A declaração foi no escritório de uma banca de advogados quando a família trocava informações com osdefensores para tentar descobrir o que realmente houve com o filho e pedir justiça com quem teria cometido tais atos.
Segundo a família e os advogados da vitima, o jovem estava detido no alojamento do quartel no dia 17, quando um oficial teria mandado os jovens juntarem as camas e, em ato continuo, teriam apagado a luz e pego a vítima em seguida. O jovem teria sido coagido a não falar sobre o que teria acontecido. O pai diz que só ficou sabendo da suposta agressão ao filho depois que uma pessoa conhecida da família relatou o episódio de que um militar havia sido violentado em um quartel da cidade. O motorista, pai do jovem, foi até o Hospital de Guarnição do Exército (HGU) e perguntou ao filho se havia algo de errado e ele teria confirmado. “Eu cheguei e perguntei. Só me diz se sim ou se não. Tu foste o violentado? E ele me disse que sim”, conta o pai.
A mãe, uma dona de casa de 40 anos, contou que teriam ficado dois dias sem poder ver o filho, enquanto ele estava internado no HGU. Segundo ela, um sub-tenete teria ameaçado duas vezes prender a dona de casa por desacato, após ela ficar alterada enquanto ouvia da boca do oficial que o filho era homossexual. “Meu filho sonhava em fazer carreira no quartel e acontece uma coisa dessas com ele”, lamenta a mãe, bastante abatida e chocada com a situação.
Os advogados afirmam que o jovem não é homossexual e que a orientação sexual, além de estar sendo posta em dúvida, está sendo posta acima dos direitos do militar. Eles querem agora que o militar seja avaliado por um médico civil, para que possa ser comprovada a violência. O advogado conta que, ao buscar informações sobre o caso do cliente, teria sido informado que ele teria passado por exames de sangue que teriam comprovado que o jovem seria soropositivo para HIV. Mas, segundo os advogados, outros dois exames deram resultado negativo.
O Exército se pronunciou sobre o incidente no alojamento. O ato teria sido praticado por quatro colegas de farda, que também são recrutas, segundo o General Sérgio Westphalen Etchegoyen (foto), comandante da 3ª Divisão do Exército. Conforme ele, as investigações estão sendo mantidas em sigilo para garantir que os envolvidos e as famílias não sejam prejudicados ou sofram algum tipo preconceito.
Etchegoyen rebateu as afirmações que foram veiculadas de que a orientação sexual do jovem estava sendo colocada acima dos seus direitos, o general garante que não, e que, após a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM), os culpados serão punidos pela Justiça Militar.
No Exército, relação sexual dentro de uma guarnição é crime e, pelo Estatuto Militar, pode dar de seis meses a um ano de prisão, além de penas adicionais e a expulsão da insituição militar.
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