Olhe bem a cara dele. |
Os dois disseram ter sido agredidos com socos e pontapés por dois homens que os seguiram desde uma casa noturna na Rua Bela Cintra, região central de São Paulo, de onde eles haviam saído. O supervisor financeiro teve a perna direita fraturada em dois pontos, além de hematomas na nuca e nas pernas.
Villa esteve no início da tarde na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro da capital, e afirmou não ter dúvidas sobre os agressores. “Fiz o reconhecimento, são eles mesmo, as fotos estão bem nítidas.”
A Polícia Civil identificou na sexta-feira (7) os dois homens suspeitos de agredir Villa e o companheiro dele. “Eu quero dar os parabéns para a polícia, que conseguiu identificá-los rapidamente. Agora depende da Justiça continuar com o caso. E que sejam criadas leis para se evitar esse tipo de crime."
Segundo a polícia, antes das agressões, os suspeitos tentaram paquerar duas amigas do casal, mas não foram correspondidos. Ao deixar o local, as vítimas disseram que foram ofendidas pelos estudantes por palavras homofóbicas.
Autoria esclarecida
A delegada Margarette Barreto, titular da Decradi, disse que a autoria das agressões ao casal gay já foi esclarecida, mas o indiciamento só ocorrerá com o fim do inquérito, porque ainda é aguardada uma série de diligências. Os reconhecimentos foram feitos por meio de fotos e imagens das câmeras de segurança do posto e do bar. O fornecimento da lista de frequentadores pelos donos do bar foi decisiva, segundo a delegada, para a identificação dos agressores. Um deles tem passagem na polícia por ameaça e lesão corporal culposa.
Os suspeitos são um auxiliar de produção de 26 anos e um cozinheiro de 25 anos. Apenas o primeiro foi ouvido até agora na Decradi. A polícia intimou o outro agressor, que deve comparecer na delegacia agora depois do feriado.
Um dos dois suspeitos da agressão negou nesta segunda-feira que a briga tenha sido motivada por homofobia. “Não sou homofóbico, tenho amigos homossexuais. Tenho sim [amigos gays], tenho na minha faculdade e próximo a minha casa. Sempre frequentei baladas GLS”, afirmou o universitário.
Pela versão do jovem, ele estava conversando com a amiga dos gays quando o coordenador chegou e beijou a mulher, como se ela estivesse acompanhada. Villa negou o beijo e disse que nenhum deles agrediu os dois suspeitos. O analista disse se sentir incomodado com o fato de os agressores continuarem em liberdade.
Cena G
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