besteira. Eu vi quando ele falou e chamei a atenção. Eu tinha uma fila grande de clientes e pedi que eles (as vítimas) viessem no bar no dia seguinte, para pegar os dados do funcionário, mas ele (o garçom) saiu sem falar comigo e não voltou. E não tenho o telefone dele”, justificou. A reportagem não conseguiu contato com o empregado acusado das agressões verbais.
Gay 1

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