sábado, 15 de outubro de 2011



Frank Kameny, ativista gay pioneiro da causa pelos direitos civis nos Estados Unidos na década de 1960 e figura chave na luta pelos direitos LGBTs, morreu esta terça-feira aos 86 anos, em Washington, anunciou a organização fundada por ele.

"A morte de Frank Kameny é uma perda profunda e sentiremos muita falta dele", informou em um comunicado o Conselho Nacional de Gays e Lésbicas (National Gay and Lesbian Task Force), a organização mais antiga nos Estados Unidos de defesa dos direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Kameny, que trabalhava para o serviço de mapas do Exército, foi demitido e proibido de trabalhar no governo em 1958, depois de ser detido pela polícia por ser homossexual.
Nascido em Nova York, este doutor em astronomia pela Universidade de Harvard enveredou, então, por uma longa trajetória de ativista da causa LGBT. Ele lutou contra a discriminação no setor público, as leis anti-LGBT e a classificação na psiquiatria, cancelada em 1973, da homossexualidade como doença mental.
Ele estava sentado na primeira fila de convidados quando o presidente Barack Obama assinou a suspensão da lei conhecida como "Don't Ask, Don't Tell" ("Não pergunte, não diga"), que forçava militares gays e lésbicas a ocultar sua orientação sexual sob pena de expulsão.
Kameny é o inventor do lema "Gay is good" ("É bom ser gay"), exibido em cartazes em frente à Casa Branca em 1965, muitos dos quais fazem parte, hoje, da coleção do Museu Nacional de História Americana. Uma rua em Washington foi batizada com seu nome.
Seu arquivo pessoal, com mais de 70 mil cartas, documentos e objetos, está desde 2006 na Biblioteca do Congresso, formando "provavelmente a coleção mais completa do movimento de defesa dos direitos LGBTs nos Estados Unidos", segundo esta instituição.
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